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Qual austero gigante que nos guia,
Furioso e rude e, às vezes, triste e lento,
Passa o tempo, na Terra, como o vento,
Renovando-te a senda, cada dia.

Não desespere, ante o céu nevoento,
Nem te abatas na estrada escura e fria,
Nascerão novas flores de alegria
Onde há charcos de angústia e sofrimento.

O templo, o lar, a fonte, a flor e o ninho...
Tudo o tempo transforma, de mansinho,
Alterando-se em luz, penumbra e treva!

Guarda, porém, o amor puro e esplendente,
Que o nosso amor, agora e eternamente,
É o tesouro que o tempo nunca leva...


Por: João Coutinho, Do livro: Relicário de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier


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