Voltemos a Confiar, por Momento Espírita
Saber Calar-se
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Os extremos e radicalismos de opiniões tem colocado muito a perder, desde
amizades sólidas que se desfazem até desdobramentos lamentáveis de incidentes
com grandes prejuízos morais e materiais, inclusive. Em muitos casos evoluindo
até para tragédias.
O título da abordagem não é meu e indicarei a fonte mais adiante. O falar ou
escrever tentando convencer, pouco ou nulo efeito produz. Melhor é calar e
deixar que o tempo mostre a realidade nesses conflitos de relacionamento,
individual e coletivo.
Saber ser surdo diante de zombarias variadas é muito mais produtivo e eficaz que
alimentar guerras e disputas de posturas. Desprezos, humilhações de qualquer
gênero, preconceitos ou agressividades em suas variadas expressões nada resolvem
e só agravam as dificuldades.
Essa posição diferente de calar, fazer-se surdo, aguardar o tempo e a presença
da verdade, é a melhor postura, ou em outras palavras, é caridade moral, como
indicado no capítulo 13 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 9, em página
assinada por Irmã Rosália, em Paris, em 1860.
No texto intitulado A caridade material e a caridade moral, inserido no capítulo
citado, o espírito autor indica (separei didaticamente):
1- Auxiliai os infelizes, o melhor que puderdes. (referindo-se ao auxílio
material que todos podemos prestar, com desdobramentos marcantes no texto
citado);
2- A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas. (onde
se incluem comportamentos de resignação, tolerância, humildade perante o
próximo, igualmente com bons exemplos na continuidade do texto).
E é nessa base que o autor cita o célebre ensino de Jesus: “Amemo-nos uns aos
outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles”, sugere o
amparo ao mais necessitado, incluindo também os benefícios colhidos mais tarde
em função do bem que pudermos fazer e de nunca repelir, maltratar ou desprezar
qualquer pessoa.
O texto é muito belo, e sei que o leitor já o conhece, mas convido para nova
releitura, pelas expressões atuais e muito benéficas de seu conteúdo, em favor
da paz geral.
E como destaca Irmã Rosália: a) Grande mérito há, crede-me, em um homem saber
calar-se deixando fale outro mais tolo que ele; b) Saber ser surdo quando uma
palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; c) Não ver o
sorriso de desdém com que vos recebem que, muitas vezes erradamente, se supõem
acima de vós.
E finalizo aqui o que foi usado no início do texto, ainda no primeiro parágrafo
do citado item 9: “Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não
mais os ódios, nem ressentimentos”, referindo-se aos ensinos de Jesus e já
citados acima.
Percebe-se claramente os benefícios da caridade material e moral, recursos
indispensáveis para uma vida social de equilíbrio e harmonia. Eles, tais
benefícios, socorrem a carência material, evitam a agressividade daí decorrente
e melhor, previnem dos conflitos intermináveis de opiniões e radicalismo que
nada resolvem, só agravam as ocorrências.
Estando em paz, somos mais senhores de decisões que resolvem e superam os
obstáculos naturais da vida humana, cuja finalidade é o nosso amadurecimento.
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo autor para publicação em nosso site
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