Ensinar, por Espíritos Diversos
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Existe um homem que se esmera no cumprimento do dever para dar bom exemplo.
Quando precisa chorar, o faz à distância, a fim de não ser visto, nem preocupar
os que o cercam. Mesmo porque, por vezes, são eles mesmos a causa das suas
lágrimas doridas.
Esse homem quase sempre é chamado de desatualizado, embora esteja sempre pronto
para ofertar uma palavra orientadora ou relatar fatos felizes que podem ser
imitados.
Poderia se exaltar, muitas vezes, mas não o faz, preferindo a serenidade para
melhor ensinar.
Em certas oportunidades, passa noites mal dormidas a pensar na melhor maneira de
transmitir ensinamentos aos que são sua responsabilidade.
Fisicamente, passa distante o dia inteiro. O seu é o objetivo de um futuro
melhor para os que tem sob a sua guarda. Mesmo extremamente cansado, arranja
forças para distribuir confiança.
Humano e sensível tem capacidade de chegar às lágrimas de emoção ao perceber o
triunfo daqueles que ama. Emociona-se e se orgulha dos feitos dos seus amados.
Quando retorna ao lar, ao final da jornada, distribui carinho, dá do seu tempo,
mesmo que não receba na mesma intensidade. Sem cobranças. Sem exigências.
Quando deixa de existir na Terra, toma dimensões imensuráveis e passa a ter um
grande valor.
Falamos a respeito do melhor amigo, o pai. Normalmente, quando crianças,
acreditamos que o pai é aquela criatura que tudo sabe. Ele é o maioral, tudo
pode.
Quando aportamos à adolescência, nossa opinião se modifica e principiamos a
cogitar de que nosso pai se engana em quase tudo o que diz.
Quando chegamos à juventude e enfrentamos o mercado de trabalho, acreditando-nos
semideuses, o nosso conceito é de que nosso pai está bastante atrasado em suas
teorias. Meio desatualizado, ultrapassado.
Mais alguns anos e a nossa é a certeza de que ele não sabe nada mesmo. Iludidos
pelo sucesso aparente dizemos que, com a nossa experiência, nosso pai poderia se
tornar um milionário.
Basta, contudo, que a madureza nos alcance para principiarmos a pensar um pouco
diferente. Passamos à posição de que, talvez, ele pudesse nos aconselhar.
Afinal, ele tinha ideias notáveis, nem sempre bem aproveitadas, é certo.
É a hora em que gostaríamos muito de ter nosso pai ao lado para nos falar da sua
sabedoria. É o momento que lamentamos, muitos de nós, que ele já não esteja na
Terra e lastimamos a sua ausência física.
Quase sempre passamos a apreciar o valor das coisas e dos conceitos de tudo
quanto nos cerca, na medida dos conhecimentos e valores que tenhamos já
sedimentado no íntimo.
Não há dúvida de que nos pouparemos de muitos dissabores e riscos, se soubermos
dar mais atenção ao que nos dizem as pessoas mais experientes.
Será bastante inteligente de nossa parte se soubermos nos servir daqueles que já
passaram pelos caminhos que pretendemos trilhar. E, em se tratando dos pais, uma
certeza a mais podemos guardar: a de que são nossos melhores amigos.
Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita, com base no texto O que o filho pensa do pai, de autoria desconhecida; do texto Imagem de pai, de Mário Ottobont e do texto A sabedoria dos mais velhos, de autoria desconhecida. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2699&stat=0
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