Ensinar, por Espíritos Diversos
A Comunicação no Processo de União e Unificação Espírita
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Busque-se a definição da palavra COMUNICAÇÃO e depara-se com o
significado de "Ação de comunicar, Informação, Aviso". Poderíamos também dizer
como "Fazer saber, participar, transmitir".
Com as conquistas da tecnologia, nas últimas décadas, as formas de comunicação
sofreram grande transformação, aprimorando-se e muito facilitando a transmissão
de informações. À disposição da comunicação, aí estão os modernos recursos
tecnológicos como o vídeo, tv, rádio, e principalmente a Internet e os recursos
da Informática. Isto se reveste de grande importância para a sociedade humana,
face à velocidade e fidelidade desses instrumentos. Claro que são instrumentos
neutros, que tanto podem ser usados por homens inescrupulosos, como por homens
prudentes e idealistas, mas não deixam de ser instrumentos de grande utilidade
para a educação e progresso humanos.
Que dizer, então, no seu uso para a difusão espírita?
Felizmente, os espíritas já tem utilizado todos esses instrumentos para
divulgação da Doutrina que abraçam, valorizando a Causa Maior de Jesus, o Mestre
da Humanidade. Jornais e Revistas, CDs e vídeos, programas de rádio e tv, livros
em abundância, sites e outros meios tem sido utilizados largamente para a
difusão espírita e comunicação entre os integrantes do Movimento Espírita.
Que ponte, podemos estabelecer entre a COMUNICAÇÃO e a UNIÃO e UNIFICAÇÃO
ESPÍRITAS? Como é este PROCESSO?
Primeiramente, definamos a palavra UNIFICAÇÃO. Ela é sinônimo de "reunir num só
todo, tornar-se um. Unir-se. Fazer convergir para um só fim". Como podemos
compreender a expressão "convergir para um só fim" , quando aplicado ao
Movimento Espírita, à união dos espíritas? Pequena reflexão nos leva a
compreender que o fim do Espiritismo é o progresso humano, libertando-o da
ignorância sobre sua verdadeira natureza e finalidades da existência. Esta
finalidade não implica em imposições ou pressões ou qualquer outro tipo de
desrespeito à dignidade humana e aos direitos individuais ou coletivos. Implica
sim na felicidade humana, pois que busca esclarecer em bases racionais.
Obtém-se, pois, uma finalidade ou fim profundamente humanitário, numa Causa
totalmente apoiada no Evangelho de Jesus. Fica claro, pois, o alcance espiritual
da questão, levando-se em conta o comportamento espírita e as atividades
praticadas em nome do Espiritismo.
Quando se trata, pois, de unir ou unificar os espíritas, os objetivos estão bem
definidos:
a. Alcance da estabilidade (pela harmonia e busca comum de interesses);
b. Aperfeiçoamento das atividades (pela troca de experiências).
Ambos os objetivos traduzem benefícios para todos os integrantes e
participantes, pois que primam pela luta em paz, pela Causa, embora as
diferenças naturais.
E poderíamos indagar, onde estão as bases da Unificação? É fácil responder, pois
se apoiam na própria índole da Doutrina. Toda a autoridade em pregar União e
Unificação, decorre de sua tradição de paz e fraternidade, pois que a Doutrina
ensina sobre a existência da solidariedade dos planos evolutivos e leva
fatalmente à eliminação do personalismo individual ou de grupos. E quais são os
benefícios da Unificação? Embora conhecidos e fartamente divulgados, seu estudo
e divulgação permanente colaboram para a formação desta consciência de união,
fortalecendo o pensamento espírita de estudiosos de todas as idades e épocas de
atuação, pois que ideais perenes do progresso. Enumeremos:
Aproxima os espíritas para que melhor se conheçam e confraternizem;
Traz estabilidade ao movimento, tornando-o gradativamente progressivo;
Favorece a troca de experiências entre espíritas e instituições,
fortalecendo-os;
Provoca inevitavelmente o aperfeiçoamento das atividades;
Evita a disseminação de práticas exóticas, desvirtuadoras do conhecimento;
Impede o personalismo individual e de grupos;
Coloca barreira consciente às forças contrárias à expansão do pensamento
espírita;
Torna o meio espírita um força social atuante;
Evita o desvirtuamento das atividades, justamente pela aproximação e troca de
experiências;
Garante a independência das Casas e do próprio Movimento Espírita;
Afina o meio espírita com as forças espirituais que atuam em favor do progresso;
Preserva a pureza doutrinária.
