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Se nos indagam qual religião professamos, muitos de nós espíritas evitamos responder “sou espírita”. É comum nestas circunstâncias dizermos ”sou espiritualista” ou “sou cristão”. Muitas vezes assim agimos porque no íntimo sabemos que nosso interlocutor irá associar a palavra espírita à galinha preta na esquina, à macumba, etc.

Atenção leitor, uma ótima notícia: não há mais necessidade de constrangermo-nos ao afirmar “sou espírita”. Em nosso país a simpatia em relação ao Espiritismo ampliou-se como nunca. E em tal amplitude que hoje já podemos dizer “sou espírita” sem constrangimento. [Para você que sempre disse “sou espírita” em qualquer ambiente sem constrangimento, parabéns! Você faz parte de uma corajosa minoria.]

Mais abaixo veremos os fatos que geraram uma nova situação que favorece dizermo-nos espíritas. Veremos como o Espiritismo está se popularizando. Mas tenhamos a coragem de dar nossa mão à palmatória, pois esta favorável mudança está ocorrendo muito mais pelas ações do nosso Governador Jesus, do que pelas nossas atitudes. Excetuando-se, é claro, algumas benfazejas atitudes isoladas de empreendedores espíritas, que assim não se autodenominam e nem mesmo se vêem, mas o são.


A necessidade de aumentar nosso campo de visão.
Peter Drucker dizia que uma ocorrência ou ciência nova geralmente passa a ser percebida pela maior parte da sociedade somente de 10 a 15 anos depois do seu surgimento. Certamente ele não estava se referindo às novidades da informática, às quais as aplicamos quase que imediatamente após sua descoberta. Mas em outros campos, a afirmação de Peter Drucker é um fato. Por exemplo:

O conceito de liderança com postura coach surgiu na literatura e nos estudos modernos há mais de vinte anos, mas somente agora o mundo corporativo a está descobrindo (a realidade é que a liderança com postura coach foi “inventada” por Sócrates e fundamentada por Jesus há mais de dois milênios);

Há mais de vinte anos o consultor norte-americano Peter Senge lançou para o mundo o conceito de pensamento sistêmico, mas somente agora o mundo corporativo, religioso e institucional está descobrindo que se continuar com a cultura e vivência do pensamento linear (busca do culpado) em vez do sistêmico (busca da solução), as organizações não irão sobreviverem;

Há mais de 30 anos pesquisas comprovaram que melhor ambiente interno torna a empresa mais produtiva, mas somente agora o mundo corporativo está descobrindo esta verdade;

Há mais de trinta anos Peter Drucker afirmou que o melhor ativo das empresas é o seu pessoal, mas somente agora as empresas estão investindo no desenvolvimento comportamental dos seus funcionários, e não somente no desenvolvimento técnico, como antes fazia;

Há aproximadamente 50 anos o já citado Peter Drucker afirmou que os trabalhadores que exercem trabalho voluntário a favor dos mais necessitados, são mais produtivos nas empresas. Só há pouco mais de dez anos as empresas descobriram essa realidade.


O alerta necessário.
Relatei os casos acima para que nós, adeptos do Espiritismo, tomemos especial cuidado para evitar que, somente daqui a vinte anos, enxerguemos o que hoje está ocorrendo de forma favorável ao movimento espírita.


A mídia e a população descobriram o Espiritismo.
I) Diversos filmes de altíssima qualidade técnica focam o Espiritismo.

II) Em 1.999 o filme “O Sexto Sentido”, com temática notadamente espírita, foi o mais visto no Brasil;

III) Na Rede Globo – a rede de TV com maior audiência em nosso país - novelas com teor espírita se sucedem em número impressionante. Vimos nas cenas de novelas, em horário nobre, até mesmo sessões mediúnicas!

IV) A Editora Abril lançou (2007) o Almanaque Abril com foco nos “150 anos do Espiritismo”, em vários volumes mensais. Até o momento (junho/2007) foram lançados dois volumes.

