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A professora primária, após o seu horário de aulas, conversava com um menino, que reclamava muito dos colegas e por isso não tinha amigos.
O garoto lhe disse: eu não suporto o Francisco, ele é exibido e orgulhoso só porque o seu pai tem mais dinheiro que os nossos.
Mas ele é alegre e participativo, falou a mestra.
E a Cininha? Parece que tem o rei na barriga. Tá certo que ela ajuda as colegas mais atrasadas a fazer suas lições, mas é chata.
O Sebastião vive se exibindo, só porque ele é o mais forte da classe.
Lembre-se que ele salvou duas colegas que estavam sendo assaltadas, arriscando a própria vida, argumentou a professora.
Mas é exibido! Disse o menino.
A classe tem quarenta alunos e a escola quase mil, disse a educadora, e você não tem ninguém de quem goste?
Não dá professora. Eu não suporto gente fingida, egoísta, orgulhosa...
Mas ninguém tem nada de bom?
Tem sim, professora, mas tem muita coisa ruim também.
A mestra pediu que o aluno a acompanhasse. Pegou um pouco de açúcar na cozinha e um pouco de areia no pátio.
Foram até o fundo do quintal, onde ela misturou o açúcar cristal com a areia e colocou perto de um formigueiro.
Depois de alguns minutos uma formiga descobriu o açúcar e avisou as demais.
Em pouco tempo fizeram um carreiro e a professora deu uma lente de aumento ao menino que, surpreso, percebeu que as formigas carregavam apenas os grãos de açúcar, desprezando a areia.
Todos as pessoas são como esse montinho de areia misturado com açúcar, disse a sábia educadora. Sejamos sábios como as formigas.
Verdadeiro mestre é aquele que atende as necessidades de aprendizagem dos seus educandos de maneira abrangente.
É aquele que entende que seu compromisso não é apenas passar instruções de forma automática, mas ajudar seus aprendizes a lidar com os próprios sentimentos. E isso não é difícil, como pudemos perceber na história narrada.
Lamentavelmente, alguns professores se candidatam ao cargo sem a menor preparação para esse grande mister que é a educação.
Muitos que lecionam para a infância, não se dão conta da excelente oportunidade que têm nas mãos, que é a de construir um mundo melhor, a partir daqueles olhares atentos e mentes predispostas que lhes estão sob a responsabilidade, durante várias horas por dia.
Desejamos a construção de um mundo melhor. Mas é preciso que haja uma comunhão de esforços, e aqueles que dispõem de mais oportunidades para esse intento são os educadores, pois trabalham diretamente com as almas humanas.
Assim sendo, vale a pena meditar na grandeza que essa abençoada profissão representa no contexto geral de uma sociedade.
Vale a pena compreender que Deus espera que cada um desses missionários da educação semeie nas mentes e nos corações infantis as sementes de luz, que um dia iluminarão a terra inteira.
Incontestavelmente, o futuro repousa nas frágeis mãos da infância.
É preciso colocar-lhes nos corações as sementes de amor para que possam semear a paz e a harmonia.


Por: Momento Espírita, Texto extraido do site http://www.momento.com.br


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