A união dos espíritas, e por consequência a unificação do Movimento, é de
importância vital para uma atuação consciente e preparada. Os meios dessa são
encontráveis na própria ação com conhecimento de causa e os valores são os
valores da fraternidade, sempre preconizados pela Doutrina Espírita. Nota-se
nesta ponto, a importância da Comunicação neste processo todo, onde com tantos
recursos à disposição, um meio prático não pode ser esquecido: o contato humano.
Seja por correspondência direta, seja por telefonemas, mas sempre com o calor
humano, sem a frieza da indiferença ou da pretenciosa superioridade que nunca
existe, pois somos todos caminheiros do mesmo objetivo: aprender.
Algumas experiências vividas por muitos companheiros apresentam-se aqui como
exemplos que podem ser transmitidos. Afinal todos tem algo para contar nesta
vivência unificacionista. Embora não inédita, o assunto é oportuno e vale a pena
relatar: Em anos de contato com o Movimento Espírita, fomos percebendo que na
divulgação de eventos ou palestras ou convites para reuniões, a remessa de
correspondência endereçada somente ao Centro Espírita trazia pouco ou nenhum
retorno. Depois, fomos percebendo que uma correspondência diretamente a pessoas
chave ou trabalhadores e dirigentes com liderança e poder de influência num
grupo surtia outro efeito. Isto porque uma correspondência endereçada a um
Centro Espírita, por exemplo, pode ficar engavetada por falta de interesse da
pessoa que a recebeu. Esta prática não exclui a remessa do convite diretamente
também ao Centro Espírita, mas ao contrário, INCLUI dirigentes e trabalhadores
da Casa. O efeito é imediato, pois a pessoa se sente valorizada. Inclusive na
mesma família ou no mesmo endereço. É uma dica que pode ser aproveitada.
Desta ação, vamos encontrar os resultados da Unificação:
Centros preparados. E coerentes com a prática espírita, integrados à Causa;
Coerência doutrinária em suas práticas;
Independência do Movimento para agir em favor da Causa e das Casas Espíritas.
Espíritas unidos pelo ideal comum;
Fraternidade entre os espíritas para estendê-la amplamente;
Ampla ação espírita, em todas as áreas;
Doutrina conhecida e divulgada;
Evangelho vivido, como deseja nosso Mestre;
Sintonia com os espíritos, que tanto esforço despendem neste objetivo;
Entusiasmo no ideal, que é força motriz para tais objetivos.
Vale considerar que para o alcance desses resultados, para uso desses benefícios
citados, alguns itens são de fundamental importância:
Respeito à diversidade, às diferenças individuais e coletivas;.
Convivência com os diversos estágios de entendimento e amadurecimento das
criaturas;
Levar em conta a historicidade do Movimento de Unificação;
O trabalho em equipe;
A busca permanente por melhores resultados nas atividades, buscando primar pela
qualidade doutrinária;
A universalidade do conhecimento espírita, única garantia do ensinamento dos
espíritos, conforme introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Todo esforço em prol da aproximação dos espíritas, para vibrarem no mesmo ideal,
nunca será perdido, e sempre receberá retornos de paz e entusiasmo, pois quando
forças com o mesmo objetivo estão juntas, os resultados aparecem e permanecem.
Unamos, pois, nossas forças em prol do estudo e divulgação espírita, pois a
fraternidade será o selo desta união.
Quantas dificuldades existem, fruto da desunião, dos descompassos causados pelo
ciúme, precipitação, orgulho, disputas? E qual o prejuízo? Tempo perdido, atraso
na Causa Maior que deve nos unir, vencendo obstáculos que digamos são naturais e
fazem parte desse processo de convivência. Sempre haverá idéias e
posicionamentos diferentes (pelos diversos estágios de amadurecimento,
compreensão e visão que nos situamos), mas que devem ser contornados com a
consciência de que os objetivos da Causa estão acima das meras questões
individuais, locais ou de entendimento, pois a renúncia a pontos de vista pode
significar valorização em favor da união. Há um equívoco de interpretação que
considera que Unificar significa interferência na autonomia e liberdade de
atuação. Jamais! A própria índole espírita nos convida a respeitar e jamais
interferir na liberdade de opção de grupos ou pessoas. Unificar significa unir
nos pontos comuns, respeitando diferenças, buscando realizações conjuntas que
beneficiem a coletividade envolvida.
Mãos à obra, pois, na tarefa urgente, mas não apressada, como diria o Benfeitor
conhecido de todos nós.
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site
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