
Em Preparação, por Emmanuel
Sempre me intrigou que representantes do governo brandissem
elevados números de aborto clandestino no Brasil como argumento para a sua
legalização. Em primeiro lugar, pela impossibilidade de se obter números
confiáveis, em função da própria clandestinidade. Depois, pela confissão da
impunidade que cerca esses abortos. Afinal, se qualquer grávida desejosa de
abortar um filho consegue encontrar as clínicas ou a venda de medicamentos
proibidos, como a polícia não conseguiria?
Ultimamente, parece ter havido uma mudança nessa situação, com operações que
desbarataram quadrilhas ligadas ao aborto no Rio de Janeiro e no Rio Grande do
Sul. Nas clínicas cariocas eram realizados abortos em adolescentes de 13 anos e
em grávidas de sete meses, procedimento que chegava a custar R$ 7,5 mil. A maior
parte das 59 pessoas presas e das 16 foragidas já tinha passagem pela polícia
pelo mesmo motivo, ou por outros. Fica a questão: por que estavam soltas? E
outra, ainda mais preocupante: serão condenadas desta vez, e cumprirão a pena?
Há fortes indícios de que a impunidade está ligada à corrupção, pela
participação de membros da polícia. Sem dúvida, um lado da solução do problema
está nesse tipo de ação das autoridades, desestruturando as redes corruptas da
prática do crime.
A investigação no Rio de Janeiro já vinha sendo realizada havia alguns meses,
mas provavelmente o desenlace esteve também ligado à morte de duas mulheres que
fizeram aborto. Essas mortes são certamente lamentáveis, mas precisam ser
analisadas no contexto para que possamos procurar verdadeiras soluções.
É preciso lembrar que não existe aborto sem morte. No Brasil e no mundo, o
aborto talvez seja hoje a maior causa mortis. Foge às estatísticas, já que a
criança não nascida não é registrada, não tem nome nem atestado de óbito, mas a
falta de registro não muda o fato de que ela viveu – por maior ou menor tempo –
e morreu, deixando uma história gravada na memória de seus pais e de outras
pessoas.
A mãe de Jandira Cruz, uma das mulheres mortas em decorrência de aborto no Rio,
disse em entrevista uma frase que me chamou a atenção. Comentou que “filho a
gente não esquece”. Mas ela não falava de Jandira. Referia-se a um filho que ela
mesma abortou há anos, obrigada pelo marido; e, indiretamente, ao neto que
também acaba de perder.
O trauma provocado na mãe pelo aborto independe de esse ser legalizado ou não.
Trabalhos científicos realizados nos Estados Unidos, onde o aborto é permitido
por lei, mostram que mulheres que se submeteram ao aborto provocado apresentam,
em relação às que nunca o fizeram, 250% mais necessidade de hospitalização
psiquiátrica, 138% a mais de quadros depressivos, 60% a mais quadros de estresse
pós-trauma, sete vezes mais tendências suicidas, 30% a 50% mais quadros de
disfunção sexual.
A solução não está em facilitar o aborto, legalizando-o; mas, pelo contrário, em
inibi-lo. Manter a legislação vigente, acabar com a impunidade das clínicas e da
venda clandestina de abortivos, fazer um trabalho educativo de valorização da
vida e apoiar as grávidas em crise para que superem esse momento e tenham seus
filhos.
Lenise Garcia, professora do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília,
é presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto.
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1512938&tit=Aborto-clandestino-corrupcao-e-impunidade
Fonte: FEB
Dia 01 de 1858
Em Paris, França, Allan Kardec funda a Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas.
Dia 01 de 1918
Nasce em Buquim, no sul de Sergipe, José Martins Peralva Sobrinho, mais
conhecido como Martins Peralva. Desencarna em 3 de setembro de 2007, em Belo
Horizonte, MG.
Dia 01 de 1972
O Jornal Mundo Espírita, da Federação Espírita do Paraná, muda seu formato para
tablóide, com 12 páginas e circulação mensal.
Dia 01 de 1994
Aberto o 3º Encontro Confraternativo de Juventudes Espíritas do Paraná, em Campo
Largo, com Raul Teixeira. Tema: A busca da identidade. Evento encerrado em 3 de
abril de 1994.
Dia 01 de 2001
Encerramento do 5º Simpósio Paranaense de Espiritismo, no Ginásio de Esportes do
Círculo Militar do Paraná, em Curitiba, com o tema Espiritismo, educação para a
paz, com a coordenação de Divaldo Pereira Franco e Raul Teixeira. Abertura no
dia 30 de março de 2001.
Dia 01 de 2005
O Jornal Mundo Espírita, da Federação Espírita do Paraná, muda a sua
diagramação.
Dia 02 de 1869
Em Paris, França, é sepultado o corpo de Allan Kardec, no cemitério de
Montmartre.
Dia 02 de 1901
Em Juiz de Fora, MG, fundado o Centro Espírita União, Humildade e Caridade,
considerado o primeiro Centro Espírita daquela cidad... Saiba mais...