Ensinar, por Espíritos Diversos
Ensinemos Espiritismo
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Cairbar Schutel usou o título em epígrafe em um de seus
escritos no jornal O Clarim, na década de 30. Objetivo da afirmação é este
mesmo: Ensinar Espiritismo. Perde-se muito tempo com outras coisas,
esquecendo-se do principal: ensinar para libertar.
Isto não é difícil. Basta seguir a própria Codificação elaborada por Allan
Kardec.Ela está constituída de forma bastante didática, tem toda uma seqüência
que facilita o entendimento, e toda pessoa que estuda e pesquisa encontrará em
tais livros verdadeiras pérolas de reflexão para qualquer questão humana. Sim,
porque qualquer tema humano pode ser analisado à luz da Doutrina Espírita.
O início do estudo deve dar-se através de "O Livro dos Espíritos".
Preferencialmente, o estudo deve ser feito na seqüência dos capítulos,
especialmente para os que se aproximam do Espiritismo. Com o tempo, porém,
perceberá o estudioso que o livro facilita o estudo feito não seqüencialmente,
em questões específicas.
Não deixe de ler a Introdução do livro. Ela contém definições importantes e até
um resumo da Doutrina. Talvez sozinha, a pessoa encontre dificuldades no
entendimento; daí a razão do convite aos Centros e expositores para que
expliquem os textos, sem pressa. Não se trata de ler, mas de comentar, dar
exemplos, explicar mesmo, inclusive o significado das palavras, pois normalmente
as pessoas têm dificuldade de entender até o significado de palavras e
expressões. Não importa se ficarmos num único parágrafo ou linha numa reunião
toda, mas é preciso que ocorra o debate, o questionamento, para haver perfeito
entendimento do pensamento espírita. O estudo da Doutrina Espírita é permanente.
Da mesma forma as perguntas nos capítulos que compõem o livro. Cada pergunta,
cada resposta, cada tema deve ser amplamente debatido, explicado, inclusive na
definição das palavras – insistimos – e alcance do assunto aos tempos atuais.
E não pensemos que o estudo é sonolento. Esta sonolência ou dinamismo que pode
ser utilizado no estudo, depende do coordenador, que deve buscar sempre novas
alternativas para despertar a atenção e incentivar a participação das pessoas.
Para isso terá que preparar o estudo previamente, cercando-se de anotações,
planejamento e motivações que tornem o estudo atraente e dinâmico.
Permito-me citar dois exemplos do livro, como fonte de estudos. Busque-se o
capítulo VII (Livro segundo), das questões 330 a 399 e o capítulo VIII (Livro
terceiro), das questões 803 a 824. Poderia utilizar o livro todo, mas esta não é
a finalidade do artigo. Utilizando, pois, os exemplos acima, encontraremos rico
material para amplas tertúlias. Questões que propiciarão acaloradas discussões
(no sentido do aprendizado) para o entendimento doutrinário, onde sempre
estaremos embasados no intercâmbio entre homens e espíritos (nesta altura já
entenderemos quem são os espíritos), na reencarnação, na mediunidade, etc.
Avançando no estudo, o leitor já se deu conta da preciosidade que se constitui a
introdução de "O Livro dos Médiuns"? E nada impede que num estudo sejam usados
um ou dois livros de Kardec, desde que previamente preparado o programa do
estudo.
Um tema qualquer que queiramos analisar pode ser estudado, buscando-se perguntas
diferentes, e é justamente aí que se aprofunda o estudo, inclusive com outras
citações. Quando se fala, por exemplo, da desigualdade de aptidões (questão
804), pode-se buscar o entendimento do objetivo da encarnação (questões 96, 132
e outras a pesquisar) e justiça da reencarnação (questões 168 e 171), entre
outras análises.
Este é o papel do Centro Espírita, este é o papel do coordenador de estudos, do
expositor, do palestrante: ensinar o Espiritismo, em seus fundamentos.
Os erros da história humana refletem-se agora, fruto da ignorância. Muitos
sofrimentos humanos poderiam ser evitados se a luz do conhecimento espírita
tivesse alcançado o entendimento. Ocorre que, mesmo sendo espírita e estando
dentro das Casas, nem sempre se consegue tal entendimento. Já não podemos,
porém, alegar ignorância. Se sabemos, temos que ensinar, ajudando outros que não
sabem. Se não sabemos, vamos procurar aprender. Mas, não percamos de vista o
objetivo: ensinemos Espiritismo.
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site
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