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Eu sou o Bom Pastor e conheço as minhas ovelhas, e as minhas ovelhas me conhecem.

Jesus se servia, em Seus discursos e em Suas parábolas, de analogias com situações, presentes no meio social da época e do local, em que viveu, neste planeta, facilitando a compreensão das Suas lições.

A atividade do pastoreio era, então, comum e importante. Uma das mais antigas profissões rurais em Israel.

Por isso, os cuidados que os pastores tinham para com o rebanho eram bem conhecidos.

Sabiam que o pastor ficava muito tempo com suas ovelhas, de dia guiando-as aos melhores lugares. À noite, permanecendo com elas, no aprisco.

O pastor cuidava da alimentação, do acesso à água, da proteção e segurança. Dispensava cuidados aos animais doentes e feridos, bem como para as ovelhas prenhes e os recém-nascidos, além de fazer a tosquia do pelo, duas vezes por ano.

O pastor também defendia seu rebanho de presas ferozes, muitas vezes, colocando sua própria vida em risco.

Esse contato próximo e contínuo com as ovelhas, permitia a formação de um laço afetivo entre elas e o seu pastor. O pastor amava suas ovelhas.

Pesquisas científicas, mais ou menos recentes, comprovaram comportamentos das ovelhas, que foram retratados no Evangelho.

Por exemplo, elas têm um comportamento fortemente gregário e são animais dóceis.

A separação do grupo pode gerar intenso estresse e até pânico para o animal.

Outra conclusão dessas pesquisas é que as ovelhas são mais inteligentes do que se pensava. Podem ser treinadas, possuem mecanismos neurais que lhes permitem reconhecer rostos humanos ou ovinos, por até dois anos.

Muito interessante, portanto, que Jesus tenha se apresentado como Pastor das nossas almas, ovelhas que o Pai lhe confiou.

Vejamos como nos diz: Eu sou a porta das ovelhas. Se alguém entrar por mim, será salvo. Entrará, e sairá, e encontrará pastagem.

A porta, a que se refere Jesus, pode ser analisada de forma concreta como a porta do aprisco, por onde o bom pastor faz entrar seu rebanho para que esteja protegido.

Mas podemos analisar a porta, de forma abstrata, entendendo-a como a passagem por onde podemos entrar para estarmos salvos.

Para as ovelhas, estarem salvas, é passar pela porta do aprisco. Para nós, estarmos salvos é entendermos os ensinos de Jesus, que nos mostram o caminho seguro para percorrer.

Caminho que nos conduzirá à pastagem viva dos Seus ensinos, repletos de luz e amor, que nos saciará verdadeiramente e nos proporcionará uma vida em abundância.

Ele o disse: Eu vim para que tenham vida. E vida em abundância.

Que doce lição. Que esperança sabermos que, ovelhas do rebanho de Jesus, estamos sob Sua guarda. Com Ele, estaremos seguros.

O que quer que nos possa acontecer, Ele estará conosco.

Bom Pastor, jamais abandona as Suas ovelhas, não importando as circunstâncias.

Sigamos o exemplo das dóceis ovelhas, e sigamos o Bom Pastor, para descobrirmos as pastagens abundantes do Seu amor.


Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, com base no Evangelho de João, cap. 10, vers. 1 a 21; no cap. 7, do livro A vida quotidiana na Palestina no tempo de Jesus, de Daniel Rops, ed. Livros do Brasil e no site netzoo.com.br, sobre comportamento social das ovelhas. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=6548&stat=0


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