Maria, por Auta de Souza
O Trabalho como Benção da Vida
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Você já reparou quantas vezes reclamamos do trabalho? Se vamos falar de trabalho, sempre o associamos à dificuldade, ao desprazer, a algo difícil e penoso de se fazer.
Será mesmo o trabalho algo tão ruim, como se fosse um castigo a se cumprir?
A origem da palavra trabalho remonta à Roma antiga, quando essa palavra era associada a um instrumento de tortura, o tripalium.
Vem daí a conotação do trabalho com sofrimento. Mas será essa mesma a função do trabalho?
Se observarmos a natureza, será fácil verificar que não há quem não trabalhe. Seja o joão-de-barro construindo o ninho para acolher sua companheira e a futura prole; ou a lagarta, tecendo o casulo que guarda a beleza da borboleta em gérmen; ou ainda a abelha colhendo o pólen para fabricar seu doce alimento.
Tudo em a natureza trabalha. Não poderia ser diferente com o homem.
Para os animais, o trabalho é sinônimo de sobrevivência. Trabalha a ave, o inseto, o grande e o pequeno, todos trabalham, como lei de sobrevivência, lei do instinto que os faz buscar o alimento, construir o abrigo, proteger a prole.
E para que serve o trabalho para nós?
Longe da conotação latina de tortura, devemos entender o trabalho como ferramenta que a Divindade nos oferece como processo de aprendizado.
Sendo o trabalho toda ocupação útil a que nos vinculamos, serve como exercício do desenvolvimento de nossas capacidades intelectuais, morais ou emocionais.
Dessa forma, trabalha a dona de casa, ao buscar o asseio do lar, ao confeccionar a comida saborosa para nutrir a família.
Trabalham o pedreiro e o engenheiro na construção do edifício, trabalha o voluntário, doando seu tempo em nome do amor ao próximo.
De uma ou de outra forma, é o trabalho a ferramenta bendita que a Divindade nos oferece para o progresso pessoal.
O ócio, o tempo descomprometido, servem como oportunidades para que os desajustes de nossa intimidade ganhem corpo, ao longo das horas vazias.
Ao contrário, a hora preenchida pela ocupação útil é oportunidade de aprendizado, de interiorizar novas capacidades, nos mais variados campos de nossa intimidade.
Jesus nos lembrava que Ele trabalhava sem cessar, assim como o Pai Celeste igualmente trabalha.
Assim, nunca reclamemos do trabalho que a vida nos ofereça. Ao contrário, a cada dia, agradeçamos a Deus o trabalho bendito e honesto, que nos será passaporte para dias mais felizes, nessa e na outra vida.
O descanso é necessidade natural do organismo, e direito de todos nós, após a jornada de trabalho, a fim de refazer ânimos e recuperar as energias.
Mas jamais nos permitamos o descanso em excesso, fazendo como aqueles que se iludem com os objetivos da vida, imaginando-se em um parque de diversões.
Tenhamos em mente que nascemos todos em bendita oficina de trabalho, que é a Terra, a fim de forjar nossos caracteres e valores.
E, ao início e fim de cada jornada de trabalho, agradeçamos a ocupação útil, remunerada ou voluntária, dentro ou fora do lar, lembrando de todos aqueles que dorar'>adorariam poder estar em nosso lugar.
Por: Momento Espírita, Redação do Momento Espírita
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