Ensinar, por Espíritos Diversos
A Prece da Aflição Maternal
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Aguçada a minha curiosidade, quis entrar em relação com um pensamento
luminoso que me seduzia, abandonando todos os outros, que nos circundavam, para
só fixar a atenção sobre ele. Afigurou-se-me que os demais desapareciam,
enquanto me envolvia nas irradiações simpáticas daquele traço de luz clara e
brilhante.
Ouvi, então, longínqua voz a exclamar:
- “Meu Deus!... Meu Deus!... Atende ao meu coração de mãe desamparada. Se falta
a mim e aos meus filhos a proteção do mundo, não vos falte a tu providência
misericordiosa! Valha-me neste vale de lágrimas a tua bondade infinita, oh! Pai
nosso que estais no céu...”
Ouvindo essa prece comovedora, vi igualmente uma figura de mulher ajoelhada e
banhada em pranto. Num átomo de tempo, por intermédio de extraordinária
interligação de pensamentos, pude saber qual a razão das suas lágrimas, das suas
preocupações e como eram amargos os seus sofrimentos!
Sensibilizada com as manifestações daquela alma exilada, instintivamente
enviei-lhe pensamentos dor'>consoladores, pronunciando palavras de fé e de esperança.
Como havia pressentido, via-a meditar por instante com o olhar cheio de estranho
brilho, levantando-se reconfortada para enfrentar a luta, sentindo grande
alívio.
Por: Maria João de Deus, Do livro: Cartas de Uma Morta. Médium: Francisco Cândido Xavier
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