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Companheiro de rudes pés sangrentos
Guarda no peito atribulado e aflito
As visões que percebes no infinito,
Alvoradas, estrelas, firmamentos...

Segue calando os trágicos lamentos
Do coração chagado, ermo e proscrito,
Mas ergue a luz por templo de teu rito
Entre os muros terrestres, desatentos!

Sem dourado bastão para teus sonhos,
Transpõe, gemendo, os vórtices medonhos
Das sendas abismais para o futuro.

E deixarás no pranto de teus rastros
O caminho celeste para os astros
E a vitória divina do amor puro.


Por: Cruz e Souza, Do Livro: Através do Tempo, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos


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