Ensinar, por Espíritos Diversos
Yvonne do Amaral Pereira
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Nos primeiros dias de março do ano de 1984, Yvonne afirmara
que não valeria a pena o trabalho de colocação de um
marcapasso. Contudo, submeteu-se à cirurgia de emergência, à qual não resistiu,
desencarnando.
Retornou assim, ao Mundo Espiritual, uma das mais respeitáveis médiuns do
Movimento Espírita Brasileiro, Yvonne do Amaral Pereira, às 22 horas do dia 9 de
março daquele ano, após um longo período de atividades na causa espírita.
Nascida na antiga Vila de Santa Tereza de Valença, atual Rio das Flores, no Sul
fluminense, no dia 24 de dezembro de 1900, familiarmente, atendia pelo nome
afetivo de Tuti.
Aos 5 anos de idade, não somente via, mas conversava com os espíritos. Aos 12
anos, colocaram-lhe nas mãos a obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, que ela
passaria a ler diariamente.
Aos 13 anos, escrevia com desenvoltura e estudava sozinha, alcançando as horas
da madrugada. Sua vida é uma epopéia de renúncias. Desejava estudar piano e
chegou a dedilhar o teclado. Mas, a pobreza de seus pais lhe impediu o acesso
aos estudos que a pudessem habilitar à prática musical.
Desejava tornar-se professora, mas por dificuldades econômicas, também não lhe
foi possível freqüentar o Curso Normal, que almejava. Lia autores nacionais e
internacionais, como Bernardo Guimarães, José de Alencar, Goethe e Conan Doyle,
ilustrando-se de contínuo.
Os trabalhos em prosa e verso que escreveu, sob a tutela espiritual de Roberto
de Canalejas (espírito), desde os 12 anos, foram publicados na imprensa mineira,
paulista e fluminense, em jornais diversos. Posteriormente, a Revista Reformador
da Federação Espírita Brasileira igualmente os publicou.
Mais tarde, em período compreendido entre 1963 e 1982, Yvonne adotou o
pseudônimo de Frederico Francisco e publicou notáveis escritos na mesma Revista.
Yvonne, além de médium psicofônica, psicógrafa, gozava das faculdades mediúnicas
de desdobramento, materialização e de curas. Nas localidades onde viveu, sempre
deu a sua contribuição nos Centros Espíritas, como bibliotecária, secretária,
vice-presidente, evangelizadora, palestrante.
Durante 44 anos, subiu à tribuna espírita, em cinco das seis cidades em que
residiu.
Deixou-nos 12 incomparáveis obras mediúnicas, da autoria dos Espíritos Bezerra
de Menezes, Léon Tolstoi, Camilo Castelo Branco, Charles, a saber: a trilogia de
romances - Nas voragens do pecado, O cavaleiro de Numiers, O drama da Bretanha,
onde são retratadas as lutas redentoras de diversos personagens, sendo Yvone
mesma uma delas;
Amor e Ódio - romance que narra a
vida de um ex-discípulo de Kardec, Gaston de Saint-Pierre e que dele recebeu O
Livro dos Espíritos, na época em que surgiu essa obra;
Sublimação - histórias comoventes, onde o enfoque maior é o suicídio, com todas
as suas implicações morais e suas conseqüências dolorosas;
Ressurreição e Vida - contos variados que se desenrolam na Rússia dos Czares, em
aldeias da Itália e na Espiritualidade, com evocações inclusive da Galiléia dos
tempos apostólicos;
A tragédia de Santa Maria - romance de fatos ocorridos no Brasil, em uma fazenda
de cana-de-açúcar, ao sul do Estado do Rio de Janeiro, no século XIX. Dos fatos
narrados, Bezerra de Menezes, ainda encarnado, participa;
Nas telas do infinito - que comporta duas histórias, tendo como cenário a Europa
e o nosso país;
Dramas da obsessão - obra que esclarece sobre a realidade dos fatos relacionados
com a obsessão, em duas histórias, uma delas com participação da própria médium,
na tarefa de orientação aos espíritos obsessores;
Devassando o invisível e Recordações da mediunidade - relatos das experiências
mediúnicas de Yvonne, sob o amparo dos Espíritos Charles e Bezerra.
Memórias de um suicida - obra prima da literatura mediúnica no Brasil. Com suas
568 páginas, é um libelo contra o tresloucado ato do suicídio. Narra desde as
tragédias que se desenvolvem no Vale dos Suicidas ao amparo maternal de Maria de
Nazaré, no Hospital que traz seu nome, na Espiritualidade, tanto quanto a tarefa
anônima da obsessão'>desobsessão nas Casas Espíritas.
No ano de 1979, nos meses de setembro a dezembro, a Revista Reformador publicou
substancioso texto de Yvonne, onde ela narra algumas de suas experiências
reencarnatórias, que culminam na encarnação que findou no Brasil, no ano de
1984.
A Societo Lorenz, no ano 2000, sintetizou em um livreto os quatro artigos, que
chegaram a ocupar as páginas do jornal Mundo Espírita, e o publicou com o título
Um caso de reencarnação - Eu e Roberto de Canalejas.
Vinte anos se passaram. Não podemos dizer: vinte anos sem Yvonne, pois que a
valorosa médium deixou as paragens terrenas para prosseguir em outra dimensão a
tarefa em tão boa hora iniciada.
Yvonne do Amaral Pereira deixou-nos um belo legado; obras que precisam e merecem
ser divulgadas, sejamos nós os multiplicadores dessas bençãos!
Agora está em nossas mãos!!!
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