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Era início da noite de 30 de junho de 2002, a televisão abria espaço em sua programação e anunciava para todo o Brasil que, em Uberaba, acabava de desencarnar, aos 92 anos de idade, vitimado por uma crise cardíaca, o médium Francisco Cândido Xavier, que completaria no mês de julho 75 anos de serviço na mediunidade mais respeitada e disciplinada de que se tem notícia.
O fato anunciado, provocou reações de espanto e tristeza, na população, principalmente naqueles que se beneficiavam do trabalho e da companhia do medianeiro das vozes do infinito.
Na hora do anúncio da desencarnação, nem todos prestaram a atenção para a notícia, pois naquele momento a população brasileira era só euforia, estava comemorando o feito inédito de uma seleção de futebol em todos os tempos, que acabara de conquistar o sonhado penta campeonato mundial.
Chico, partia assim, vendo ser atendido em um de seus maiores desejos que era de regressar à Pátria Espiritual em dia de alegria e felicidade do povo brasileiro. E por que será que o nosso querido Chico teria alimentado desde há muito esse desejo?
A resposta nos parece muito simples, como simples sempre foi toda a sua vida; para que sua partida não causasse grande onda de tristeza e pesar, nem provocar maiores alterações na vida dos seus compatriotas, que se não estivessem envolvidos pela alegria da conquista da copa do mundo, certamente sentiriam muito mais do que sentiram.
Chico passou do mundo material para o mundo espiritual, de maneira calma e serena, pois estava adequadamente preparado para a partida na hora que o Soberano doador da vida julgasse oportuno; pois com seu jeito simples e sincero, sempre afirmara que: “morrer é simplesmente mudar completamente de casa sem nada mudar na essência”.
Passados esses dois anos e meio de sua partida, nós todos, brasileiros ou não, podemos perceber a grande lacuna que ele deixou principalmente para nós espíritas, que não mais podemos desde então contar com sua presença física para consolar nossos corações aflitos e muitas das vezes vazios que Chico fazia que se transformasse com um simples sorriso, olhar ou até uma palavra de consolação e esperança, dando-nos exemplo de caridade e amor por todos indistintamente.
Foi, sem sombra de dúvidas, Chico Xavier o maior exemplo de idealismo, de honestidade incorruptível, pois nada auferiu pessoalmente dos 412 livros que psicografou ou dos serviços que prestou com seu trabalho perseverante e abnegado na causa do seu Mestre Jesus. Com seu jeito simples, sua presença fraterna e amiga, consolou, assistiu e estimulou ao bem milhares de pessoas.
Trabalhou tanto, influiu tão beneficamente na vida de tanta gente, que mereceu o reconhecimento até de outras lideranças religiosas, fazendo-se merecedor também do reconhecimento do Governo de Minas Gerais que o homenageou com o título de “o mineiro do século”, vencendo até mesmo o prestígio e a fama de inventores, cientistas, estadistas e literatos, ídolos do esporte, da música, em reconhecimento ao seu inestimável trabalho e cooperação para a instalação da Paz no coração de todos.
Hoje, vive o nosso querido Chico Xavier, no mundo espiritual, da mesma forma que aqui viveu, trabalhando e amando, distribuindo seu inesgotável estoque de paciência, resignação, respeito e compreensão com os menos esclarecidos, tendo por companhia os prepostos do Cristo, do qual ele faz parte desde há muito, enviando-nos suas vibrações e seus sinceros desejos de nos ver bem e melhores a cada dia, pois que para isso ele muito colaborou com seus Livros recheados de esclarecimentos e de Luz.
Quanto a nós, reflitamos: Qual será nosso papel, na difusão de suas mensagens? Que fazemos com seus exemplos testemunhados por todos nós? De que modo seguimos os ensinamentos contidos na Doutrina Espírita, que ele tanto ajudou a difundir? É preciso entender que seu trabalho, seu exemplo, representam roteiro de luz para que possamos por nossa vez, investidos da responsabilidade que é de todos nós, envidar esforços no objetivo maior de contribuir com a nossa pequenina mas importante parcela na construção de um mundo melhor pelo qual Chico tanto se empenhou.
Temos, absoluta certeza, que a misericórdia divina não nos esqueceu, certamente, já estaremos recebendo novos arautos do mundo maior, que entre nós já estão desempenhando suas sublimes missões, para que a seara siga a programação estabelecida pela Suprema Sabedoria no progresso intelecto-moral incessante da humanidade.
Não vêm para substituir o nosso Chico, pois cada espírito tem sua tarefa definida, própria às suas necessidade e de conformidade com suas conquistas pessoais. Mas a obra prosseguirá, com o empenho de todos no trabalho da semeadura, exemplificação e implantação do bem por toda a Terra.
Do outro lado da vida, mais vivo que antes, estará o nosso Chico, colaborando como sempre com Jesus, na concretização do Espírito de moralidade no coração dos homens, empenhado em ver seus irmãos em humanidade crescerem em direção ao encontro com a harmonia do universo, que nos dará a paz que hoje merecidamente ele desfruta.
Por tudo isso, nosso muito obrigado, estrela CHICO.


Por: Francisco Rebouças, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site


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