Ensinar, por Espíritos Diversos
Câmara pode aprovar legalização do aborto
Câmara pode aprovar legalização do aborto
Comissão da Câmara dos Deputados pode aprovar legalização do aborto
O projeto que legaliza o aborto no Brasil poderá ser aprovado na próxima semana
pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. Os
deputados contrários ao abortamento sofreram diversas derrotas na reunião de
quarta-feira passada (19/10), o que sinaliza fortemente que o relatório da
deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), favorável à legalização do aborto no
Brasil, deverá ser aprovado com facilidade na Comissão.
O Projeto de Lei 1135/91, de autoria do ex-deputado federal Eduardo Jorge e da
ex-deputada Sandra Starling, foi o tema da reunião do dia 19 de outubro na
Comissão de Família. Ao projeto foram apensadas outras 14 proposições sobre o
aborto.
O parecer de Jandira Feghali incorpora grande parte do relatório do grupo
tripartite criado no âmbito do governo federal, pela ministra Nilcéia Freire, da
Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. O documento defende a
descriminalização do aborto no Brasil.
No projeto substitutivo, apresentadora pela relatora Jandira Feghali, a gravidez
poderá ser interrompida por qualquer motivo até a 12ª semana de gestação; em até
20 semanas, quando resultante de estupro; e a qualquer momento, nos casos de
diagnóstico de grave risco à saúde da gestante e de malformação do feto,
incompatível com a vida. O projeto estabelece, ainda, que, além do Sistema Único
de Saúde (SUS), os planos de saúde deverão cobrir o procedimento de interrupção
da gravidez.
A primeira estratégia dos parlamentares contrários à legalização do aborto foi
retirar o projeto da pauta de votação. Não deu certo pois o presidente da
Comissão, deputado Benedito Dias (PP-AP), optou por manter a matéria na ordem do
dia. Durante a reunião de quarta-feira, uma nova estratégia foi tentada: a
deputada Ângela Guadagnin (PT-RS) apresentou relatório pedindo que fosse
apensado ao relatório de Jandira Feghali o PL 21/03, de autoria do deputado
Roberto Gouveia (PT-SP), e que também dispõe sobre o aborto. A idéia era ganhar
tempo pois a a medida resultaria na suspensão da leitura do relatório e o
presidente da Comissão teria de enviar ofício ao presidente da Câmara
solicitando o apensamento. Ao perceber a tentativa, Jandira Feghali pediu a
Roberto Gouveia que pedisse o arquivamento de sua proposta.
Em mais uma tentativa de impedir que a matéria fosse votada, o deputado José
Linhares (PP-CE) apresentou requerimento pedindo o adiamento da discussão por
dez sessões da Câmara dos Deputados. Sem sucesso: a proposição foi rejeitada e o
relatório de Feghali foi lido e deverá ser discutido e votado no máximo em duas
semanas. O parecer da relatora só não foi debatido na própria quarta-feira (19)
porque diversos deputados pediram vista da proposta em uma tentativa final de
ganhar algum tempo para uma reação. Os parlamentares têm prazo de duas sessões
do Plenário da Câmara para devolverem a matéria à Comissão.
A Comissão de Família estuda a possibilidade de promover uma audiência pública
para discutir com especialistas as vantagens e desvantagens de legalizar o
aborto.
Durante a reunião, o deputado Durval Orlato (PT-SP), contrário à
descriminalização do aborto, argumentou que o assunto é polêmico e deveria ser
discutido mais profundamente com a sociedade em audiências públicas. A deputada
Jandira Feghali, defensora da legalização do aborto, contrapôs: "Esse projeto já
tramita há quase 15 anos. Precisamos ter coragem de iniciar a discussão". A
reunião da comissão foi acompanhada pela entidade CFemea, favorável à
legalização do aborto, e pela Pró-vida, ligada à Igreja Católica, contrária à
prática.
Frente parlamentar tentará plebiscito sobre aborto
A Frente Parlamentar em Defesa da Vida - Contra o Aborto, coordenada pelo
Deputado Federal Luiz Bassuma (PT-BA), propôs a constituição de uma Comissão
Geral para discutir a legalização do aborto no Brasil. A idéia é que a Comissão
comece a funcionar ainda este ano, no Plenário da Câmara dos Deputados, e
permita amplo debate sobre o tema.
Diversos deputados federais também começam a defender a realização de um
plebiscito sobre o abortamento, uma vez que 80% da população brasileira não quer
o aborto legalizado no País (dados da pesquisa CNT Sensus 2005).
