Ensinar, por Espíritos Diversos
A Violência e Seus Efeitos na Criança
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A violência instalada no íntimo da criatura humana é um dentre
os grandes flagelos morais existentes na Terra pedindo solução de urgência.
As maiores vítimas são as crianças e as mulheres, sofrendo, talvez, as
conseqüências de erros do passado. Não há dor sem causa, atual ou remota.
O que choca, e vamos deter-nos neste ângulo da questão, é o estímulo à
violência, a que estão sendo levadas as crianças e os jovens. A ela recorrem as
crianças e se lhe adaptam, por ser excessivamente mostrada pela mídia.
É lógico que as pessoas que vivem de sua propagação e se locupletam com a sua
exibição rebelem-se contra essa realidade mais do que palpável, e tudo façam
para trazer para o atual contexto de vida violenta outras justificativas, pontos
de vista, conclusões apressadas e, por conseguinte, destituídas de razão para
explicar o recrudescer da violência na criança e, principalmente, no jovem.
A ONU - Organização das Nações Unidas - , preocupada com a onda de violência
mostrada claramente às crianças e adolescentes através de desenhos animados,
gravou, durante o período de uma semana, em agosto de 1998, até onde lhe foi
possível, filmes supostamente inocentes, e por isso mesmo oferecidos aos olhares
infantis.
De seis emissoras de TV foram colhidas 196 fitas, cujo tempo total de duração
chegou a 1.667 horas. As cenas de violência iam do assalto ao estupro. A
investigação foi acompanhada por sociólogos, juristas e educadores. Foram
detetados 1.432 crimes durante aquela semana, numa média de 20 crimes por uma
hora de exibição dos desenhos.
Uma criança, dessarte, assistindo a duas horas diárias desse tipo de desenho
animado (cáulculo feito por baixo), está exposta a 40 cenas de vioência. Num mês
sobe para 1.200, e em um ano assiste a 14.400.
Sejamos lógicos: se a mídia eletrôinica é mundialmente reconhecida como poderoso
meio de divulgação e de influenciação no psiquismo humano, consumindo os
interessados que crêem na sua eficiência milhões de dólares em publicidade para
induzir as pessoas a comprarem os produtos por ela divulgados, por que razão não
seria eficiente no que diz respeito à violência? Somente neste aspecto ela se
anularia?
Nós, espíritas, temos fundadas razões para afirmar, convictos, que uma
propaganda da violência como é feita nos veículos de propagação reforça o que o
Espírito reencarnado traz de vidas anteriores, vitimando-o mais ainda pela
intoxicação do morbo que ele porta em suas estruturas psicológicas mais sutis -
a violência.
O Espírito é herdeiro de si mesmo, ele reflete o seu passado, no presente.
a Dra. Paula Cunha Gomide, da Universidade do Paraná, segundo lemos num
períodico espírita de novembro de 1998, ilustra exemplarmente esse quadro
caótico social que envolve nossas crianças e jovens. Foram divididos 160 jovens
adolescentes, entre 14 e 16 anos de idade, em três grupos., Cada qual assistia a
um determinado filme. Dois grupos só viram filmes com cenas de violência e um
sem nenhuma. Após as sessões, foi promovido um campeonato de futebol. Os
estudantes dos grupos dos filmes de violência mostraram-se truculentos,
propensos a chutes agressivos, a xingamentos e empurrões deslelais.
É óbvio que não é o filme o único fator indutor da criança, do jovem e do adulto
à violência, mas as pesquisas são por demais concludentes do seu papel
intoxicante nas mentes incautas, despreparadas.
A fase de violência na criatura humana mostra-se como um mecanismo instintivo de
defesa que se instalou e teve predominância na fase primária do Espírito, com
marcantes repercussões, ainda hoje.
Sem motivo algum, outras vezes por questões de somenos importância, a
agressividade explode no ser causando-lhe sérios danos que não só prejudicam,
mas também à sociedade que o tem como membro.
A Terra virou um vasto campo de batalha perigoso, constatando-se que a ausência
da guerra entre as grandes potências não arrefeceu a belicosidade entre as
pessoas.
Hoje, como ontem, golpeia-se primeiro por instinto de defesa, antes mesmo de ser
a criatura agredida.
A violência e a agressividade, segundo Joanna de Ângelis, têm início no íntimo
desgovernado das criaturas, distantes que elas se acham da disciplina e do amor
exarados por Jesus. São pessoas envolvidas nas faixas sombrias primitivas do
desenvolvimento moral. Não souberam desatar os liames instintivos que as mantêm
na retaguarda evolutiva.
A Mentora estabelece, com a sua lucidez psicológica sobre o ser humano, uma
diferença entre agressividade e violência, mostrando que se pode ser agressivo
sem ser violento. A agressividade, diz ela, é natural na criatura, faz-lhe parte
da vida e, bem conduzida, responde pelas conquistas do pensamento , da Arte, da
Ciência, da Tecnologia, da Religião, quando os idealistas que a ela recorrem o
fazem na manutenção do aspecto excelente dos propósitos que objetivam. "Ela é
força promotora da luta edificante, sendo um estímulo à coragem".
Já a violência, que é típica somente do ser humano, deriva da sua maneira de
pensar, induzindo-o a tomar, agredindo, o que poderia pedir. Acha o violento que
esta é a única forma de conseguir o que almeja.
a violência costuma tornar-se loucura e hediondez, afirma Joanna de Ângelis.
Reprime-se a violência, qando ela deveria ser diluída com a educação da
agressividade. O que é o estupro, o assassínio senão formas de agressividade não
dominadas? O instinto sexual sem governo conduz ao estupro; o ódio, em conluio
com o egoísmo, sem o freio do raciocínio, da razão fraternal, leva ao
assassínio.
Haveremos de enfrentar a violência com a mansuetude, a pacificação, a humildade,
a paciência, a brandura, que são as características vivenciadas por Jesus,
conseqüêntemente, os recursos mais positivos para o enfrentamento da violência.
O exemplo de Gandhi junto aos ingleses é bem marcante.
Tiremos nossas conclusões.
terminamos formulando uma pergunta: Vamos continuar dando de presente aos nossos
filhos e afins armas de brinquedo, e permitindo, livremente, que eles asistam a
filmes e desenhos animados de violência?
Por: Adésio Alves Machado, Caso tenha ou possua, envie-nos a referência desse texto.
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