Ensinar, por Espíritos Diversos
CFN - Mensagem aos Espíritas
Assunto: Preservação dos Princípios Doutrinários na Prática Espírita
“É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.”
Bezerra de Menezes (Mensagem “Unificação”, psicografia de
Francisco Cândido Xavier – Reformador, agosto 2001)
Considerando que as idéias espíritas, tais como reencarnação, imortalidade,
comunicação com os Espíritos e vida após a morte, têm sido alvo de interesse
geral, propiciando à mídia a divulgação de filmes, teatro, livros e notícias de
fatos ocorridos, que mostram, cada vez mais, a certeza dessas verdades que a
Doutrina Espírita revela há 150 anos;
Considerando que essa promoção é perfeitamente compatível com os propósitos do
Movimento Espírita que é o de colocar ao alcance e a serviços de todos a
mensagem consoladora e esclarecedora da Doutrina Espírita, dando sentido à vida
e trazendo respostas às inquietações de muitos seres humanos com tendência ao
suicídio, à violência, ao uso das drogas e à desagregação familiar;
Considerando que, com a divulgação feita pela mídia, independentemente da ação
do Movimento Espírita, é natural que um número cada vez maior de pessoas procure
os núcleos espíritas, interessado em aprofundar-se no conhecimento dos ensinos
doutrinários e em receber a assistência, o esclarecimento e a orientação de que
necessita, bem como preparar-se para o trabalho voluntário, na assistência e
promoção social, no atendimento aos que necessitam de amparo espiritual e em
outras atividades;
Considerando que esta circunstância oferece ao trabalhador espírita a
oportunidade de intensificar o desenvolvimento de suas tarefas voltadas ao
estudo, à difusão e à prática do Espiritismo, consciente de que a convicção do
ser humano quanto à sua condição de Espírito imortal é fundamental para ajudá-lo
a atravessar esta fase de transição em que nos encontramos, quando se prepara a
Humanidade para ascender à condição de mundo de regeneração;
Considerando que o Centro Espírita continua a ser o núcleo básico da difusão
espírita, propiciando espaço para todas as atividades de atendimento e de estudo
aos interessados em receber os benefícios da Doutrina Espírita, tal como foi
revelada pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec e nas obras que, seguindo
suas diretrizes, lhe são complementares e subsidiárias,
O CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL, EM SUA REUNIÃO DE 10 A 12 DE NOVEMBRO DE 2006,
RECOMENDA:
1 – que os dirigentes e trabalhadores espíritas intensifiquem os seus esforços
no sentido de colocar a Doutrina Espírita ao alcance e a serviços de todos os
homens, divulgando os seus ensinos com o propósito de esclarecer fraternalmente,
sem impor e sem pretender converter a quem quer que seja;
2 – que procuremos aprimorar, ampliar e multiplicar os núcleos espíritas,
utilizando toda a sua potencialidade no atendimento às necessidades de
assistência, de conhecimento, de estudo e de orientação que os seres humanos
apresentam;
3 – que no desenvolvimento da tarefa de estudo, difusão e prática da Doutrina
Espírita:
3.1 – estudemos constantemente a Doutrina Espírita, não só para o nosso próprio
aprimoramento, como também, para manter o trabalho doutrinário dentro dos
princípios espíritas, sem as influências nocivas de interpretações pessoais
distorcidas;
3.2 – trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, impondo silêncio aos
nossos ciúmes e às nossas discórdias, para não prejudicar e nem retardar a
execução do trabalho, em qualquer área de atividade em que nos encontremos;
3.3 – mantenhamos o Espiritismo com a pureza doutrinária própria do Cristianismo
nascente, sem incorporar à sua prática qualquer forma de ritual, de sacramento
ou de idolatria, incompatível com os seus princípios. É lícito, justo e
conveniente orarmos em benefício de alguém que nasce, de um casal que assume
compromissos matrimoniais ou de alguém que retorna à vida espiritual. Não é
lícito, todavia, sacramentarmos esses gestos, chamando-os de “batizado
espírita”, “casamento espírita” ou “funeral espírita”, mesmo quando se
apresentam sob aparente legalidade. As instituições que se classificam como
espíritas, têm o dever decorrente de pautar a sua prática dentro dos princípios
contidos nas obras básicas de Allan Kardec, que constituem a Codificação
Espírita, e tem o direito constitucional de preservar a sua autonomia e
liberdade de ação na execução desses princípios. O Espiritismo não tem
sacerdotes e nas atividades verdadeiramente espíritas a ninguém é dado o direito
de consagrar atos ou fazer concessões, seja em nome de Deus, de Jesus, dos
Espíritos Superiores ou da própria Doutrina Espírita;
3.4 – colaboremos com os órgãos públicos e com a sociedade em geral, em todas as
suas ações marcadas pelos propósitos de solidariedade e de fraternidade, visando
a assistência e a promoção material, social e espiritual do ser humano,
preservando e praticando, todavia, a integridade dos princípios e objetivos
doutrinários espíritas que caracterizam a instituição;
3.5 – relacionemo-nos com os representantes e seguidores de todos os segmentos
religiosos, procurando construir a base de um convívio salutar, marcado pelo
respeito recíproco e pela fraternidade, base fundamental para a construção de
uma sociedade em que a multiplicidade de convicções sociais, filosóficas ou
religiosas não seja impedimento para a coexistência fraterna.
Com isto estaremos vivenciando e preservando plenamente os princípios da
Doutrina Espírita.
CFN – Brasília, 12 de novembro de 2006.
Fonte: FEB
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Datas Importantes do Espiritismo
NOVEMBRO
Dia 01 de 1890
Em 01de Novembro de 1890, a Federação Espírita Brasileira, através do
<<Reformador>>, dirige ao Sr. Ministro da Justiça uma longa defesa contra os
artigos 157 e158 do novo Código Penal, artigos que embaraçavam a prática do
Espíritismo.
Dia 01 de 1918
DESENCARNAÇÃO EURÍPEDES BARSANULFO
Dia 02 de 1951
DESENCARNAÇÃO LÍCIO GUEDES TRINDADE
Dia 03 de 1990
REALIZAÇÃO CONGRESSO MUNDIAL DE ESPIRITISMO, em Liége, Bélgica, presidido por
Rafael Gonzáles Molina
Dia 20 de 1889
20/11/1889 - Os jornais de Nova Iorque publicam uma declaração assinda por
Margarida Fox, na qual ela confessa que sua declaração anterior, contrária ao
Espíritismo, foi-lhe obtida com promessas de riqueza.