V) A revista Veja fez respeitosa matéria de capa sobre o Espiritismo (com alguns senões no conteúdo, mas o foco foi positivamente a favor do espiritismo);

VI) Há expressivo número de revistas e periódicos espíritas nas bancas de revistas do país.

VII) O livro espírita é o mais vendido nas livrarias do país.

VIII) A revista Época, Editora Globo, lançou a Biblioteca Época que periodicamente distribui ao mercado pequenos livros com biografia de personalidades que marcaram época. Até o momento (junho/07) foram editadas biografias de doze personalidades, dentre elas quatro tiveram suas vidas associadas ao tema espiritualidade: Dalai Lama, Gandhi, Chico Xavier e Allan Kardec.

Atenção: Sobre o item VIII, logo acima, pensemos na seguinte ocorrência: lançamentos de biografias de Dalai Lama, Gandhi e Chico Xavier são naturais pelo que popularmente representam. Mas lançar biografia do grande educador que estruturou o Espiritismo, Allan Kardec, é algo inusitado! Pois significa que ele está gradativamente também passando a ser popular entre os brasileiros!


Por que a mídia foca o Espiritismo como nunca ocorreu antes?
Caro leitor, reflitamos:

A mídia iria abraçar o tema Espiritismo se este não fosse aceito pelo público?

A mídia faria algo que prejudicasse sua audiência ou diminuísse seu público?

Certamente, não. A mídia está assim agindo porque pesquisas internas comprovaram que a maioria dos brasileiros é simpática ao Espiritismo! Não há outra resposta plausível.


Jesus colocou em lugares chaves pessoas audaciosas para divulgar de forma ampla o Espiritismo.
I) A senhora Lily Marinho, viúva do jornalista Roberto Marinho, ex-presidente da Rede Globo, tem simpatia pelo espiritismo;

II) Expressivos diretores e atores da Rede Globo, a maior rede em audiência do país, são espíritas;

III) Também fora do ambiente das redes de TV, temos espíritas especialistas em comunicação direcionadas ao grande público. Isto é, o meio espírita tem excelentes diretores, produtores e roteiristas e comunicadores que, com suas empresas e suas ações autônomas, projetam o Espiritismo com muita força. Há de se destacar a ousadia e a bem vinda persistência do nosso companheiro Alamar Regis.

IV) Um dos principais Diretores-Superintendentes da Editora Abril, a maior editora do país, é espírita.

V) Na ABRIL-Grupo TV, também um dos seus principais diretores é espírita.

VI) Temos grandes empresários espíritas, ou simpáticos ao Espiritismo, que estão descobrindo sua vocação e missão de divulgar os princípios espíritas de forma altamente eficaz. Por exemplo: estes missionários estão inserindo suplementos com teor espírita em jornais não-espíritas de grande circulação; criando o Teatro Transcendental; criando ONG com objetivo de alcançar a fraternidade universal (www.uniaoplanetaria.org.br); criando o Fórum Mundial Espiritual; produzindo filme com profissionalismo admirável sobre a vida de Bezerra de Menezes (em fase de elaboração).

Vê-se pelos exemplos acima que nosso Governador Jesus está fazendo sua parte.

Outro exemplo da ação do nosso querido Mestre Jesus:
Há muito tempo o movimento espírita exerce uma luta inglória para que o esperanto seja língua universal, haja vista que quando pudermos falar facilmente com todos os povos, as fronteiras divisionárias tenderão a desaparecer, e então, teremos formada a plataforma da globalização fraternal, que é o futuro do nosso Planeta. Obs.: Quando refiro ao esperanto como “língua universal”, entenda como “segunda língua” dos países, pois certamente cada país irá – pelo menos por um bom tempo – manter seu idioma original.

