Ensinar, por Espíritos Diversos
Amor Sempre
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Que faremos da caridade, quando todas as questões econômicas forem
resolvidas?
Esta é a indagação que assinalamos, todos nós muitas vezes.
Muitos acreditam que a solução de semelhantes problemas autorizaria a demissão
da sublime virtude das empresas e encargos pelos quais se responsabiliza ela no
mundo.
Entretanto, a cooperação do dinheiro sempre indispensável no sustento das boas
obras, é apenas um ângulo da beneficência na Terra.
A mais alta percentagem dos nossos companheiros menos felizes não se encontra
nos vales da penúria de ordem material.
Pergunte-se aos povos mais industrializados e mais ricos na cultura da
inteligência se conseguiram unicamente por isso erguer a felicidade integral de
seus filhos.
Consulte-se-lhes as estatísticas de suicídio e loucura, na maioria dos casos com
vinculação na patologia da alma, e em todos os recantos do Orbe Terrestre
indaguemos das classes situadas na frente do conforto e da instrução
universitária se com esses tesouros, - aliás necessários e legítimos para todos
os filhos da terra, - lograram consolidar a segurança e a paz de que se
reconhecem carecedores.
Ouçamos os companheiros relegados à solidão em refúgios dourados; os que a
desilusão alcançou, estirando-os em desânimo, apesar das alavancas amoedadas que
lhes sustentam a vida; os quase loucos de sofrimento moral, diante de provas ou
doenças irreversíveis; as criaturas geniais que não puderam agüentar as
dificuldades educativas, indispensáveis ao burilamento do espírito, e derivaram
para os tóxicos que lhe consomem as forças; os que foram abafados pela
superproteção no campo do excesso e não mais souberam suportar os problemas da
estrada evolutiva; e aqueles outros, semimortos de angústia que tateiam a lousa
indagando pelos entes queridos e que dariam, de pronto, a fortuna em que se lhes
valoriza a existência em troca de fé na imortalidade.
Anotemos os irmãos caídos em desprezo, abandono, desequilíbrio, enfermidade,
desalento ou perturbação e, embora louvando o apostolado bendito do dinheiro, a
serviço do bem, verificaremos que a caridade em si é sempre amor e que a missão
do amor, em todos os mundos e em todas as circunstâncias, é tão infinita quanto
infinita em tudo e com todos, é a bondade de Deus.
Por: Emmanuel, Do livro: Encontro de Paz. Médium: Francisco Cândido Xavier
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