Maria, por Auta de Souza
Tesouro Divino
A+ | A- | Imprimir | Ouça a MSG | Ant | Post
Oportuno meditar, de vez em vez, quanto aos valores do tempo,
a fim de que não nos enganemos no apreço que se deve inelutavelmente ao
aproveitamento das horas.
O ritmo do tempo é disposto de tal modo pela Sabedoria do Universo, que basta
alguma reflexão superficial para entendermos o senso das oportunidades que
surgem múltiplas e diferenciadas entre si, oferecendo-nos aquilo que podemos
nomear como sendo o "momento da realização".
Nos processos da Natureza, tarefas existem que reclamam estação especial, a
menos que se arrisque o homem a problemático tentame artificial.
A produção da primavera não é a mesma do outono.
Atividades do verão recusam climas de inverno.
Assim também, na experiência humana. Ha construções espirituais para a infância,
outras para a madureza.
Especificam-se obrigações para as pessoas casadas que diferem daquelas que se
reservam aos solteiros e vice-versa.
Cada tempo é um tempo diverso do outro, embora se pareçam qual acontece com os
dias supostamente iguais e que no fundo, são absolutamente diversos quanto à
posição que lhes cabe no calendário.
A Doutrina Espírita despertando-nos para a acepção exata do tempo como sendo
concessão do Senhor, empréstimo de recursos, caução de valores potenciais ou
contrato entre nós e a vida para execução de serviços determinados, que
reverterão invariavelmente a benefício de nós mesmos, ensinando-nos que é
preciso aproveitar o "momento da realização" que a oportunidade exibe à nossa
frente.
Trabalhar se é instante de trabalhar, aprender se é ocasião de aprender, ouvir
se é a hora de ouvir, falar se o ensejo é de falar, com o discernimento preciso,
a fim de que o tempo não se escoe debalde.
Preencher os claros da existência e ocupar os vazios da estrada com plantações
de estudo, serviço, bondade e construção.
Habituamo-nos a dizer que é necessário dar tempo ao tempo nisso ou naquilo e
todos nos achamos concordes quanto a semelhante imposição.
Mas o tempo da expectativa nada cria de bom e de útil, sem o tempo de preparação
do que seja útil e bom.
Aguardamos o dia de colher, entretanto não há dia de colher se não houve dia de
plantar.
O tempo é crédito permanentemente aberto pelo Criador, na instituição da
eternidade da vida e dos mundos para todas as criaturas, contudo, só existe, em
substância, se aproveitado.
Repetimos incessantemente que é necessário contar com o tempo e esperar o tempo,
mas o tempo sozinho, ao invés de fazer o bem que não fazemos, como deteriora de
modo providencial o que está feito, chamando-nos à responsabilidade de continuar
com o serviço que não nos compete menosprezar.
Vejamos o medicamento sem uso ou a casa desabitada que confiamos
inconsideradamente à força do tempo; o que era remédio se transfigura em veneno
e o que representava refúgio se transforma em ruína.
Não nos iludamos, pois, sobre o tempo.
Empreguemo-lo, agindo, aprendendo, servindo, aprimorando ou mais claramente,
melhorando a nós mesmos para que possamos melhorar a paisagem espiritual ou
material onde estejamos.
Tempo é tesouro divino em nossas mãos, contudo somente vale se lhe damos valor.
Por: André Luiz, Médium: Francisco Cândido Xavier
Tags
Leia Também:
Basta Um Minuto: por André Luiz
Mensagem de Conforto: por André Luiz
Na Hora da Crítica: por André Luiz
Reciprocidade: por André Luiz
Rogativas: por André Luiz
Comentários