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Desde tempos longínquos, o homem percebeu que viver em grupo lhe poderia permitir melhores condições de sobrevivência.

Em grupo, as caçadas podiam ser melhor planejadas, e, consequentemente, mais exitosas, a todos beneficiando.

Em grupo, havia mais chances de defesa contra inimigos, fossem os da natureza ou seres de diferentes localidades.

Aprendemos, no transcorrer do tempo, a nos agrupar em vilas e constituir comunidades, dividindo tarefas, servindo-nos da habilidade de cada um, melhorando o padrão geral de vida.

Enquanto uns plantavam, outros construíam casas, produziam artefatos, cuidavam das crianças e dos idosos. Aprendemos que dependemos uns dos outros e que cada um tem seu valor.

Nenhum de nós é autossuficiente que possa dispensar o agricultor, o industrial, o comerciante, o médico, o professor, os encarregados da limpeza pública.

A sociedade somente se enriquece com a multiplicação e a soma das várias habilidades.

Com o tempo, com o avanço da tecnologia, da ciência em geral, fomos nos distanciando uns dos outros. Construímos altos edifícios e nos isolamos em nossas células individuais.

Erguemos mansões, casas maravilhosas e colocamos grades para preservar os nossos jardins e a nossa propriedade.

Passamos a ter o nosso carro, a nossa casa, a nossa fazenda, a nossa família, a nossa... Enclausuramo-nos.

Deixamos de ser solidários, de pensar no outro, de oferecermo-nos para auxiliar aqui, aliviar a carga do outro acolá.

Com certeza, pessoas altruístas sempre existiram no mundo e são elas que mantiveram, ao longo dos séculos, a nossa sociedade com ares de humanidade.

Mas, o comum de nós, vivemos em função dos nossos próprios interesses.

Porém, quando uma calamidade mundial se apresenta, quando a sobrevivência de todos depende da atitude de cada um, retornamos a pensar coletivamente.

Se nos encontramos em crise pandêmica, o cuidado que temos conosco se reflete no todo, porque nossas atitudes não somente preservam a nossa integridade física mas também a dos demais.

Se a crise é de carência de água, medicamentos, suprimentos médicos, alimento, percebemos que necessitamos repartir o que temos. Auxiliar nas providências que possam minimizar a situação.

Redescobrimos que somos uma única família, hospedados no mesmo lar e que as chances de vivermos melhor, depende, naturalmente, da atitude de cada um.

A união faz a força. Unidos seremos fortes. Unidos poderemos vencer a adversidade, o momento que passa, a crise que parece se eternizar.

Na frente de batalha, cada soldado cuida do companheiro que tem ao seu lado, porque ele, ao mesmo tempo, lhe constitui a defesa.

Estamos retornando aos tempos em que nos reuníamos para contar as novidades, para trocar informações, para orar.

Embora virtualmente, estamos juntos, nos importando com o outro, com suas condições. Porque se o fogo se propaga na cidade, quanto antes o possamos debelar, menos chances teremos de que chegue em nossa porta.

Tempo de união. Tempo de nos darmos as mãos, unirmos as mentes e vibrar pela saúde da nossa Terra, do nosso planeta, de toda a Humanidade.


Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5984&stat=0


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