Valorização do Evangelho com Uma Postagem, por Orson Carrara
Pensando, Fazendo e Sentindo o Mal
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O mal existente à nossa volta é resultante de nossa própria sintonia com os valores contrários ao bem. Na verdade, tudo na vida conspira a nosso favor!
Não se assuste o leitor. Não estou “tapando o sol com a peneira”, a conhecida frase popular. Os leitores podem pensar que estou cego, não enxergando a torrente de desafios, maldades, falcatruas, desonestidades, corrupção e inverdades que nos circundam a cada instante. Não, não estou cego. A maldade, a inveja, o ciúme, a corrupção e seus derivados, existem. Infelizmente, ainda convivem conosco.
Mas são eles frutos do orgulho, da vaidade, do egoísmo que ainda carregamos conosco. Afinal, a infelicidade só existe porque a permitimos. E permitimos quando adotamos condutas de revolta, de maledicência, de desonestidades. O quadro atual do planeta apenas reflete, coletivamente, o que vai dentro do coração... Que pena!
Por isso, não vale a pena perder tempo fazendo o mal, pensando no mal, sentido o
mal. Alguns dias com mágoa no coração, por exemplo, podem significar anos
futuros de sofrimento e enfermidade. Melhor não perder a oportunidade de pedir
desculpas ou aceitar esquecer o mal que supostamente entendemos nos foi
dirigido, mesmo que tenha sido proposital.
O erro é sempre marca profunda no coração daquele que o comete, apontando-lhe a
deficiência de compreensão e a necessidade de cada um. É preciso pensar que
ninguém precisa ser mau para que o que fez o mal seja punido. A Lei do Universo
nos isenta dessa degeneração moral a fim de punir os que falham, valendo-se da
própria maldade que eles mesmos demonstram ter, por ignorar tais leis em si
próprios. Isso porque o mal que fazemos redunda em nosso próprio mal.
A vida deve ser um hino à bondade, pois só assim seremos capazes de estarmos
envolvidos pelo cântico doce e inspirador do Bem que nos protegerá sempre. Nada
do que fizermos, de bem ou de mal, ficará desconhecido no plano da Verdade que,
ingenuamente, tentamos enganar. E, mais do que os fatos em si mesmos, tais
feitos retornarão com as marcas indeléveis das intenções mais profundas que
estavam dentro de cada um que agiu, quando e como agiu.
É pela intenção, mais do que pelo fato, que as leis da vida geram conseqüências,
amparando ou deixando o indivíduo entregue aos seus próprios desatinos para que
aprenda a respeitar a própria vida e seus semelhantes. É no sentimento que está
a porta para a verdade e para a compreensão exata da vida. É no coração que se
encontra a nossa sentença de condenação ou absolvição.
Melhor, pois, renunciar de causar prejuízos ao próximo. Seja pela ação, pelo
pensamento, pela intenção. Cada um deles terá conseqüências próprias. Melhor,
pois, renunciar de mágoas e ressentimentos, para perdoar, compreender, tolerar.
Sem perder de vista a extensão da expressão prejuízos ao próximo. Quanta coisa
cabe aí?!
Bom será percebermos a extensão do bem, o benefício do bem que podemos espalhar
e fazer. Aí sim perceberemos que nós mesmos podemos construir a felicidade que
desejamos. Afinal toda colheita é fruto de semeaduras...
Nota do autor: baseado na página 173, capítulo 19, 1ª edição, do livro A Força
da Bondade, editora IDE, de André Luiz Ruiz e Lúcius
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site
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