Ensinar, por Espíritos Diversos
E as Vítimas?
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Em análise anterior publicamos artigo que abordou a questão da
liberdade de agir ou não agir em circunstâncias que provoquem crimes, tragédias
ou sofrimentos para outras pessoas. Concluímos o artigo citando as vítimas. Como
ficam essas pessoas? Por que sofrem atentados e se tornam vítimas de crimes
passionais, etc? Podemos acrescentar outras questões: Por que Deus permite? Por
que uns se livram inesperadamente de determinados perigos, enquanto outros deles
são vítimas? Por que ocorrem com uns e com outros não? Qual o critério para
todas essas situações?
Se analisarmos todas essas dúvidas sob o ponto de vista de uma única existência,
não teremos saída. Ficaremos em infindáveis conjecturas que não responderão as
questões.
Na verdade, já vivemos muitas existências. Somos espíritos em aprendizado e para
isso retornamos à vida na Terra por múltiplas vezes, com a finalidade de
evoluir, de aprender e principalmente visando harmonizarmo-nos com possíveis
antagonistas do passado. E, se hoje, que já alcançamos muito progresso material
e algum progresso moral (e ainda erramos com grande intensidade), podemos
imaginar que no passado – recente (que pode ser inclusive na presente
existência) ou distante –, quando éramos ainda mais ignorantes sobre as questões
morais, devemos ter cometido erros ainda mais graves.
Ora, os equívocos e principalmente os erros intencionais causam conseqüências
aos seus autores. Todos nós trazemos essas marcas danosas do passado, variando a
intensidade e gravidade de pessoa para pessoa, e naturalmente aguardando
reparação.
Muitas vezes, portanto, o que vemos – com nossa limitada visão – como tragédias,
significa apenas a prova solicitada por determinado espírito para reparar-se
consigo mesmo diante de atrocidades praticadas no passado. Quanto aos autores
dessas atrocidades, como comentamos no artigo anterior, não vieram como
instrumentos para tais ações. Optaram por praticá-la, já que tinham a
possibilidade de não serem seus autores. Se o fazem, assumem as conseqüências. E
não se julgue previamente que isso cria um círculo vicioso, porque há outras
também sofridas tragédias (e são inúmeras) que ocorrem independente de qualquer
vontade humana, como acidentes e situações totalmente inesperadas que ceifam
vidas e resgatam consciências culpadas que desejavam libertar do grande peso
moral que carregavam. E como não conhecemos a história completa, não podemos
julgar...
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site
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