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Há uma lição preciosa, dentre tantas, constante do magnífico livro Dramas da Obsessão (edição FEB), de Yvonne do Amaral Pereira, por Bezerra de Menezes, que vez por outra precisa ser recordada, novamente divulgada, comentada. Refere-se ao ambiente interno de um espírita'>centro espírita, fisicamente considerado, onde ocorrem as variadas reuniões e encontros, desde as públicas às privativas. Nunca será demais falar sobre isso para evitar-se festas mundanas ou conversas inapropriadas num ambiente onde tantas bençãos se operam. São detalhes que se esquecem e como sempre há gente nova, é importante que veteranos ou novatos tenhamos tais orientações a nos nortear as ações, dada a gravidade do compromisso.

Permito-me transcrever dois parágrafos:
“As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e à mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da imortalidade a serviço da Terceira Revelação. Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis, hão de conservar-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilidades. Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembleias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconsequência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são manifestações inferiores do caráter e da inconseqüência humana, cujo magnetismo, para tais assembleias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou impossibilita-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja.

Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus frequentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimônias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detentos da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o levará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida. Somente esses, portanto, serão registrados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas, serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer.”

Consideremos que sempre será oportuno debater conceitos de tão alta significação. Apenas para não nos perdermos na leviandade, de onde estamos tão próximos com nossas distrações variadas. Festas, comemorações banais, gargalhadas, tumultos verbais ou discussões dispensáveis, algazarras mesmo, são incompatíveis com a gravidade das atividades de um Centro Espírita, cujo ambiente deve preservar-se dessas reais ameaças à qualidade do ambiente psíquico. Em muitos casos o espaço físico é único, as acomodações não oferecem espaço para confraternização dos integrantes do grupo. Claro que isso não é proibido, mas sempre deveremos usar de prudência e discernimento do que ali estamos fazendo. A responsabilidade é sempre nossa no que nos permitimos. E se desejamos um ambiente favorável à presença dos bons espíritos e de recursos espirituais salutares, é preciso que se preserve o ambiente, onde somos os protagonistas dessas ações.


Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo autor para publicação em nosso site


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