A próxima reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Vida - Contra o Aborto será
no próximo dia 26 de outubro, quarta-feira, no Auditório Freitas Nobre da Câmara
dos Deputados, a partir das 9h. A reunião é aberta ao público e, na ocasião,
Bassuma vai propor à Frente um Dia Nacional de Luta em Defesa da Vida -Contra o
Aborto. O Seminário Nacional Em Defesa da Vida será realizado no dia 7 de
dezembro na Câmara dos Deputados.
Conheça o que pode mudar na legislação do aborto
A relatora das propostas na comissão, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ),
apresentou nesta semana um substitutivo no qual incorporou boa parte das
sugestões contidas nos 15 projetos e outras feitas por um grupo de estudos
formado por integrantes dos Poderes Executivo, Legislativo e da sociedade.
No fim de setembro, esse grupo - chamado Comissão de Revisão da Legislação
Punitiva que Trata da Interrupção Voluntária da Gravidez - entregou à Câmara um
relatório sobre o assunto, propondo a descriminalização do aborto no Brasil.
Veja abaixo alguns dos principais pontos:
Opção pelo aborto
De acordo com o texto apresentado por Jandira Feghali, toda mulher poderá optar
pelo aborto até a 12ª semana de gestação, sem precisar justificar o motivo. A
interrupção da gravidez poderá ainda ocorrer até a 20ª semana se a gestação for
conseqüência de estupro. Finalmente, segundo o substitutivo, o aborto poderá
ocorrer em qualquer momento se for constatado grave risco à saúde da gestante e
de malformação do feto incompatível com a vida.
Planos de saúde
O substitutivo de Feghali sugere ainda a alteração da Lei 9656/98, que
regulamenta o funcionamento dos planos de saúde. O texto obriga os planos a
cobrirem todos os procedimentos relacionados ao aborto. Segundo a proposta, o
Código Penal também deve ser modificado para aumentar em 1/3 a pena de quem
provocar lesão corporal grave à gestante durante um procedimento de aborto. Se a
intervenção cirúrgica resultar na morte da mulher, a pena deverá ser duplicada.
O texto também revoga quatro artigos do Código Penal que determinam punições a
quem provocar aborto com o consentimento da gestante.
Representante legal
Outra sugestão presente no substitutivo de Feghali é a necessidade de
autorização de um representante ou assistente legal para o aborto nos casos em
que a grávida for incapaz ou menor de idade. Na hipótese de haver discordância
entre o representante e a gestante, ficará a cargo do Ministério Público a
decisão de o aborto ser ou não realizado. O substitutivo determina ainda que o
ato de interrupção da gravidez deverá ser notificado à autoridade sanitária do
estado onde for feito o aborto. A notificação deverá ser assinada pelo médico
responsável e informar o nome da paciente, o tempo de gravidez e o motivo da
interrupção.
Legalização
Jandira Feghali enumera uma série de razões para defender a legalização do
aborto no Brasil. A clandestinidade da prática, lembra, é responsável pela morte
de milhares de mulheres - uma em cada oito mortes maternas nos países em
desenvolvimento. "A ilegalidade é responsável pelos altos gastos, por parte dos
serviços de saúde pública, no atendimento às mulheres com doenças e seqüelas
provenientes de aborto malfeito", diz a parlamentar.
24 projetos sobre abortamento na Câmara dos Deputados
Com Agência Câmara - Vinte e quatro projetos de lei sobre aborto estão em
análise na Câmara dos Deputados. Destes, 15 tramitam conjuntamente na Comissão
de Seguridade Social e Família. O mais antigo projeto sobre o assunto - o PL
1135/91, dos ex-deputados federais Eduardo Jorge e Sandra Starling, revoga o
artigo 124 do Código Penal. Esse artigo prevê pena de detenção de um a três anos
às mulheres que tentarem o aborto sozinhas ou permitirem que outros o façam.
Atualmente, o Código Penal autoriza o aborto apenas em caso de estupro ou se a
vida da mulher estiver em risco. Fora dessas duas possibilidades, a interrupção
da gestação é considerada crime.
A interrupção da gravidez, em qualquer caso, poderá ser qualificada como crime
hediondo se o Congresso aprovar o Projeto de Lei (PL) 5058/05, do deputado
Osmânio Pereira (PTB-MG). Segundo o deputado, não faz sentido defender os
direitos constitucionais se o direito à vida não é respeitado.
O texto, que também inclui a eutanásia no rol dos crimes hediondos, está em
análise na Comissão de Seguridade Social e Família. Depois, seguirá para a
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), antes de ir a plenário.
