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O céu apaga a luz do rútilo diadema.
Enquanto o Sol se põe nas quebradas da serra,
A tempestade e a noite amortalham a Terra
Aos cantochões do vento içado à fúria extrema.


É a tormenta a fremir que, cruel, desalgema
O corisco mortal que fulmina e que aterra...
E o grito do trovão, nos ares, ruge e erra
Entre sombras hostis, sob a ira suprema.


E a Natureza clama, estala e chora, cheia
Da pavorosa dor que a vergasta e alanceia,
Mas, eis que a luta cessa e refaz-se a harmonia...


Assim também é a vida, em martírios da prova,
Depois da treva imensa, eis que a luz se renova
E a esperança ressurge ao Sol de novo dia.


Por: Amaral Ornelas, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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