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Incrível como ondas ocasionais de ameaças disfarçadas, negativismo acentuado e divulgação de supostas forças dominadoras que tudo podem, invadem a nobreza do movimento espírita causando atrasos nos programas do bem para o planeta.

Sim, aí estão. São livros, palestras, expositores, simpósios, temas e encontros oferecendo foco destrutivo e pessimista a ouvidos atentos que buscam exatamente o contrário.

Ora, convenhamos! A proposta do Espiritismo é proposta dor'>consoladora, confortante ao coração, motivadora ao bem e especialmente orientadora na superação dos desafios próprios de nossa condição humana e de espíritos em aprendizado.

Fico a pensar na inutilidade de abordagens ameaçadoras ou de autênticos sermões morais que destacam simplesmente a ação das trevas, sem oferecer exatamente o caráter lúcido e esclarecedor dos textos claros do Codificador e do pensamento de Jesus.

Ninguém ignora que a ignorância promove prejuízos em toda parte. Espíritos ainda em estágio de imperfeição, somos capazes de ocasionar desordens no plano material e mesmo no plano espiritual ou entre eles, como tão bem descritos na realidade humana que podemos observar ou na inesgotável literatura espírita, mediúnica ou não.

Todavia, o que se observa em muitos casos, é o foco para destacar essas infelizes ações, quando, antes, deveríamos focar nossos esforços para construir o bem, continuamente. Temos o dever de espalhar esperança, de disseminar a clareza e orientações constantes dos códigos do Evangelho e do Espiritismo. Temos o impostergável dever de auxiliar continuamente para que o bem prevaleça.

Será que já paramos para pensar nos prejuízos que causamos em pessoas ainda indecisas, impressionáveis ou abatidas por provações? Temos noção da responsabilidade do que estamos transmitindo através da palavra escrita ou falada?

Trazer o assunto a público nesta rápida abordagem tem um único objetivo: motivar-nos a perguntarmos a nós mesmos o que podemos fazer para auxiliar o próximo que está a nossa frente, no público ouvinte ou leitor. Ao invés de transmitir-lhe medo, insegurança, pavor mesmo em muitos casos.

Cobranças de reforma moral, ameaças do umbral e de obsessões, sermões impositivos ou manipulações que criem dependentes não integram o salutar programa de aprimoramento intelecto-moral tão bem descrito do Espiritismo.

Valorizar o mal é fornecer-lhe combustível. Sejamos aqueles que transmitem alegria, esperança, motivação. Afinal, todo esse negativismo que vez por outra invade nosso movimento, é absolutamente dispensável. É ele que promove divisões, melindres, disputas e incentiva a maledicência e as conhecidas manifestações de orgulho e egoísmo que tanto nos prejudicam... Não precisamos dele. Optemos, antes, por construir o bem, onde estivermos.


Por: Orson Carrara, Texto enviado pela USE Regional de Jaú


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