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Por mero exercício poético desejo colocar os dois substantivos acima como se nomes próprios fossem. Ambos significam alívio, descanso entre as lutas.
É que conheço um casal assim: no meio das lutas, aflições e preocupações do dia-a-dia, seja pela sobrevivência ou pela educação dos filhos; seja pelas turbulências naturais da vida humana, ambos – vez por outra, mesmo em nossa presença –, chamam-se, mutuamente e com muito carinho, de oásis e refrigério, como se nomes próprios fossem.
É que verdadeiramente sentem isso: um representa para o outro um oásis no deserto das lutas humanas diárias, um autêntico refrigério no retorno ao lar e na convivência de aconchego que só um lar equilibrado é capaz de proporcionar.
O episódio chamou-me a atenção. Com tantas separações, brigas – inclusive na justiça –, e mesmo violências físicas ou verbais, casais distraídos não percebem o tesouro que possuem na convivência sadia que podem construir. Sim, distraídos, ignoram o bem mais precioso que é seu companheiro, sua companheira nos anos que passam casados ou juntos, como quiserem.
No namoro, o encantamento; depois do casamento, as lutas domésticas, os filhos que, com o tempo, também constroem suas próprias vidas e partem... E os casais novamente estão juntos, apenas os dois... Mas, mesmo antes dessa fase de voltarem à vida a dois, muito antes mesmo, quando na idade escolar dos filhos, quantos momentos de paz perdem-se em virtude da ausência de tolerância, de carinho, de atenção! Que pena!
Sim, é lamentável. Poderiam estar construindo juntos a felicidade que se espera...
Ao invés de criticar seu parceiro, sua parceira, seu marido, sua esposa, olhe bem para ele ou para ela; preste atenção nas lutas que viveram juntos, nas conquistas que fizeram juntos... Quanta coisa boa! Quantas bênçãos....
E tudo vai perder-se no feroz egoísmo?
Notem os casais que o lar, o lugar onde moram (não dos cômodos, das paredes, mas do ambiente acolhedor), na convivência entre si ou com os filhos, significa verdadeiramente autêntico oásis, um belo refrigério, uma pausa de recomposição de forças para que na luta não nos falte a alegria, a disposição, a coragem.
E, claro, incluo os filhos. Mas nesta abordagem quero dirigir-me aos casais. Amigos: valorizem e muito seu companheiro de viagem, sua companheira de vida; ame-o, ame-a; Ele ou ela é o apoio que você precisa para continuar. É seu campo de repouso, de pausa, de aconchego, para que você renove as próprias forças. Repare bem, recorde-se de quantos momentos bons já viveram juntos...
Ah, eu poderia estender-me em muitas considerações, mas deixo à reflexão do leitor. Despeço-me aqui, agradecido pela companheira que Deus colocou em minha vida!
E, caso você esteja distraído (a), preste atenção no companheiro, ou companheira, que Deus colocou em sua vida, através de escolha que você mesmo fez. Você descobrirá aquele oásis que descrevo aqui...


Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo próprio autor para publicação em nosso site


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