Ensinar, por Espíritos Diversos
Quem Merece Viver ou Morrer?
A Folha Espírita entrevistou o Dr. Décio Iandoli Junior
(vice-presidente da AME-Santos), cirurgião do Aparelho Digestório
Apesar de não gostarmos de admitir isso, o homem é um ser de visão bastante estreita em se tratando de assuntos como a vida, a doença e a morte. Apesar disso, quando fazemos algum avanço, nos arvoramos em detentores da verdade, tentamos reduzir o universo em uma casca de noz, forçando a natureza a caber em nossos parcos conhecimentos. Este movimento egoísta e pretensioso é típico do ser humano, principalmente daqueles que têm um conhecimento técnico maior e mais amplo que a maioria de nós, mas que têm uma visão monocromática da vida e da natureza humana.
Esta arrogância já foi experimentada diversas vezes e a história da humanidade
nos conta estes tristes episódios que, infelizmente, aconteceram em abundância.
Apesar disso, podemos notar que não aprendemos quase nada com isso tudo, já que
mantemos hoje um holocausto velado, que não se faz mais nos campos de
concentração insalubres e pútridos, mas nas ricas e bem decoradas clínicas onde
se propala uma “medicina fetal” cuja arma “terapêutica” mais utilizada é a
morte, chamada cinicamente de “subtração”.
Sob o falso argumento de proteger a mãe e seus direitos, muitas mulheres são
induzidas à “subtração” de seus fetos diante de diagnósticos de má formação ou
de síndromes genéticas. Diante da impotência da Medicina e de seus praticantes
em dar uma solução a determinadas doenças ou más formações, a saída é
eliminá-las, evitando que o “fracasso” e a “incompetência” anunciada se
materialize.
De início as más-formações graves, depois os sindrômicos, em seguida aqueles com
genes que trarão doenças graves no futuro ou, então, para garantir que “nada de
ruim” possa acontecer com aquela família. Depois poderemos escolher a altura, a
cor dos olhos ou dos cabelos, o grau de inteligência, quem sabe? Na Holanda já
estão matando os fetos com espinha bífida (má-formação da coluna vertebral).
Tudo isso tem um nome, eugenia, o homem escolhendo, segundo seus interesses ou
convicções quem merece viver e quem merece morrer. Depois de tanto tempo, tantas
experiências dolorosas, continuamos a incidir no mesmo erro, já que o poder
sobre a vida de nossos semelhantes exorta nosso egoísmo, e passamos a uma
prática de lógica imediatista que gera dor e sofrimento e cuja origem é bastante
óbvia: os interesses de uma pessoa ou de um grupo se impondo aos demais.
Argumentos imediatistas, utilitaristas, escondem a crueldade daqueles que não
conseguem colocar o valor da vida humana em seu devido lugar, mas não podemos
nos deixar enganar por esta falácia que prioriza razões materiais e políticas e
ignora as razões espirituais.
Ofereça a um destes médicos, que estão julgando em suas ricas clínicas quem
merece viver e quem merece morrer, a possibilidade de diagnosticar uma criança
que terá uma doença chamada esclerose lateral amiotrófica, uma doença que
provoca uma destruição gradual das células do cérebro e da medula espinhal que
controlam os músculos do corpo, levando a uma paralisia que impede o seu
portador de se mover, de se comunicar, tornando-o prisioneiro de seu próprio
corpo, capaz de pensar mas incapaz de se expressar, até que a doença atinja seus
músculos respiratórios levando à morte em no máximo três anos. Certamente, ele
lhe dirá que é melhor “subtrair” este feto, afinal de contas, quem gostaria de
ter um filho assim?
Facilmente, este nosso hipotético médico convenceria a família. Posso até
imaginar os argumentos:
- Vocês podem tentar novamente, não há necessidade de passar por tudo isso, em
alguns minutos tudo estará bem e vocês poderão ir para casa e seguir suas vidas.
Entretanto, vamos oferecer a este mesmo médico um outro caso, onde seria
possível prever que uma criança se tornaria um grande cientista, provavelmente
um dos maiores físicos do mundo, professor em Cambridge na mesma cadeira que
pertenceu a Isaac Newton, escritor de livros incríveis que iriam popularizar a
Física e os conhecimentos de nossa era às pessoas comuns. O que este médico
diria aos pais?
- Vocês terão um gênio, seu filho trará grande contribuição à humanidade, meus
parabéns, vamos cuidar para que a gestação corra sem problemas e a criança nasça
bem.
Pois bem, os dois casos são um só, trata-se da mesma pessoa, Dr. Stephen
Hawking, que teve diagnosticada sua doença aos 21 anos de idade, antes de se
tornar um doutor, antes de formular suas teorias sobre os buracos negros, antes
de escrever seus livros, antes de se casar, de ter filhos, de assombrar a todos
vivendo por mais de 42 anos com uma doença que deveria matá-lo aos 24 anos de
idade.
A ciência está muito próxima de fazer prognósticos como o do primeiro caso, mas
nunca será capaz de fazer prognósticos como o do segundo caso. Sendo assim, dr.
Hawking não teria chance alguma de nascer.
A morte nunca é uma saída.
(matéria publicada na Folha Espírita em janeiro de 2006)
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Datas Importantes do Espiritismo
NOVEMBRO
Dia 01 de 1890
Em 01de Novembro de 1890, a Federação Espírita Brasileira, através do
<<Reformador>>, dirige ao Sr. Ministro da Justiça uma longa defesa contra os
artigos 157 e158 do novo Código Penal, artigos que embaraçavam a prática do
Espíritismo.
Dia 01 de 1918
DESENCARNAÇÃO EURÍPEDES BARSANULFO
Dia 02 de 1951
DESENCARNAÇÃO LÍCIO GUEDES TRINDADE
Dia 03 de 1990
REALIZAÇÃO CONGRESSO MUNDIAL DE ESPIRITISMO, em Liége, Bélgica, presidido por
Rafael Gonzáles Molina
Dia 20 de 1889
20/11/1889 - Os jornais de Nova Iorque publicam uma declaração assinda por
Margarida Fox, na qual ela confessa que sua declaração anterior, contrária ao
Espíritismo, foi-lhe obtida com promessas de riqueza.