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Trabalhar pela paz significa erradicar a guerra de nós mesmos e do coração de todos os homens.
Para trabalharmos pela paz, precisamos ter um coração pacífico. Mas...muitos que trabalham pela paz não estão em paz. Ainda sentem raiva e frustração e seu trabalho não é verdadeiramente pacífico. Jesus não disse que, se você sentir raiva do seu irmão será posto num lugar chamado inferno. Ele disse que, se você está com raiva do seu irmão já está no inferno. A raiva é o inferno.
Se você examinar profundamente sua raiva, perceberá que o indivíduo que você chama de inimigo também está sofrendo. Tão logo você compreende esse fato, a capacidade de aceitar e de ter compaixão por essa pessoa passa a estar presente. Jesus chamou essa atitude de "Amar seus inimigos". Quando você é capaz de amar seu inimigo, ele deixa de ser seu inimigo. A idéia de "inimigo" desaparece e é substituída pela noção de que alguém está sofrendo e precisa de compaixão. Fazer isso às vezes é mais fácil do que você podia imaginar, mas é preciso praticar. Todos temos o poder do amor e do entendimento. Essas são nossas melhores armas. Ler a bíblia sem praticar não é muito proveitoso. Praticar os ensinamentos do mestre é a forma mais elevada de prece.
Muitas pessoas rezam a Deus porque querem que Ele satisfaça algumas de suas necessidades. Se elas querem fazer um piquenique pedem a Deus que lhes dê um dia claro e ensolarado. Ao mesmo tempo, os agricultores poderão estar rezando para pedir chuva. Se o tempo ficar bom, as pessoas que querem fazer o piquenique dirão: "Deus está do nosso lado, Ele atendeu as nossas preces". Mas, se chove, os fazendeiros dirão que Deus ouviu as preces dele. É dessa maneira que costumamos rezar.
Quando nos acostumamos a examinar as questões a fundo, temos o insight do que devemos e não devemos fazer para que a situação mude. Tudo depende do modo de ver as coisas. A existência do sofrimento é a primeira nobre verdade ensinada pelo Buda, e as causas do sofrimento são a segunda. Quando examinamos profundamente a primeira verdade, descobrimos a segunda. Depois de enxergarmos a segunda verdade, veremos a seguinte, que é o caminho da libertação. Tudo depende de compreender toda a situação. Uma vez que o façamos, nosso estilo de vida se modificará e nossas ações jamais ajudarão os opressores a fortalecer sua posição.