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Estávamos assistindo a um programa de televisão, um dia desses, e não
pudemos deixar de registrar um fato interessante.
O repórter estava entrevistando um ex-jogador de futebol que foi
contemporâneo de Pelé, Garrincha, e outros mestres do esporte.
A entrevista transcorria de maneira agradável, pois o repórter conduziu a
conversa fazendo correlação entre o futebol e a vida cotidiana.
Em vários momentos o entrevistado deixou transparecer a sua boa conduta
perante a vida.
Era um jogador exemplar; um esposo dedicado e fiel; um pai amável e
companheiro; não era dado a farras e bebedeiras; sempre foi benquisto pelos
colegas de profissão.
Em cada item desses, o repórter questionava: "por que você age assim?" E ele
respondia: "é por causa da minha religião."
Os valores expressados pelo desportista causavam agradável impressão ao
telespectador.
O seu exemplo de vida certamente despertou a curiosidade de muitos, para
saber qual era a religião que professava.
O repórter, como que captando a curiosidade geral, fez a pergunta tão
esperada: "e qual é a sua religião?"
Para surpresa de todos, o ex-jogador disse convicto: "minha religião, é que
eu não tenho religião.
Como sei que a minha vida vai acabar no túmulo, quero deixar para meus
familiares uma boa imagem, um bom exemplo."
O que mais nos impressionou no depoimento daquele homem, foi a sua
disposição firme de ser honrado, nobre, digno, mesmo acreditando que sua
vida acaba no túmulo.
Podemos dizer que seu exemplo deve provocar sérias reflexões naqueles que
professam uma religião, que acreditam na imortalidade da alma, que têm em
Deus, e não agem como tal.
Alguns acreditam, sinceramente, que o fato de seguirem esta ou aquela
religião, basta para que tenham sua felicidade futura garantida. Para que
tenham um lugar de destaque no além.
No entanto, podemos afirmar, sem sombra de dúvidas, que o que importa para
as leis divinas, não é a bandeira religiosa que se ostenta, mas as obras
realizadas.
As leis de Deus darão a cada um segundo as suas obras. Nada mais. Nada
menos. Se assim não fosse, não seria justo. E Deus é a suprema justiça.
A religião, portanto, é um meio para que se atinja um fim, que é o
aperfeiçoamento do ser humano.
Por isso afirmam, com muita propriedade, os sábios do espaço, que a melhor
religião é a que maior número de homens de bem fizer.
Se a pessoa tem boa índole e não deseja se vincular a esta ou aquela
religião, não deixará de entrar no reino dos céus, pois o reino dos céus,
como afirmou Jesus, está dentro de nós, e não fora.
No caso do ex-jogador, sua religião é a sua própria consciência. E sua
consciência é uma bússola segura.
De tudo isto podemos concluir que mais importante do que ter uma religião, é
ser um homem de bem.
Não queremos dizer com isto que não existam e não existirão homens de bem no
seio das religiões, isso não.
A história registrou e ainda registrará grandes vultos no meio religioso.
Homens livres para amar a todos, sem barreiras nem preconceitos.
O homem verdadeiramente livre e bom entende que nós somos todos filhos de
Deus. E nosso destino é o amor.
Quando praticarmos o amor ao próximo como a nós mesmos cumpriremos o nosso
objetivo na terra.
Uma grande família; uma família que se abraça mais, e sabe respeitar a todos
independente de credo, raça e condição social.
Quando o amor nortear nossas vidas, não precisaremos mais lutar e matar em
nome de Deus. Estaremos mais fortes para enfrentar outros tipos de desafios;
respiraremos ares de paz e união.
Pense nisso!
Procure ser melhor hoje do que foi ontem, e melhor amanhã, do que está sendo
hoje.
Seja um homem de bem, tentando acertar o máximo que puder, para que, quando
alguém lhe perguntar qual a sua religião, você possa responder: "a minha
religião é o amor."
Pense nisso!


Por: Momento Espírita, Texto extraido do site http://www.momento.com.br


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