Ensinar, por Espíritos Diversos
Inteligência acompanha grau de evolução dos animais
“Somos todos espíritos na vivência dos infinitos degraus do processo evolutivo, do qual os seres humanos deste ínfimo planeta, por mais que sua pretensão assim o deseje, não representam o ponto final.”
Recentemente, circulou, na internet, mensagem que mostrava como macacos têm auxiliado deficientes em suas tarefas diárias e até a se alimentarem. Em uma das imagens, um deles dava comida a um tetraplégico. Histórias de cachorros que salvaram vidas, gatos que não saíram do lado de seus donos no leito, enquanto doentes, e tantas outras envolvendo animais são mais comuns do que pensamos. Não só as cenas apresentadas no e-mail, mas tantas outras histórias que já lemos e ouvimos, comprovam que os animais são, mesmo, capazes de fazer coisas que nem imaginamos e possuem, sim, um nível de inteligência, de acordo com o grau de evolução que atingiram.
“Devemos muito mais aos animais do que temos consciência”, acredita a médica
veterinária Irvênia Prada, que atua há mais de 20 anos no meio espírita como
expositora em cursos e palestras, defendendo a tese de que os animais, como
seres em evolução, são nossos companheiros de jornada. “Hoje existem centros de
treinamento nos Estados Unidos para ensinar ações a esses macaquinhos e é
incrível o que eles são capazes de fazer. As demonstrações de trabalho feito com
cães-guias de cegos também”, conta.
Em seu livro A Questão Espiritual dos Animais (Editora FE, 2005), Irvênia aponta
considerar indiscutível que os animais têm corpo físico, vida e mostram, pelo
menos muitos deles, comportamentos através dos quais exibem capacidade de
aprender coisas novas, de resolver situações inesperadas, de fazer julgamento do
que está acontecendo a sua volta, enfim, “revelam possuir inteligência”.
Sinais
“Um dos casos mais incríveis que temos conhecimento é o da macaca Washoe, que
aprendeu a se comunicar com as pessoas através da linguagem de sinais para
surdos-mudos que lhe foi ensinada. Aos 5 anos, ela não só empregava 132 sinais
com exatidão e desenvoltura, como também criava suas próprias combinações de
frases que ainda não tinha aprendido. Experiências como a efetuada por Roger
Fouts e o casal Gardner, transmitindo a linguagem gestual a ela e outros
macacos, derrubam a presunçosa supremacia do homem sobre as demais criaturas”,
analisa a médica veterinária. “Do ponto de vista científico, o que a pesquisa
revelou de mais importante foi o fato de que a habilidade de aprender e
transmitir informações não é exclusividade dos seres humanos”, afirma Fouts, que
trata do tema na obra O Parente mais Próximo (1998) e aponta que o caso de
Washoe não é isolado, porque “vários outros chimpanzés demonstraram a mesma
aptidão”.
Capacidade de aprendizado
Em O Céu e suas Vertentes, de W. L. Sanvito (1982), lemos que quanto mais
desenvolvido o sistema nervoso de uma determinada espécie animal, maior
capacidade funcional terão os indivíduos dessa espécie de se expressar em
comportamentos mais elaborados. “Assim, os animais que têm essas áreas
associativas ou cognitivas bem desenvolvidas mostram, por exemplo, grande
capacidade de aprendizado. É o caso de golfinhos e chimpanzés”, exemplifica
Irvênia. “Em todos os mamíferos a organização do cérebro é a mesma do ser
humano, sendo as diferenças de natureza quantitativa e não qualitativa. O
cérebro inicial tem uma representação avantajada, o córtex sensório-motor
também, mas a área pré-frontal é menos desenvolvida e varia de dimensão, nas
diversas espécies animais. Nos primatas e golfinhos ela já se mostra bem
desenvolvida”, completa.
Irvênia também acredita que um espírito que ainda esteja nos passos iniciais da
caminhada evolutiva pode se expressar, em atitudes ou comportamentos, por meio
de um sistema nervoso mais simples, ao passo que, sendo mais evoluído (em
inteligência), vai necessitar de um instrumento, ou seja, de um sistema nervoso
mais sofisticado para que consiga expressar, através dele, toda a sua
potencialidade. “André Luiz, em No Mundo Maior, afirma que ‘nem os símios ou os
antropóides, a caminho de sua ligação com o gênero humano, apresentam cérebros
absolutamente iguais entre si. Cada individualidade revela-o consoante o
progresso realizado’”, nos diz.