Jesus agindo:
Para fazer com que o esperanto seja língua universal, nosso Governador Jesus está estimulando aos chineses a adotarem o esperanto como segunda língua. Hoje 192 Universidades Chinesas ensinam o esperanto. Óbvio que o objetivo da China é estritamente comercial, pois quer facilitar o intercâmbio dos chineses com os demais países para conquistarem mais espaço no mercado mundial. Mas Jesus é o maior estrategista do mundo. Vejamos: os demais países por também terem interesse comercial com a China, e tendo ciência que a língua nativa (o mandarim) é praticamente indecifrável para o resto do mundo, tenderão também a ensinar o esperanto nas escolas. E então, em alguns anos teremos o esperanto como a segunda língua universal, o que, repito, ajudará sobremaneira na formação da plataforma da globalização fraternal.

[Obs.: Esperanto é um idioma facílimo de aprender, criado pelo polonês Zamenhoff com apoio da espiritualidade superior, com a proposta de facilitar – pela proposta de ser idioma universal - unir os povos dos mais distantes rincões.]


Mais boas notícias:
a) Um espírita, grande produtor de TV, comprou os direitos do livro com teor espírita O Véu de Isis, de Marcel Souto Maior, para produzir um documentário.

b) A Rede Globo comprou os direitos do livro sobre a vida de Chico Chavier, de Marcel Souto Maior, para transformá-lo em filme.

c) Brevemente teremos um filme de alta qualidade, relatando a vida do grande missionário Dr. Bezerra de Menezes.


Concluindo:
Torcemos para que a ação do nosso querido Governador e Mestre Jesus, gerando fatos e circunstâncias que nos favorecem a expormos abertamente nossa opção religiosa, não obscureça nossos pensamentos. Pois, mais importante do que as circunstâncias nos favorecerem a dizer, com alegria, “sou espírita”, é o fato de perguntar a nós mesmos “sou verdadeiramente espírita?”

E para que, com propriedade, possamos responder a nós mesmos a questão logo acima (sou verdadeiramente espírita?), lembremo-nos:

Reconhece-se o verdadeiro espírita pelo esforço em sua transformação moral, procurando domar suas más inclinações;

Reconhece-se o verdadeiro espírita pelo seu esforço em exercitar a fraternidade e a verdadeira caridade.

Reconhece-se o verdadeiro espírita pelo seu esforço em ajudar a formar uma Nova Sociedade, principalmente por meio da vivência dos princípios espíritas (a força do exemplo) e também pela divulgação dos postulados espíritas aos não-espíritas.

ADENDO-I, - www.tvcei.com:
A FEB – Federação Espírita Brasileira costuma ser alvo de críticas de nós espíritas. O que é absolutamente normal, pois é próprio da natureza humana o líder, ou a entidade líder, serem criticados. Sempre foi assim e sempre será. Quando a crítica for construtiva e amorosa, imbuída de espírito fraterno, ela é sempre bem vinda. E este precisa ser o nosso esforço: criticarmos positivamente e fraternalmente. Pois o fato é que a FEB nossa entidade representativa máxima, considerando sua importante função e o muito que se há de fazer neste período de transição de mundo de expiação e provas para mundo de regeneração, caminha a passos lentos e tímidos. Por exemplo, foi um erro estratégico não focar principalmente ao público não-espírita os eventos relacionados com os 150 anos do O Livro dos Espíritos. Haja vista que nunca tivemos um momento tão favorável como este para mostrar o Espiritismo aos não-espíritas, pois, ao contrário de há alguns poucos anos, hoje a mídia abraça o Espiritismo. E assim, continuamos falando para nós mesmos! Isto é, fazemos palestras para nós mesmos e congressos para nós mesmos!

Não esperemos, no entanto que cabe à FEB realizar grandes obras, pois estas serão realizadas pelo conjunto das entidades espíritas. Às entidades líderes, como a FEB, não cabe o “fazer acontecer”, pois ela (a FEB) tem a função de apontar o caminho, de motivar e de incentivar o bom relacionamento dos espíritas e das entidades que compõem o corpo do movimento Espírita. Por exemplo, sobre o “apontar o caminho”, se a FEB há cinco anos tivesse adotado o lema “Espiritismo no horário nobre na TV aberta”, e bem o divulgado, com certeza hoje teríamos uma boa publicidade em canais de TV de projeção nacional. Pois não há nada que a criatividade não possa realizar!