Estupro
Os deputados Luiz Bassuma (PT-BA) e Ângela Guadagnin (PT-SP) também são
contrários ao aborto. Eles apresentaram à Câmara o PL 5364/05, que prevê punição
ao médico que realizar aborto em mulher vítima de estupro, mesmo se o
procedimento tiver o consentimento da gestante ou do representante legal, no
caso de vítima incapaz. O projeto revoga o dispositivo do Código Penal que
permite esse tipo de aborto. Na opinião dos autores da proposta, "o Estado tem o
dever de prestar atendimento psicológico à gestante, para ajudá-la a suportar o
fardo de carregar o filho de um estuprador". O texto tramita em conjunto com o
PL 1135/91 e está na Comissão de Seguridade Social e Família. Em seguida irá à
CCJ e, por fim, ao plenário.
Risco de Morte
De autoria do ex-deputado Severino Cavalcanti, o PL 7235/02 proíbe o aborto nos
casos em que a gestação oferece grave risco à mulher. Outro projeto de autoria
de Severino, o PL 1459/03, proíbe a realização de aborto em casos de anomalias
mentais ou físicas dos fetos. Os textos tramitam conjuntamente com o PL 1135/91.
O substitutivo elaborado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) a esse projeto
rejeita todas as propostas que endurecem o tratamento aos que praticarem aborto.
Severino ainda é autor do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 737/98, que susta
a norma técnica do Ministério da Saúde que autoriza a prática do aborto quando a
mulher apresentar o boletim da ocorrência do estupro. O projeto, rejeitado pela
Comissão de Seguridade Social e pela CCJ, deverá ainda ser analisado e votado
pelo Plenário.
Plebiscito
Diante da polêmica causada pelo assunto da descriminalização do aborto, o
deputado Osmânio Pereira elaborou o PDC 1832/05, que sugere a realização de um
plebiscito, até outubro de 2007, para que a população responda se o aborto até a
12º semana deve ser permitido. Antes de seguir para o Plenário, o texto será
analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e
Justiça e de Cidadania.
Religiosos foram vetados na comissão que revisou legislação sobre aborto
Com Agência Câmara - Após dez reuniões, a comissão que tratou da revisão da
legislação punitiva do aborto encerrou seus trabalhos em 1º de agosto. Dezoito
pessoas integraram o grupo, instalado em 6 de abril pela ministra da Secretaria
Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire. Nenhum representante de
qualquer religião pôde participar, sob a alegação de que o Estado brasileiro é
laico.
A idéia de criar a comissão surgiu durante a 1ª Conferência Nacional de
Políticas para as Mulheres, promovida em Brasília, em julho de 2004. Por ter
sido uma das propostas da conferência, o surgimento da comissão é uma das ações
do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, lançado em dezembro do ano
passado.
O plano também cumpre a determinação de acordos e tratados internacionais
assinados pelo governo brasileiro de rever a legislação que prevê medidas
punitivas contra as mulheres que tenham se submetido a abortos ilegais.
Representaram o Poder Executivo na comissão de revisão os ministérios da Saúde e
da Justiça, a Secretaria Geral e a Casa Civil da Presidência da República, a
Secretaria Especial de Direitos Humanos, além da Secretaria Especial de
Políticas para as Mulheres. Da sociedade civil, participaram a Rede Feminista de
Saúde, a Articulação de Mulheres Brasileiras, o Fórum de Mulheres do Mercosul e
a Central Única dos Trabalhadores.
Os representantes do Senado foram os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Serys
Slhessarenko (PT-MT) e o ex-senador João Capiberibe. Já a Câmara foi
representada pelas deputadas Ângela Guadagnin (PT-SP), Elaine Costa (PTB-RJ) e
Suely Campos (PP-RR).
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Datas Importantes do Espiritismo
NOVEMBRO
Dia 01 de 1890
Em 01de Novembro de 1890, a Federação Espírita Brasileira, através do
<<Reformador>>, dirige ao Sr. Ministro da Justiça uma longa defesa contra os
artigos 157 e158 do novo Código Penal, artigos que embaraçavam a prática do
Espíritismo.
Dia 01 de 1918
DESENCARNAÇÃO EURÍPEDES BARSANULFO
Dia 02 de 1951
DESENCARNAÇÃO LÍCIO GUEDES TRINDADE
Dia 03 de 1990
REALIZAÇÃO CONGRESSO MUNDIAL DE ESPIRITISMO, em Liége, Bélgica, presidido por
Rafael Gonzáles Molina
Dia 20 de 1889
20/11/1889 - Os jornais de Nova Iorque publicam uma declaração assinda por
Margarida Fox, na qual ela confessa que sua declaração anterior, contrária ao
Espíritismo, foi-lhe obtida com promessas de riqueza.