Em Louvor da Caridade, por Fabiano de Cristo
A Conquista da Serenidade
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Um dia amanhece, glorioso, com a luz do sol atravessando as folhas. Silêncio que é quebrado pelo som dos passarinhos que acordam.
Murmúrio de regatos que cantam, perfume de relva molhada pelo orvalho da noite. Será isso serenidade?
A natureza oferece ao homem a oportunidade do silêncio externo, o exemplo da calma. Mas sozinha, ela, a natureza, será capaz de trazer a paz interna?
Muita gente diz assim: Vou sair da cidade, a fim de descansar. Quero esquecer barulho, poluição, trânsito.
Essa é uma paz artificial. Em geral, depois de alguns dias descansando, a pessoa
volta para a cidade e aos ruídos da chamada civilização. E ainda exclama ao
chegar: Que bom é voltar para o conforto da cidade.
E, nas semanas seguintes, enfrenta novamente os engarrafamentos de trânsito, o
som constante das buzinas, a fuligem. A comida engolida às pressas e o estresse
do cotidiano estão de volta.
Então vem a pergunta: Será que realmente a serenidade existe em nossa alma? Se
ela estivesse mesmo em nós, não teríamos de deixar o local em que vivemos para
encontrar a paz, não é mesmo?
A conquista da serenidade é gradativa. A natureza não dá saltos e as mudanças de
hábitos arraigados ocorrem muito lentamente. Não se engane com isso.
Muita gente acredita que a simples decisão de modificar um padrão de
comportamento é suficiente para que isso aconteça. Mas não é assim.
Um antigo provérbio chinês traduz muito bem essa dificuldade. Ele diz assim: “Um
hábito inicia como uma teia de aranha e depois se torna um cabo de aço”. O mesmo
acontece em nossa vida.
E a conquista da serenidade não escapa a essa lógica de criar novos hábitos, de
reeducar-se. Sim, pois tornar-se pacificado é um exercício de auto-educação.
A pessoa educa-se constantemente. Treina a paciência, o silêncio da mente. É uma
conquista diária, um processo que vai se instalando e se fortalecendo.
E por onde começar? O melhor é iniciar pelo dia a dia. Treinando com parentes,
amigos, colegas de trabalho. Não se deixando perturbar pelas pequenas coisas do
cotidiano.
Das pequenas coisas que irritam, a pessoa passa a adquirir mais força para
superar problemas mais graves, situações mais complexas.
Aos poucos, suaviza-se o impacto que os outros exercem sobre nós. Acalma-se o
coração, domina-se as emoções, tranqüiliza-se a mente.
O resultado é o melhor possível. Com o passar do tempo, a verdadeira paz se
instala. E mesmo em meio aos ruídos de todo dia, o homem pacificado não se deixa
perturbar.
É como um oásis em meio ao caos da vida moderna. Um espelho de água em meio a
tempestades. Esse homem, em qualquer lugar que esteja, traz a serenidade dentro
de si.
Experimente começar essa jornada hoje mesmo. Vai torná-lo muito mais feliz.
A serenidade resulta de uma vida metódica, postulada nas ações dinâmicas do bem
e na austera disciplina da vontade.
Mantenhamos a serenidade e a nossa paz se espalhará entre todos.
Por: Momento Espírita, Texto extraido do site http://www.momento.com.br
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