Aumenta o índice de suicídio no Brasil

Nos últimos 45 anos, o número de mortes por suicídio aumentou em 60%. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), nos últimos 45 anos, o número de mortes por suicídio aumentou em 60%. No Brasil, de acordo com dados do SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade), de 2000 a 2008, ocorreram 73.261 mortes por suicídio, o que corresponde a vinte e duas mortes por dia, revelando a região sul como o maior número de mortes por suicídio, que comparada com outros países, a taxa de suicídios no Brasil é baixa, porém, o número absoluto é elevado, porque nosso país é muito populoso.

Estas estatísticas mostram que as pessoas que já tentaram suicídio e as que apresentam algum tipo de transtorno mental, especialmente a depressão, têm maior vulnerabilidade para o ato. Além disso, também são consideradas suscetíveis pessoas que sofrem dependências química e/ou alcóolica, adolescentes e jovens em situação de risco.

De acordo com o Ministério da Saúde, o suicídio é um problema grave de saúde pública, que afeta toda a sociedade e que deve ser prevenido. Desde 2006, a ENPS (Estratégia Nacional de Prevenção do Suicídio), coordena um Comitê Gestor, formado por especialistas e entidades da sociedade civil, como o CVV (Centro de Valorização da Vida), que envolvem uma série de ações que vão desde a melhora das condições de vida (saúde, educação, cultura, lazer, trabalho) e acompanhamento cuidadoso das pessoas que tentaram suicídio.

O Suicídio, a psicologia e o espiritismo

A psicóloga Maristela Ferreira afirma que a "ideia do nada e do fim de tudo" tem levado muitas pessoas a cometer o suicídio. Na tentativa de morrer, o suicida encontra a primeira e grande dor no além-túmulo ao sentir a falência moral de seu ato frente às Leis Divinas.

Segundo a psicóloga, a Doutrina Espírita explica que na morte natural há a assistência de benfeitores espirituais, "técnicos" nos processos de desenlace, promovendo o desligamento correto do perispírito (laço que une o espírito ao corpo físico). No suicídio esse laço rompe-se violentamente, fazendo com que o espírito passe por uma grande perturbação, prolongando em si a sensação dos últimos instantes de agonia, sendo naturalmente atraído à regiões afins ao seu grau de desajuste, afirma.

Maristela Ferreira destaca alguns fatores que causam grandes aflições e que podem levar ao suicídio quando não avaliados e tratados seriamente:

* Desencanto com a vida
* Ausência de autoestima
* Rompimento amoroso
* Falta ou perda de afeto 
* Desencarnação de um ente querido
* Falência financeira
* Ausência de recursos básicos
* Riqueza gerando ociosidade e vazio existencial
* Perda de status e popularidade
* Limitações orgânicas
* Doenças graves

A psicóloga esclarece que encerrando drasticamente a reencarnação, representa ao espírito a perda temporária de ajustes, aprendizado, evolução, redenção, adiando suas possibilidades, gerando futuras reencarnações mais dolorosas.

Há quem afirme não ter “coragem” para matar-se, mas entrega-se a hábitos destrutivos como: pessimismo, tristeza, raiva, agitação, ansiedade, remorso, culpa, uso de alcoólicos, drogas, tabaco, gula, abusos das energias sexuais, atitudes que consomem energia vital desajustando células, resultando em doenças, sentimentos que levam à depressão, ao desânimo e à melancolia, acarretando os suicídios psicológicos e indiretos, esclarece.

De acordo com Maristela Ferreira, apesar do grave equívoco, o suicida não segue desamparado na Espiritualidade, após o período de grande turbulência, é recolhido à enfermagem e aprendizado necessário, encaminhado para o reencarne que será de expiação traduzida em angústias e ansiedades, apresentando no veículo físico as sequelas produzidas por seu ato desastroso, sofrendo novamente as tentações que o levaram a falir, dando provas de sua fé renovada e valorização da vida.

A psicóloga lembra uma frase do espírito Camilo Castelo Branco, autor espiritual do livro Memórias de um Suicida, psicografado por Yvonne do Amaral Pereira, em que relata “os maiores martírios da terra são doces consolações em comparação com os mais suaves sofrimentos de um suicida”, acrescenta que sempre devemos respeitar a dor do suicida que foi fraco e covarde, porque talvez ele não tenha tido como nós, a possibilidade de entender que é preciso coragem para viver e, que a imortalidade da alma solicita um maior entendimento sobre as leis de Deus.

Por: Maristela Ferreira - Psicóloga e oradora espírita.


Fonte: RBN


Acesse o cartaz do evento e ajude a divulgar: Clique Aqui

Notícia Anterior | Posterior

Datas Importantes do Espiritismo

NOVEMBRO

Dia 01 de 1890
Em 01de Novembro de 1890, a Federação Espírita Brasileira, através do <<Reformador>>, dirige ao Sr. Ministro da Justiça uma longa defesa contra os artigos 157 e158 do novo Código Penal, artigos que embaraçavam a prática do Espíritismo.
Dia 01 de 1918
DESENCARNAÇÃO EURÍPEDES BARSANULFO
Dia 02 de 1951
DESENCARNAÇÃO LÍCIO GUEDES TRINDADE
Dia 03 de 1990
REALIZAÇÃO CONGRESSO MUNDIAL DE ESPIRITISMO, em Liége, Bélgica, presidido por Rafael Gonzáles Molina
Dia 20 de 1889
20/11/1889 - Os jornais de Nova Iorque publicam uma declaração assinda por Margarida Fox, na qual ela confessa que sua declaração anterior, contrária ao Espíritismo, foi-lhe obtida com promessas de riqueza.

... Saiba mais...