Ensinar, por Espíritos Diversos
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Ante a exaltação jubilosa da vida no Plano Superior, quando nos distanciamos
do corpo físico, surge no espelho de nossa alma a triste recordação do mal que
demos guarida...
Em torno, horizontes novos nos conclama à contemplação da Beleza Eterna,
enquanto que, amigos abnegados, se congregam no abraço de boas vindas.
Do coração vertem lágrimas de alegria, do cérebro renovado partem súplicas de
esperanças...
Da consciência, porém, destacam-se velhas contas...
São deveres menosprezados, elos queridos que relegamos ao abandono, afeições que
traímos e virtudes nascentes que aniquilamos nos outros a preço de ingratidão e
crueldade.
É então que experimentamos a própria frustração ante os apelos do Céu e
voltamo-nos para a Terra, sequiosos de recomeço...
O grilhão do trabalho e o socorro do esquecimento, nas reencarnações dolorosas,
aparecem por chaves de preciosa libertação ao nosso espírito enredado nos
próprios compromissos e tornamos ao recinto familiar para o resgate de nossas
dívidas.
Recolhemos, desse modo, nas teias consangüíneas, metamorfoseado em companheiro e
parente, o credor de nosso destino a exigir-nos tolerância e bondade, paciência
e carinho, renteando conosco várias vezes por dia, a fim de que saibamos fundir
a sombra da aversão e do ódio em luz de compreensão e fraternidade.
Se te encontras agora, no templo doméstico, diante de alguém que te injuria as
aspirações envenenado-te as horas, recorre ao silêncio da prece e roga ao Senhor
te arme o coração de humildade, porque no desafeto que a natureza impõe, na
forma de um ser querido, volta ao ponto difícil de nosso próprio passado,
requisitando a nossa renunciação no presente, a fim de que se transforme em
bênção de amor, adornando-nos de paz a rota para o futuro.
Por: Emmanuel, Do livro: Refúgio, Médium: Francisco Cândido Xavier
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