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Foi em janeiro de 1928, portanto há 80 anos e com preito de gratidão ao amigo Luiz Carlos de Oliveira Borges e esposa – cuja história merece abordagem específica –, que Cairbar de Souza Schutel lançou o primoroso livro cujo título utilizamos no presente comentário. Já nas primeiras páginas, ainda antes do índice da obra, Cairbar assina manifesto dirigido aos guias e protetores espirituais destacando o auxílio recebido e em homenagem ao amor que aprendeu a cultivar com os ensinos deles recebidos.

A obra
A conhecida obra está composta de duas partes: a) Parábolas de Jesus e b) Ensinos de Jesus, além da Epístola a Jesus e de valioso e esclarecedor Preâmbulo. 
Como o próprio título indica, o livro apresenta estudos do lúcido Cairbar sobre as parábolas apresentadas por Jesus e seus imortais ensinos transmitidos à Humanidade. Desde a Parábola do Semeador aos ensinos do Pão da Terra e do Pão do Céu, à Parábola do Filho Pródigo aos ensinos do Verbo de Deus, a obra destaca trechos das anotações dos evangelistas como epígrafe em cada capítulo que está acrescido dos sábios comentários de Schutel. 

O autor
Cairbar Schutel nasceu no Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1868 e sua desencarnação ocorreu em Matão, no interior de São Paulo, no dia 30 de janeiro de 1938. Com alto senso humanitário e amor ao próximo, ao conhecer o Espiritismo transformou sua vida em dedicação plena à divulgação e vivência dos ensinos espíritas, fundando um Centro Espírita e um jornal (em 1905), uma revista de circulação internacional (1925), foi pioneiro da divulgação espírita no rádio e publicou inúmeros livros, entre eles o título ora destacado. 

Do livro em destaque
Estudioso, pesquisador inveterado, disciplinado escritor, entusiasta e dinâmico divulgador, seus textos primam pela simplicidade e coerência doutrinária, com enfoques no tríplice aspecto de ciência, filosofia e religião, característica peculiar da Doutrina Espírita. Desse perfil bem próprio de sua personalidade, o seu Parábolas, com mais de 400 páginas (edição de janeiro de 2.000) tornou-se uma referência para estudos dos Evangelhos de Jesus e livro de cabeceira para muita gente, além de valorosa presença nas conhecidas reuniões do Evangelho no Lar. A suavidade e o perfume do amor de Jesus, com o fardo suave e o jugo leve, ensinos tão bem conhecidos de quem estuda as lições imorredouras do Mestre da Humanidade, iluminam as páginas do valioso livro que, comentadas pelo Apóstolo de Matão, transformam a obra numa referência de orientação e luz nos caminhos humanos.

Justa homenagem
Parece-nos muito oportuno no presente ano de 2008 – quando se completam 140 anos do nascimento de Cairbar, simultaneamente aos 70 anos de sua desencarnação e 80 anos de publicação de seu incomparável Parábolas e Ensinos de Jesus –, que não desviemos a atenção dessa valiosa obra, levando-a à convivência diária em nossas famílias e, óbvio, à vivência interior em nós mesmos, face ao extraordinário conteúdo da obra elaborada por Schutel. Conforme ele mesmo declara em seu Preâmbulo: “(...) Parece-nos que foi o este o escopo de Jesus, o expoente máximo da verdade. Em todos os seus trabalhos, durante toda a sua vida, sem descanso, o seu ideal foi demonstrar a existência do espírito e sua sobrevivência à desagregação corpórea (...)”, pois “(...) A intenção predominante de Jesus, não cansemos de repeti-lo, foi libertar os homens do jugo do dogma e excluir dos corações o espírito da dúvida que obsidia os relutantes, os indecisos e os que não sabem donde vieram, quem são e para onde vão (...)”.
Eis que publicando um livro que comenta e amplia o sentido e entendimento das parábolas e dos ensinos de Jesus, Cairbar torna-se um benfeitor da humanidade com o benefício de suas reflexões estendido a tanta gente através das páginas que se multiplicam em sucessivas edições.
Nossa gratidão, pois, Cairbar, pelo teu esforço, determinação e conhecido amor ao próximo, que tão bem soube viver.


Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site


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