Ensinar, por Espíritos Diversos
Mensagem de Amor
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Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens.
Buscamos a proclamação do Céu para agradecer-vos.
A todos saudamos, com os nossos votos de paz, no entanto, desejamos, com a
permissão do Senhor, falar aos companheiros de nossa Fundação de Amor ao
Próximo, aqui representados por nossos irmãos Hércules e Iza que se nos farão
intérpretes do júbilo com que assinalamos o nosso agradecimento a Nosso Senhor
Jesus Cristo, pelo cinqüentenário de nossa casa.
Somos nós, amados amigos, a servidora que vos deve tanto, o coração indicado
para transmitir-vos a nossa gratidão.
Perdoai-me a limitação e a insuficiência das palavras que não me traduzem o
anseio de expressar-vos a nossa alegria, diante do evento que o mês próximo nos
descortina, confidenciando-nos todas as minudências dos cinqüenta anos de
trabalho que a nossa instituição agora alcança, sob a inspiração dos Divinos
Emissários. Fossem lágrimas as letras de que me utilizo para comunicar-vos o
nosso contentamento e a nossa gratidão e talvez conseguisse estampar a minhalma
no que vos digo, esculpindo em vosso Espírito o preito de nosso reconhecimento
por toda a dedicação com que conduzis para diante a bandeira da caridade com
Jesus que o nosso Gaio desfraldou em silêncio. Ele, o Gaio, atravessara o
natalício em 1932, mentalizando o propósito de algo realizar que lhe
testemunhasse a fidelidade a Jesus. E pensou, acima de tudo, nas viúvas e nos
órfãos desvalidos.
Falou-nos do projeto que lhe nascia por nota de luz no pensamento. E a sós, com
esta vossa serva, se referiu ao venerável Anthony Leon, ao respeitado amigo Dom
Romualdo de Seixas, do generoso irmão Pedro Richard, do nosso sempre amado
Doutor Bezerra de Menezes. Ouvi o Esposo com respeitoso carinho e acompanhei-o
na oração com que rogamos à Jesus e à nossa Mãe Santíssima nos abençoasse.
Transcorridos alguns dias, minha filha Maria Georgina e eu éramos surpreendidas
com as primeiras informações da obra iniciada.Pequenos apontamentos nos davam
conta de que o Esposo abnegado começara na visitação aos lares desprotegidos.
Admirei-lhe a coragem e protestei contra a legenda em que se erguia o meu pobre
nome para a organização. Achava-me, porém, integrada no serviço, pela carinhosa
lembrança do marido e compreendi que, embora constrangida, não me cabia recuar
ante a realização que se mostrava no berço.
Fundação Marietta Gaio! Não conseguiria refletir sem resistência ao nome
proposto e entendi que, sem mérito algum, era chamada a servir em meu benefício
próprio. Do que foi a trajetória da instituição, até que o Jorge e a nossa
querida Nair recebessem o facho das obrigações de vanguarda, não preciso dizer.
Cinqüenta marços de trabalho e de amor se fizeram cinqüenta marcos de esperança
e de luz em nossas vidas.
Venho formular o nosso respeitoso agradecimento a todos os companheiros que
passaram no tempo ao nosso lado, e salientar o nosso louvor e a nossa gratidão,
a vós todos que sucedestes o nosso querido Jorge na sustentação da casa. É
verdade que possuímos a sede do nosso ideal de beneficência com o apoio que, de
certo modo, lhe alicerçam a manutenção; ainda assim, muito mais do que a
residência de alvenaria que nos resguarda os serviços de ordem geral, dispomos
do campo de confiança recíproca e de invariável amor que nos reúnem uns aos
outros. Unidos em Cristo, começamos, unidos em Cristo
prosseguiremos...Expresso-vos a nossa alegria sob a presença do Gaio, do Jorge e
de outros pioneiros e missionários da Fundação, tentando agradecer com frases
escritas o mundo de apreço e admiraçãoque se nos cresce nos corações, em vos
seguindo no esforço bendito de continuar construindo o bem.
