Ensinar, por Espíritos Diversos
Familiares Problema
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Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivência te arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se fez presente.
Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.
Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.
Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que
imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a
união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para
que essa mesma criatura venha a ser como desejas.
Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para
menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles,
presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que
mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos,
em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.
É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos
desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é
motivação para auxílio, não para fuga.
Atentos ao princípio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro
que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou
delongar compromissos.
Divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges
se confessam à beira da delinqüência, conquanto se erija em moratória de débito
para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso
necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas,
algum dia, com o proveito preciso.
Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo
e tão só pelo amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser
amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.
Por: Emmanuel, Médium: Francisco Cândido Xavier
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