Ensinar, por Espíritos Diversos
Uniões Enfermas
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Se te encontras nas tarefas da união conjugal, recorda que ora a execução dos
encargos em dupla é a garantia de tua própria sustentação.
Dois associados no condomínio da responsabilidade na mesma construção.
Dois companheiros compartilhando um só investimento.
Às vezes, depois dos votos de ternura e fidelidade, quando as promessas se
encaminham para as realizações objetivas, os sócios de base da empresa familiar
encontram obstáculos pela frente.
Um deles terá adoecido e falta no outro a tolerância necessária.
Surge a irritação e aparece o ressentimento.
Em outras ocasiões, o trabalho se amplia em casa e um deles foge à cooperação.
Surge o cansaço e aparece o desapreço.
Hoje – queixas.
Adiante – desatenções e lágrimas.
Amanhã – rixas.
Adiante ainda – amarguras e acusações recíprocas.
Se um dos responsáveis não se dispõe a compreender a validade do sacrifício,
aceitando-o por medida de salvação do instituto doméstico, eis a união enferma
ameaçando ruptura.
Nesse passo, costumam repontar do caminho laços e afinidades de existências do
pretérito convidando esse ou aquele dos parceiros para uniões diferentes. E será
indispensável muita abnegação para que os chefes da comunhão familiar não venham
a desfazer, de todo, a união já enferma, partindo no rumo de novos ajustes
afetivos.
Entende-se claro que o divórcio é lei humana que vem unicamente confirmar uma
situação que já existe e que, se calamidades da alma pendem sobre a casa, não se
dispõe de outra providência mais razoável para recomendar, além dessa.
Entretanto, se te vês nos problemas da união enferma e, principalmente se tens
crianças a proteger, tanto quanto se te faça possível, mantém o lar que
edificaste com as melhores forças do espírito.
Realmente, os casamentos de amor jamais adoecem, mas nos enlaces de provação
redentora, os cônjuges solicitaram, antes do berço terrestre, determinadas
tarefas em regime de compromisso perante a Vida Infinita. E, ante a Vida
Infinita convém lembrar sempre que os nossos débitos não precisam de resgate, a
longo prazo, pela contabilidade dos séculos, desde que nos empenhemos a
solve-los em tempo curto, pelo crediário da paciência, a serviço do amor.
Por: Emmanuel, Do livro: Caminhos de Volta, Médium: Francisco Cândido Xavier
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