Há muito por fazer, mas se compararmos a FEB de hoje com a FEB de alguns poucos anos atrás, percebemos nitidamente um salto qualitativo, e isto é muito significativo. Dentre suas realizações uma que muito me sensibiliza pela sua importância e alcance foi a criação do site www.tvcei.com. Quando a comunidade espírita descobrir este site, teremos a possibilidade de fazer com que os conceitos espíritas cheguem – através de palestras gravadas e ao vivo - em praticamente todos os lugares do Brasil. E tomara que empreendedores espíritas visualizem que, para assistir Divaldo Franco ao vivo, não é mais necessário levá-lo até a sua cidade. Basta locar um auditório público, e então, com um computador, o acesso à internet, um projetor multimídia e uma caixa de som, a população poderá vê-lo ao vivo. E isto é fantástico! Pois, doravante qualquer cidade poderá divulgar aos espíritas e não-espíritas que em determinados endereço, data e horário, haverá uma palestra ao vivo – pela internet – com o grande tribuno. E também com outros oradores e cursos que a www.tvcei.com proporciona. Este é o novo mundo! Parabéns FEB!

ADENDO-II - Há muitas formas de chegarmos até o Pai:
Para que nós espíritas não nos coloquemos como os únicos artífices do embasamento de uma futura sociedade justa e mais espiritualizada, transcrevo lúcida opinião do confrade Cezar Braga Said (Reformador, novembro/2006, FEB, pág. 18). Em seu comentário, exposto a seguir, o citado articulista tem como foco nossa mudança interior, que é o primeiro e fundamental passo para a formação de uma nova sociedade, haja vista que não há como chegarmos a uma sociedade onde todos convivam em paz, se esta – a paz – não reinar em nosso interior. E sobre este assunto, diz Cezar Said:

“Admitir o Espiritismo como caminho único para conquista da paz interior é assumir uma postura nitidamente fundamentalista e contrária à opinião dos Espíritos Superiores.”

Nosso companheiro Cezar Said expõe em seu artigo a fonte que avaliza seu comentário, Allan Kardec, conforme afirmação do insigne Codificador na nota à questão 982 d’O livro dos Espíritos: “(…) O Espiritismo ensina o homem a suportar as provas com paciência e resignação, afasta-o dos atos que possam retardar-lhe a felicidade, mas ninguém diz que, sem ele, não possa ela ser conseguida.”

Portanto, para que cada vez mais tenhamos consciência de que, além do Espiritismo, outras religiões e filosofias irão formar pares para atingirmos a almejada felicidade, característica própria do Mundo de Regeneração, trabalhemos a união entre nós espíritas e não-espíritas… com humildade.

ADENDO-III, sobre o Esperanto:
Em fevereiro de 96, a rádio Paris Première entrevistou o lingüista e erudito italiano Umberto Eco, autor de O Nome da Rosa, A Ilha do Meio do Mundo e Em Busca da Língua Perfeita, entre outros. A seguir o depoimento desse grande escritor:

"...Estudei um pouco de todas essas utopias a respeito da criação de uma língua perfeita ou da original, a chamada língua de Adão, até aquelas a que chamam de universais, como é o esperanto, o volapük e outras, que não pretendem ser perfeitas e sim línguas auxiliares.

Nessas ocasiões cheguei a estudar a gramática do esperanto para saber do que se trata. E cheguei a duas conclusões: ele é uma língua muito, muito bem elaborada. Do ponto de vista lingüístico, ele realmente segue critérios de economia (lingüística) e de eficiência admiráveis. Segundo, todos os movimentos em favor de línguas internacionais fracassaram, porém não o do esperanto, que permanece unindo grupos de pessoas em todas as partes do mundo, porque por trás do esperanto existe um idéia, um ideal; pretendo que Zamenhof não apenas construiu um objeto lingüístico, mas por trás disso havia uma idéia (...) idéia de fraternidade, idéia pacifista - foram até perseguidos pelo nazismo e pelo stalinismo - que ainda mantém a comunidade dos esperantistas.”


Por: Alkindar de Oliveira, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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