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.... Há uma família que se forma em nosso mundo subjetivo e que domina nossa imaginação. Criamos psiquicamente pais ideais, irmãos perfeitos ou filhos exemplares. Eles tem vida dentro de nós e nos fazem tomar atitudes, às vezes, inconseqüentes. Comparamos essas figuras imaginárias, conscientes ou não, com os reais personagens que fazem parte das nossas relações familiares. Quando a correspondência não se dá, costumamos criar pontos de atrito, de discórdia que geram tensões nas relações.
Essa família imaginária se forma no decorrer de nossas encarnações, nas relações que tivemos com outros espíritos que desempenharam papéis ao nosso lado. Consolidamos na psique aqueles personagens em função das emoções por eles despertadas.
Inconscientemente, exigimos da vida um paraíso no qual as pessoas tenham comportamentos ideais e não nos satisfazemos com o que temos. Os modelos psíquicos que criamos são poderosos direcionadores que atuam em busca de seres perfeitos ao nosso lado.
Condicionados pelos arquétipos, projetamos nos membros da família aqueles personagens ideais e rejeitamos, pelo mesmo mecanismo, outros nos quais ‘enxergamos’ figuras aversivas do passado.
Nem sempre a antipatia decorre do reencontro de inimigos do passado. Às vezes, ocorre o mecanismo inconsciente de transferência, através do qual projetamos qualidades a uma pessoa ou a alguém que a ela se assemelha.
...


Por: Adenáuer Novaes, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.


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