O nosso reconhecimento se exprime nas preces com que nos dirigimos ao
Todo-Misericordioso, rogando-lhe à Bondade Infinita abençoar-vos e
recompensar-vos com os tesouros da fé viva e do bom-ânimo, da paz e da
felicidade reservadas aos obreiros fiéis.
Nossa casa conquistou novas dimensões e as nossas aspirações igualmente se
desdobram...
Deus vos recompense a todos pelas horas de trabalho benemérito em que vos
esqueceis para aliviar a provação dos enfermos; pela dedicação com que sabeis
repartir o pão e a veste, o socorro e a assistência, junto aos nossos irmãos
desvalidos do mundo; pela coragem que insuflais no Espírito combalido das viúvas
e das mães desamparadas, oferecendo-lhes o teto em que o Senhor nos acolhe por
servidores em Seu Nome; pela fortaleza de ânimo que instalais nos sentimentos de
todos aqueles que nos batem à porta, entre a necessidade e a tribulação; pelo
remédio e pelo alívio que estendeis aos doentes; pelos sorrisos de felicidade
que sempre desenhais sobre as lágrimas das crianças batidas pelo infortúnio;
pela ternura com que resguardais em nossa creche de proteção e de carinho os
pequeninos que nos reclamam assistência para que as mães valorosas trabalhem na
conquista do pão de cada dia; pela palavra de reconforto e de esperança com que
levantais os companheiros caídos em desânimo e desespero, buscando-nos os
recintos, à maneira de náufragos que se apegam à embarcação de amparo e
salvamento que sabeis conduzir, dia-a-dia, na direção dos portos de socorro e
refazimento. E dizemos "muito obrigado", a todos vós, amados filhos de nosso
instituto de beneficência, por todos os momentos em que vos amais uns aos
outros, conquanto as diferenças de opinião que por vezes nos marcam os esquemas
de serviço, doando-nos o exemplo da solidariedade e da união, e estimulando-nos
ao trabalho espiritual em vossa companhia; muito obrigado a cada um de vós
sempre que buscais o silêncio e o sorriso fraterno para compreender o
companheiro transitoriamente tangido pelas irritações do mundo; muito obrigado
pela renúncia com que abdicais de vossos pontos de vista, quando os interesses
dos necessitados devem prevalecer sobre os nossos desejos; muito obrigado por
aceitardes tarefas pequeninas e aparentemente insignificantes, nas quais
socorreis uma criança enferma ou escorais uma irmã que as experiências da vida
alvejaram os cabelos e lhe abriram chagas invisíveis nos corações; e muito
obrigado por saberdes perdoar as dificuldades de uns para com os outros a fim de
que os hóspedes de Jesus em nossa casa se vejam protegidos pelo aconchego da
instituição que Ele mesmo, o Senhor, nos concedeu para servi-lo na pessoa dos
últimos de nossos irmãos, nas filas da necessidade humana, embora sejam eles os
herdeiros diretos da paz e das alegrias do Reino!
Desculpai-me se vos falo com tamanha pobreza de expressões.
Agradeço, pessoalmente, à nossa Nair pela constância de ação e pelo devotamento
com que nos abraçou os compromissos e agradeço à minha filha Maria quanto fez e
continuará fazendo pela segurança de nosso lar-oficina de bençãos, em que os
Mensageiros do Cristo, nos honram com a felicidade de atuar e agir na execução
do bem.
Através de nossos amigos Hércules e Iza, saudamos a todos vós, irmãos em Jesus e
filhos de nossa esperança que sustentais nas mãos a bandeira de 1932.
A todos, o nosso coração reconhecido.
Deus nos proteja e nos abençoe. É tudo o que pode rogar de melhor em auxílio a
nós todos a vossa irmã pelo coração e pequena servidora agradecida.
Por: Marietta Gaio, Do livro: Tesouro de Alegria, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos
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