Ensinar, por Espíritos Diversos
Aborto clandestino, corrupção e impunidade
Sempre me intrigou que representantes do governo brandissem
elevados números de aborto clandestino no Brasil como argumento para a sua
legalização. Em primeiro lugar, pela impossibilidade de se obter números
confiáveis, em função da própria clandestinidade. Depois, pela confissão da
impunidade que cerca esses abortos. Afinal, se qualquer grávida desejosa de
abortar um filho consegue encontrar as clínicas ou a venda de medicamentos
proibidos, como a polícia não conseguiria?
Ultimamente, parece ter havido uma mudança nessa situação, com operações que
desbarataram quadrilhas ligadas ao aborto no Rio de Janeiro e no Rio Grande do
Sul. Nas clínicas cariocas eram realizados abortos em adolescentes de 13 anos e
em grávidas de sete meses, procedimento que chegava a custar R$ 7,5 mil. A maior
parte das 59 pessoas presas e das 16 foragidas já tinha passagem pela polícia
pelo mesmo motivo, ou por outros. Fica a questão: por que estavam soltas? E
outra, ainda mais preocupante: serão condenadas desta vez, e cumprirão a pena?
Há fortes indícios de que a impunidade está ligada à corrupção, pela
participação de membros da polícia. Sem dúvida, um lado da solução do problema
está nesse tipo de ação das autoridades, desestruturando as redes corruptas da
prática do crime.
A investigação no Rio de Janeiro já vinha sendo realizada havia alguns meses,
mas provavelmente o desenlace esteve também ligado à morte de duas mulheres que
fizeram aborto. Essas mortes são certamente lamentáveis, mas precisam ser
analisadas no contexto para que possamos procurar verdadeiras soluções.
É preciso lembrar que não existe aborto sem morte. No Brasil e no mundo, o
aborto talvez seja hoje a maior causa mortis. Foge às estatísticas, já que a
criança não nascida não é registrada, não tem nome nem atestado de óbito, mas a
falta de registro não muda o fato de que ela viveu – por maior ou menor tempo –
e morreu, deixando uma história gravada na memória de seus pais e de outras
pessoas.
A mãe de Jandira Cruz, uma das mulheres mortas em decorrência de aborto no Rio,
disse em entrevista uma frase que me chamou a atenção. Comentou que “filho a
gente não esquece”. Mas ela não falava de Jandira. Referia-se a um filho que ela
mesma abortou há anos, obrigada pelo marido; e, indiretamente, ao neto que
também acaba de perder.
O trauma provocado na mãe pelo aborto independe de esse ser legalizado ou não.
Trabalhos científicos realizados nos Estados Unidos, onde o aborto é permitido
por lei, mostram que mulheres que se submeteram ao aborto provocado apresentam,
em relação às que nunca o fizeram, 250% mais necessidade de hospitalização
psiquiátrica, 138% a mais de quadros depressivos, 60% a mais quadros de estresse
pós-trauma, sete vezes mais tendências suicidas, 30% a 50% mais quadros de
disfunção sexual.
A solução não está em facilitar o aborto, legalizando-o; mas, pelo contrário, em
inibi-lo. Manter a legislação vigente, acabar com a impunidade das clínicas e da
venda clandestina de abortivos, fazer um trabalho educativo de valorização da
vida e apoiar as grávidas em crise para que superem esse momento e tenham seus
filhos.
Lenise Garcia, professora do Instituto de Biologia da Universidade de Brasília,
é presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto.
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1512938&tit=Aborto-clandestino-corrupcao-e-impunidade
Fonte: FEB
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13/11/2014 Notícia Anterior | Posterior
Datas Importantes do Espiritismo
NOVEMBRO
Dia 01 de 1890
Em 01de Novembro de 1890, a Federação Espírita Brasileira, através do
<<Reformador>>, dirige ao Sr. Ministro da Justiça uma longa defesa contra os
artigos 157 e158 do novo Código Penal, artigos que embaraçavam a prática do
Espíritismo.
Dia 01 de 1918
DESENCARNAÇÃO EURÍPEDES BARSANULFO
Dia 02 de 1951
DESENCARNAÇÃO LÍCIO GUEDES TRINDADE
Dia 03 de 1990
REALIZAÇÃO CONGRESSO MUNDIAL DE ESPIRITISMO, em Liége, Bélgica, presidido por
Rafael Gonzáles Molina
Dia 20 de 1889
20/11/1889 - Os jornais de Nova Iorque publicam uma declaração assinda por
Margarida Fox, na qual ela confessa que sua declaração anterior, contrária ao
Espíritismo, foi-lhe obtida com promessas de riqueza.