Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos

Neste dia 27 de setembro foi comemorado o Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos. Em celebração à data, o governo federal lança nesta terça-feira, uma nova campanha de incentivo à doação de órgãos e promete anunciar investimentos e os números do setor.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o número de doadores cresceu 14% em um ano. Para o presidente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e chefe do Programa de Transplantes do Hospital Albert Einstein, Ben-Hur Ferraz Neto, as pessoas ainda são resistentes à fazer a doação de órgãos, “As pessoas precisam conversar em casa sobre a possibilidade e a vontade de doar”, afirma Ben-Hur.

Segundo Ben-Hur Ferraz, as campanhas em prol da doação de órgãos trazem grandes contribuições à causa, pois além de esclarecer os benefícios, também incentivam o diálogo entre os familiares, na manifestação do desejo em doar os órgãos, principalmente nos casos de morte cerebral, que limita a decisão dos familiares, influenciados pela comoção do momento.

De acordo com a Lei nº 9.434, de 04 de fevereiro de 1997 (remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante), foi alterada pela Lei nº 10.211, de 23 de março de 2001, que substituiu a doação presumida pelo consentimento informado do desejo de doar.

Existem doações que podem ser feitas ainda em vida, como é o caso de sangue e medula óssea. Constantemente são feitas campanhas de incentivo à doação de sangue, que são intensificadas nos períodos de feriados prolongados, como Carnaval, Reveillon, quando aumentam os casos de acidentes nas estradas.

As campanhas de doação de medula óssea vem ganhando destaque na mídia e redes sociais, incentivadas também por ONGs como aconteceu recentemente com O Canto Cidadão que promoveu um dia em sua sede para o cadastro de doadores voluntários. Ambas podem ser feitas, independente de conhecer ou não alguém que esteja precisando fazer o transplante.

O especialista em Transplante de Medula Óssea do Hospital Santa Marcelina e membro do Comitê Científico Médico da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) José Salvador Rodrigues de Oliveira falou a respeito da doação de medula óssea: “É uma doação praticamente sem risco, quem vai doar deve conhecer bem o centro que vai colher e como vai proceder a doação, é um ato voluntário de abnegação muito grande e que vai beneficiar uma pessoa doente”, afirma.

Segundo o Ministério da Saúde, para se tornar um doador o primeiro passo é manifestar o desejo junto a família, estando ciente que após a morte, ou em caso de doação em vida, terá de se submeter a uma avaliação médica, revelando o histórico clínico e compatibilidade sanguínea do doador.

Doadores vivos são aqueles que doam um órgão duplo como o rim, uma parte do fígado, pâncreas, pulmão, ou um tecido como a medula óssea, sangue para que seja transplantado em alguém de sua família, amigo, ou à um desconhecido compatível.


Doadores e Não doadores
A doação de órgãos é um ato pelo qual você manifesta a vontade de doar (a partir do momento da constatação da morte encefálica), uma ou mais partes do seu corpo (órgãos ou tecidos), em condições de serem aproveitadas para transplante.


Doadores
Aquele que teve a causa do coma estabelecida e conhecida;
Aquele que não apresenta hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
Aquele que passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. (Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante);
Aquele que se submeteu a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sangüíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;
Aquele que nele esteja comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando, mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.
Não doadores

Pacientes portadores de insuficiência orgânica que comprometa o funcionamento dos órgãos e tecidos doados, como insuficiência renal, hepática, cardíaca, pulmonar, pancreática e medular;
Portadores de doenças contagiosas transmissíveis por transplante, como soropositivos para HIV, doença de Chagas, hepatite B e C, além de todas as demais contra-indicações utilizadas para a doação de sangue e hemoderivados;
Pacientes com infecção generalizada ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas;
Pessoas com tumores malignos - com exceção daqueles restritos ao sistema nervoso central, câncer de útero e doenças degenerativas crônicas.
Transplantes possíveis:

Doação de tecido humano: Ocorre em casos de queimaduras graves ou necessidade de implantes, que tem sido doados por familiares próximos, ou retirada da pele de outra região do próprio corpo da pessoa queimada.


Transplante de órgãos e a Doutrina Espírita
O médico José Roberto Santos afirma que a doação de órgãos deve ser amplamente discutida dentro e fora do Espiritismo. Salienta ainda que muitos se questionam sobre a relação da doação com o corpo espiritual, esclarecendo que não será uma cirurgia que levará a uma lesão no perispírito, nem a retirada de um órgão. O comprometimento do perispírito se dá pela vontade, ou seja, pela intenção do ato.

Segundo o doutor quanto ao transplante de órgãos, a retirada não causará dano, mas se um órgão for atingido por um ato de suicídio, aí sim, teremos uma lesão perispiritual. Nesse caso, houve a intenção danosa.

Em O Livro dos Espíritos, codificado por Allan Kardec, em resposta à pergunta 257, cita que "O perispírito é o laço que une o espírito a matéria, que o corpo estando morto, não se sente mais nada, porque não possui mais espírito, nem perispírito".

Mais informações sobre doação e transplante de órgãos
Ministério da Saúde
Tel.: 0800 61 1997
Endereço: Esplanada dos Ministérios - Bloco G - Brasilia / DF - Cep: 70058-900


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Datas Importantes do Espiritismo

ABRIL

Dia 01 de 1858
Em Paris, França, Allan Kardec funda a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
Dia 01 de 1918
Nasce em Buquim, no sul de Sergipe, José Martins Peralva Sobrinho, mais conhecido como Martins Peralva. Desencarna em 3 de setembro de 2007, em Belo Horizonte, MG.
Dia 01 de 1972
O Jornal Mundo Espírita, da Federação Espírita do Paraná, muda seu formato para tablóide, com 12 páginas e circulação mensal.
Dia 01 de 1994
Aberto o 3º Encontro Confraternativo de Juventudes Espíritas do Paraná, em Campo Largo, com Raul Teixeira. Tema: A busca da identidade. Evento encerrado em 3 de abril de 1994.
Dia 01 de 2001
Encerramento do 5º Simpósio Paranaense de Espiritismo, no Ginásio de Esportes do Círculo Militar do Paraná, em Curitiba, com o tema Espiritismo, educação para a paz, com a coordenação de Divaldo Pereira Franco e Raul Teixeira. Abertura no dia 30 de março de 2001.
Dia 01 de 2005
O Jornal Mundo Espírita, da Federação Espírita do Paraná, muda a sua diagramação.
Dia 02 de 1869
Em Paris, França, é sepultado o corpo de Allan Kardec, no cemitério de Montmartre.
Dia 02 de 1901
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