Na obra Alvorada do Reino, Emmanuel, pela mediunidade de Chico Xavier, também
trata do assunto: “O animal caminha para a condição de homem, tanto quanto o
homem evolui no encalço do anjo”. E continua... “No reino animal, a consciência,
à feição de crisálida, movimenta-se em todos os tons do instinto, no reino da
inteligência, objetivando a conquista da razão sublimada pelo discernimento”.
Se os animais têm sido mais do que nossos simples companheiros de jornada, a
utilização deles na chamada Zooterapia, conjunto de procedimentos que visam a
auxiliar o paciente para a melhoria de seu quadro clínico mediante a utilização
de animais, deve ser seguida da preocupação de mantê-los em uma boa qualidade de
vida. “É preciso que sejam adequadamente treinados, com paciência e respeito,
bem tratados e, principalmente, amados. A relação de amizade e confiança que
venha a se desenvolver entre as partes certamente contribuirá para a evolução,
tanto do espírito do ser humano quanto do animal”, acredita Irvênia.
Emmanuel recomenda amparo:
Sobre os animais, Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, declara no
capítulo XVII, no livro Emmanuel (FEB, 1983): “... Sou dos que os estudam atenta
e carinhosamente. (...) E como o objetivo desta palestra é o estudo dos animais,
nossos irmãos inferiores, sinto-me à vontade para declarar que todos nós já nos
debatemos no seu acanhado círculo evolutivo. São eles nossos parentes próximos,
apesar da teimosia de quantos persistem em o não reconhecer. (...) Recebei como
obrigação sagrada o dever de amparar os animais na escala progressiva de suas
posições variadas no planeta. Estendei até eles a vossa concepção de
solidariedade e o vosso coração compreenderá, mais profundamente, os grandes
segredos da evolução, entendendo os maravilhosos e doces mistérios da vida.”
Atualmente, a Etologia (ciência do comportamento) considera que os animais são
seres sencientes (do latim sentiens = que sente, que tem sensibilidade). Essa
noção se contrapõe à concepção anterior, cartesiana, de que os animais seriam
máquinas insensíveis, movidas automaticamente por instinto.
“Infelizmente, de modo geral, todo o comportamento do ser humano em relação aos
animais ainda mostra resíduos dessa concepção anterior, segundo a qual os
animais existem para servir ao homem, que pode explorá-los, com esse fim, a seu
arbítrio. A fala de Emmanuel é motivadora de mudança de nossa conduta para com
eles. Compreender que, como nós, eles também são espíritos em evolução, exige de
todos um novo olhar, o de que este mundo igualmente lhes pertence como escola de
aprendizado e renovação”, finaliza Irvênia.”
Cláudia Santos entrevista a Dra. Irvênia Prada, médica veterinária - Matéria publicada na Folha Espírita em abril de 2007
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Datas Importantes do Espiritismo
NOVEMBRO
Dia 01 de 1890
Em 01de Novembro de 1890, a Federação Espírita Brasileira, através do
<<Reformador>>, dirige ao Sr. Ministro da Justiça uma longa defesa contra os
artigos 157 e158 do novo Código Penal, artigos que embaraçavam a prática do
Espíritismo.
Dia 01 de 1918
DESENCARNAÇÃO EURÍPEDES BARSANULFO
Dia 02 de 1951
DESENCARNAÇÃO LÍCIO GUEDES TRINDADE
Dia 03 de 1990
REALIZAÇÃO CONGRESSO MUNDIAL DE ESPIRITISMO, em Liége, Bélgica, presidido por
Rafael Gonzáles Molina
Dia 20 de 1889
20/11/1889 - Os jornais de Nova Iorque publicam uma declaração assinda por
Margarida Fox, na qual ela confessa que sua declaração anterior, contrária ao
Espíritismo, foi-lhe obtida com promessas de riqueza.