
Na Oração, por Emmanuel
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Logo em seguida ao lançamento de O Livro dos Espíritos, Allan
Kardec foi surpreendido por manifestações, contrárias e favoráveis, advindas da
imprensa e de iniciativas particulares.
Expressiva manifestação foi publicada pelo jornal Courrier de Paris, de 11 de
junho de 1857, em artigo assinado por G. Du Chalard. Destaca a matéria:
“(...) A todos os deserdados da Terra, a todos quantos marcham e que, nas suas
quedas, regam com as lágrimas o pó da estrada, diremos: Lede O Livro dos
Espíritos; ele vos tornará mais fortes. Também aos felizes, aos que pelo caminho
só encontram as aclamações e os sorrisos da fortuna, diremos: Estudai-o e ele
vos tornará melhores (...). O sr. é homem de estudo e tem aquela boa-fé que
apenas necessita instruir-se? Então leia o livro primeiro sobre a doutrina
espírita. Está na classe das criaturas que apenas se ocupam consigo mesmas e
que, como se costuma dizer, fazem os seus negócios muito tranqüilamente e nada
enxergam além dos próprios interesses? Leia as Leis Morais. A desgraça o
persegue encarniçadamente e a dúvida o tortura por vezes no seu abraço gelado?
Estude o terceiro livro: Esperanças e Consolações. Todos quantos aninham
pensamentos nobres no coração e acreditam no bem, leiam o livro da primeira à
última página (...)”.
Em outras duas cartas recebidas destacamos:
a) “(...) Impossível descrever o efeito em mim produzido: sinto-me como um homem
que saiu da escuridão; parece-me que uma porta, até hoje fechada, abriu-se
subitamente; minhas idéias ampliaram-se em poucas horas! Oh! Quanto a humanidade
e todas essas miseráveis preocupações me parecem mesquinhas e pueris ao lado
desse futuro de que não duvidava, mas que me era de tal modo obscurecido pelos
preconceitos, que eu apenas o imaginava! Graças ao ensino dos Espíritos, agora
se me apresenta sob uma forma definida, perceptível, maior, mais bela, e em
harmonia com a majestade do Criador. Quem quer que leia esse livro meditando,
como eu, aí encontrará inesgotáveis tesouros de consolações, pois que ele abarca
todas as fases da existência. Em minha vida sofri perdas que me afetaram
vivamente; hoje não me causam nenhum desgosto e toda minha preocupação é
empregar utilmente o tempo e minhas faculdades para acelerar meu progresso, pois
agora para mim o bem tem uma finalidade e compreendo que uma vida inútil é uma
vida egoística, que não nos ajudará a avançar na vida futura.(...)”
b) “(...) Faço meus amigos partilharem das convicções adquiridas na leitura de
sua obra; todos se sentem felizes; compreendem agora as desigualdades das
posições sociais e não murmuram contra a Providência; a esperança fundamentada
num futuro mais feliz, desde que bem se conduzam, os conforta e lhes dá coragem
(...)”
A primeira das cartas está assinada apenas como Capitão reformado D... e a
segunda com a simples indicação C...
Todo este material foi publicado na Revista Espírita (1) de janeiro de 1858.
Recomendamos aos nossos leitores que possam ler a íntegra do artigo publicado no
jornal e das cartas enviadas a Kardec, que se encontram disponíveis na edição
referida.
Foi um estímulo para o trabalho inicial do Codificador. Mas não é só isso.
Constitui-se também num grande incentivo para os espíritas da atualidade,
entendendo que estamos conscientes da importância e dos benefícios que o
conhecimento espalha por toda parte. Que estamos esperando?
(1) Tradução de Julio Abreu Filho, edição da Edicel.
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