
Jesus, por Amaral Ornellas
Segundo o IBGE, em 1991 as pessoas com 60 anos de idade ou mais representavam 7,3% da população e em 2000 representavam 8,6% - um aumento de 17% na década. Esse instituto calcula existirem hoje 14,5 milhões de brasileiros na terceira idade, seguindo a tendência mundial de envelhecimento da população. Mas, em geral, no nosso país esse aumento na expectativa de vida não é acompanhado pela expectativa de boa qualidade de vida. A prevalência de depressão nos idosos oscila de 25 até 80%. Esta enorme variação acontece em função de fatores ambientais, biológicos, sociais e econômicos.
Infelizmente, a maior parte dos idosos em nossa cultura não dispõe de espaço
importante no seio familiar. Geograficamente quando não é alocado numa
dependência isolada da casa ou numa cadeira bem no cantinho da sala, é levado
para algum local “de repouso”, longe dos olhos dos familiares. No meio familiar
os assuntos cotidianos quase nunca são dirigidos a ele, pois há uma falsa e
cômoda crença sobre ele não se interessar por mais nada. Isso sem falar das
limitações econômicas causadas pelo valor da aposentadoria no país. Para os
idosos, dificuldades na mobilidade são comuns, e podem ser acompanhadas por
limitações no ato de preparar seus alimentos em conseguir as coisas de que
necessitam. As condições materiais de existência e o suporte familiar são
fatores decisivos na sensação de autoconfiança dos idosos.
Em deprimidos com mais de 40 anos, as queixas de falta de memória são muito
comuns, mas após os 60 anos essas queixas podem ser tão proeminentes que levam o
médico a suspeitar de um quadro demencial. Geralmente, no exame neuropsicológico
do deprimido observamos grandes discrepâncias. Embora as queixas sejam
contundentes e freqüentes, os déficits realmente constatados são quase sempre
pequenos ou inexistentes.
O luto da viuvez tem sido descrito como o evento mais estressante da vida
cotidiana do idoso. Na idade de 65 anos, mais de 50% das mulheres e 14% dos
homens enviúvam. Comparados aos indivíduos casados, há um aumento nas consultas
médicas gerais pelos viúvos no primeiro ano após a perda. O luto é associado a
um aumento da mortalidade dos enlutados e as causas de morte são variadas nos
diferentes estudos – geralmente incluem suicídios e acidentes. É provável que a
depressão não reconhecida e não tratada contribua de maneira substancial para
essa mortalidade aumentada.
Na velhice o fenômeno depressivo, em si, pode representar a recorrência de
episódios anteriores que já se manifestaram em outras épocas da vida, pode ainda
ser a continuidade de uma depressão crônica anterior, ser conseqüência do
prejuízo na qualidade de vida proporcionada por alguma outra doença concomitante
ou simplesmente, pode ser um episódio originado após os 60 anos. Os ditados:
“Envelhece-se como se viveu” e “ Teme mais a morte aquele que mais temeu a
vida”, estão corretos. Se, em tempos anteriores quando todas as circunstâncias
existenciais eram mais satisfatórias, quando toda potencialidade vital era
plena, quando o futuro era ainda distante e quando a solidão não tinha sido
experimentada, mesmo assim a pessoa passava por momentos de franca dificuldade
adaptativa, no envelhecimento então, quando se fazem sentir todas as
dificuldades, a capacidade adaptativa anterior só pode mesmo estar piorada.
Quatro critérios são importantes para consolidar o diagnóstico da depressão no
idoso:
1. Vários sintomas de depressão pelo menos por duas ou mais semanas.
2. Estado de ânimo diminuído durante este tempo
3. Alterações no cotidiano da pessoa (interação social, nível de atividade e
busca de ajuda profissional), como causa ou conseqüência da depressão.
4. Presença de pelo menos quatro dos sintomas seguintes:
Aumento ou diminuição do apetite
Aumento ou diminuição do sono
Diminuição da energia
Sensação contínua de fadiga ou cansaço
Perda de interesse
Perda de prazer nas relações sociais
Perda de prazer nas atividades cotidianas
Sentimentos de reprovação ou culpa de si mesmo
Lentidão ou agitação psicomotora
Queixa ou evidência de diminuição na capacidade de concentração
A depressão na terceira idade também é caracterizada por mudanças rápidas no
humor e pela grande facilidade em produzir intensas reações afetivas com uma
subseqüente incapacidade para controlá-las.
Lygia Aguiar
Referência:
Katherine Shear, American Psichiatric Association – 158º Annual Meeting – May
2005 – Atlanta – Geórgia – USA.
Fonte:
Jornal “Folhas do Caminho” – Informativo do Centro Espírita A Caminho da Luz –
Ano V nº 32 – Agosto / Setembro 2007.
Fonte: jornalismo RBN
Dia 02 de 1877
Nasce em Coimbra, Portugal, Antônio Joaquim Freire, Presidente da Federação
Espírita Portuguesa. Desencarna em 1948, no dia 2 de março, em Lisboa, Portugal.
Dia 02 de 2006
Em Curitiba, Paraná, no Canal 6 - CNT e em Londrina, Paraná, no Canal 7 -
Londrina, Paraná, estreou o Programa Televisivo Vida e Valores, com 15 minutos
de duração.
Dia 04 de 1336
Em Estremoz, Portugal, desencarna a Rainha de Portugal Santa Isabel, conhecida
por sua dedicação à caridade. Nascida em Espanha, em 1271.
Dia 04 de 1814
No México, nasce o General Refugio I Gonzáles, tradutor das obras de Allan
Kardec para o espanhol, dirigindo por mais de 10 anos a Revista Ilustración
Espírita. Desencarna em Acapulco, México, em 16 de agosto de 1892.
Dia 04 de 1948
Desencarna, em Taubaté, SP, José Bento Monteiro Lobato. Nascido, na mesma
cidade, em 18 de abril de 1882.
Dia 04 de 1966
É criado, no Brasil, o Dia da Caridade, pela Lei 5063.
Dia 05 de 1849
Em Embleton, Inglaterra, nasce o jornalista, editor e médium William Thomas
Stead. Desencarna no mar, no Atlântico Norte, em 15 de abril de 1912.
Dia 05 de 1875
Nasce, em Bristol, Inglaterra, Ernest W. Oaten, pioneiro espírita, companheiro
de Conan Doyle. Desencarnado na mesma cidade... Saiba mais...