Leia matéria da Folha Espírita sobre Puerpério

O período compreendido entre o parto e o retorno do corpo da mulher às condições pré-gravídicas é conhecido entre os médicos como puerpério. É nesse momento que uma série de expectativas e mitos cultivados ao longo da gravidez começam a se concretizar ou a se desfazer. Nessa fase, muitas são as novidades para os pais, principalmente se esse for seu primeiro filho. Apenas com muita paciência, amor e dedicação é que juntos, irão se adaptar a essa nova etapa da vida em família.

Três são as principais preocupações que rondam a mente das mães nos primeiros dias de vida de seu bebê. Muitas se angustiam achando que não serão capazes de cuidar do recém-nascido como acreditavam ser a melhor maneira. A imagem de mãe perfeita ou está associada com suas próprias mães ou, quando essas não foram tão carinhosas e participativas, com mães idealizadas em suas mentes.

Ao longo da gravidez, o ganho de peso e o inchaço eram tolerados, uma vez que estava gerando uma criança. Porém, após o parto, será preciso algum tempo até que retorne a forma anterior – de seis meses a um ano. Em uma sociedade onde o “corpo perfeito” é cultuado ao extremo, os quilinhos a mais adquiridos ao longo dos nove meses podem se tornar um grande incômodo.

Além disso, muitas mães idealizam a maneira como seu bebê vai parecer. Apesar do exame de ultra-som ajudar nesse contato com o filho ainda no útero, muitas se baseiam em fotos de revistas ou imagens de televisão. Isso porque as crianças recém-nascidas dificilmente são utilizadas nesses trabalhos. Portanto, as mães podem sentir extrema frustração no primeiro contato, porque seus bebês geralmente são mais magros e delicados.

Se por algum o motivo, a puérpera não contar com o apoio do seu parceiro e de sua família, poderá desenvolver um quadro conhecido como depressão pós-parto. Dificilmente é necessário o uso de medicação, sendo que os casos mais graves são raros. Mas o médico deve estar atento para evitar complicações.

Essa é uma fase de adaptações. Pais novatos estão geralmente despreparados para a atividade altamente estressante que é ter um recém-nascido. Muitas mulheres se queixam dos últimos meses de gravidez, e esperam ansiosamente pelo parto, acreditando que ele trará fim a suas angústias. Porém, alimentar, dar banho, carregar e trocar seu bebê, muitas vezes em horários irregulares, dia e noite, fazem da insônia associada ao terceiro trimestre parecer, comparativamente, um bom sono. Até mesmo algo simples, como ir ao banheiro, poderá exigir algum planejamento. O grande desafio dos pais será trazer as coisas de volta a um certo equilíbrio. Mesmo um bebê calmo pode fazê-los sentir que não tem nenhum controle da situação, causando-lhes desespero.

Essa é apenas uma fase que exige maiores cuidados. Conforme o tempo passa, a tríade mãe-pai-filho consegue se entender melhor, e no final, vão esquecer as partes ruins e lembrar-se apenas das boas, que são muitas. Nesse momento, a ajuda de familiares e amigos é muito bem vinda.

Depois de nove meses de convivência diária com o bebê, após o parto muitas mães podem se sentir obrigadas a passar cada momento ao seu lado. É importante não cometer esse erro. Nem que seja um tempinho por dia, é importante que a mães consigam alguns momentos para retomar a consciência de que são pessoas individualizadas. Se dispensarem um tempo para fazer coisas para si mesmas, serão pessoas mais felizes e mães melhores para todas as outras muitas horas em que estarão com seus filhos. Além disso, devem lembrar de cultivar o relacionamento com seus parceiros. Lembrarem-se o quanto esse vínculo foi importante para que juntos desejassem ter um filho. Uma criança é a maior tradução da beleza do amor de um casal.

Se em suas mentes existir espaço para dúvidas e receios, não haverá de ter espaço para a perseverança, para a fé e para o amor. Muitas devem ser as certezas. Certeza de que existe um grande número de amigos no plano espiritual, que estão dispostos a ajudá-los no amparo ao espírito reencarnante. Certeza de que para isso, basta manter o padrão mental em um nível elevado, permitindo-lhes o auxílio. Os pais, ao receberem uma criança em seu lar, são abençoados. A eles são confiados o cuidado e a educação de um espírito pelo qual serão responsáveis por todo período de convivência.

Pode ser difícil saber quais são as reais necessidades de uma criança. Entretanto, se buscarem nos ensinamentos do Mestre Jesus a base da educação de seus filhos, os pais oferecerão a eles a estrutura de que precisam para enfrentar os percalços da vida. Todo restante por ser útil, mas irrelevante.

(matéria publicada na Folha Espírita em outubro de 2006)


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