Ensinar, por Espíritos Diversos
Onde o Amor Florece
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Existem vidas que transmitem grandes lições. Quase sempre são
criaturas que não são famosas, nem por serem artistas, políticos, ou terem
realizado feitos que alteraram o destino da humanidade.
São pessoas que vivem o dia-a-dia, junto a outras tantas. Geralmente poucos lhes
lembram os nomes.
Recentemente, num documentário televisivo a respeito do holocausto, ouvimos a
história de uma jovem polonesa e seu drama, durante a segunda grande guerra.
Quando Hitler invadiu a Polônia e iniciou a perseguição aos judeus, sua família
viveu alguns meses, escondida em um porão.
Descobertos, contudo, foram separados e ela nunca mais viu seus pais ou teve
notícias de seus irmãos.
No campo de concentração, onde foi colocada, ela padeceu os maiores horrores. A
comida era pouca, o tratamento rude. As companheiras enlouqueciam. Ou eram
mortas. Ou se matavam.
A essa altura, o repórter perguntou à entrevistada se ela nunca pensara em se
matar.
“Sim,” disse ela. “Mais de uma vez. Quando o frio era muito grande, a fome
parecia me devorar e eu não via perspectiva de salvação. Mas, nesses momentos,
lembrava de meu pai.”
Logo que fomos para o porão nos ocultar dos nazistas, ele me disse um dia:
‘filha, aconteça o que acontecer, nunca fuja da vida. Resista até o fim.’
E me fez prometer que jamais eu desistiria de viver.
Quando os aliados foram vitoriosos, a jovem, e mais 4000 mulheres foram
obrigadas a uma marcha forçada pelos alemães, em fuga das tropas aliadas.
Finalmente, um número muito pequeno delas, que não haviam morrido no longo
trajeto, foram abandonadas num campo de concentração e encontradas, mais tarde,
pelos americanos.
Aquelas mulheres estavam desnutridas. Algumas sequer podiam se erguer, tal o
estado de fraqueza.
Ela mesma, confessa, tinha dificuldades para andar, pesava 30 e poucos quilos
somente. E não tomava banho há 3 anos. O seu tempo de aprisionamento.
Então um oficial americano, muito bonito se aproximou dela e a tomou nos braços,
carregando-a até um caminhão.
Durante o trajeto ele foi lhe dizendo que ficasse calma, que tudo daria certo,
que ela receberia o socorro necessário.
Cinqüenta e oito anos depois, frente às câmeras de televisão, ela e o marido
mostravam a alegria de sua união.
Bom, o marido não era outro senão o jovem oficial americano que a encontrou
magra, suja, desnutrida e a carregou nos braços, naquele dia distante.
Ela não somente teve a sua vida salva naquele momento, sendo resgatada de uma
situação de penúria, como encontrou o seu grande amor.
Um amor que atravessou meio século e continua tão forte e especial como nos dias
do início namoro.
Um amor que foi concebido ao final de uma hecatombe, e em que o primeiro
encontro foi num ambiente de dor, miséria moral e intenso sofrimento.
Ele era o jovem robusto, vigoroso. Ela, uma esquálida jovem, pouco mais que
adolescente, sofrida e quase sem esperanças.
Deus tem mesmo inimagináveis caminhos para encontros e reencontros de almas que
se desejam unir pelo amor.
Se os dias lhe parecem demasiado pesados, com sua carga de problemas, não
desista de lutar.
Se você está a ponto de abandonar tudo, espere um pouco. Aguarde o amanhecer,
espere o dia passar e deixe o sol retornar outra vez.
Quando você menos espera, o socorro chega, a situação se modifica, a
problemática alcança uma solução.
Não se esqueça:
O amor de Deus nunca falha!
Aguarde.
Por: Momento Espírita, Texto extraido do site http://www.momento.com.br
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