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Todo o mundo moderno horrendo, em ruínas,
Deixa agora escapar o horrendo fruto
De miséria e de dor, de pranto e luto,
Feito de sânie e de cadaverinas.

Em vão, sobre o Calvário áspero e bruto,
Sangrou Jesus em lágrimas divinas,
Sob as ofensas torpes e tigrinas
A tentarem-lhe o espírito incorruto.

Saturada de treva, angústia e pena,
A Civilização que se condena
Suicida-se num báratro profundo...

Porque na luz dos círculos da Terra,
Nos turbilhões fatídicos da guerra,
Ainda é Caim que impera sobre o mundo.


Por: Augusto dos Anjos, Do livro: Parnaso de Além-Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier


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