Educar para a Cooperação, por Orson Carrara
O autor de “Obsessão em 100 respostas” fala-nos sobre a obra
Rogério Ramos Bastos Miguez (foto), natural do Rio de Janeiro (RJ) e
residente em São José dos Campos (SP), é Mestre em Engenharia Elétrica e, nas
lides espíritas, participa do Centro Espírita Divino Mestre, na cidade onde
reside, no qual atua como dirigente de reuniões de fluidoterapia e de estudos.
Articulista deste e de outros periódicos, lançou recentemente pela Casa Editora
O Clarim o livro Obsessão em 100 respostas. Nesta entrevista ele fala a Orson
Carrara sobre a obra em questão:
Por que o tema obsessão?
O assunto está disseminado em várias fontes. Ao estudar e apresentar alguns
subtemas sobre obsessão, optei por aprofundar a temática, surgindo um curso
sobre Obsessão em 25 módulos. Após algumas apresentações do curso, consolidei
aos poucos o material em um único texto. Sempre gostei muito deste tema, dada a
sua aplicação em nossas existências.
Dada a abrangência da temática, o que mais lhe impressiona no trato com a
questão?
São as incontáveis possibilidades, exemplos e situações diferentes. São casos
simples e muito intrincados, de duração às vezes secular, escondendo um conjunto
de incidentes passados que nos dão uma ideia da importância no relacionamento
com o próximo.
Nas pesquisas para elaboração da obra, o que mais chama atenção?
São as descrições citando as personagens, os fatos geradores dos casos, a forma
como é conduzida a possível solução, e aprendendo que nem sempre a situação se
resolve. Me impressiona também a força do amor, principalmente o materno, pois
há casos em que só a presença da mãe do obsessor promove o perdão do algoz, pois
raciocínios, palavras e argumentações lógicas não são suficientes.
Como foi a elaboração da obra?
Como dito anteriormente, o texto foi surgindo aos poucos, conforme um subtema
era consolidado. Ao longo do tempo, com mais exposições sobre o tema, ideias iam
surgindo e referências novas apareciam, todas eram incorporadas ao texto
principal. Quando percebi que se continuasse a pesquisar, me obrigando a
aumentar indefinidamente o texto, parei, mas já anotei várias ideias novas a
serem incorporadas, talvez para uma nova obra: Obsessão em 150 respostas!
Qual aspecto lhe exigiu mais nas respostas?
Talvez a questão sobre a homoafetividade, pois requer muita atenção para não
deixar que nossos antigos preconceitos contaminem o texto, além desta, a
modalidade da auto-obsessão, nem sempre conhecida e bem compreendida por nós.
A questão 30 da obra trata da auto-obsessão, indagando inclusive como ela
acontece. Essa circunstância tem alguma regra prática para ser autodetectada?
Os romanos já diziam: a virtude está no meio. Qualquer mania, inclinação
acentuada, condutas sistemáticas, mas sem uma razão plausível para dar
sustentação, já é um bom indicador. Mas não pensemos que fazer o bem em
“excesso” seria uma auto-obsessão.
Seu livro abre enorme perspectiva de estudos para grupos espíritas. E mesmo para
famílias ou individualmente na melhor compreensão dos dramas de perturbação
espiritual. A apresentação de Clara Lila é um primor. Qual a sensação do livro
em mãos, considerando os eventos de lançamentos e contatos diretos com o
público?
É de imensa alegria, pois coroa o fruto de um trabalho intenso. A propósito,
minutos atrás acabei de receber mensagem com algumas dúvidas sobre o tema, de um
grupo que vai iniciar um estudo sistemático sobre o livro na casa onde militam
no Rio Grande do Sul. Suas palavras são proféticas! Quanto à Clara Lila, é uma
amiga dileta que, talvez percebendo a importância do tema, inspirada, destacou
ainda mais o valor da obra, escrevendo palavras que não mereço.
De suas lembranças na elaboração do livro, o que gostaria de relatar?
Das incontáveis vezes em que li e reli o texto até me dar por satisfeito.
Cristina, minha esposa, também leu algumas vezes e fez importantes comentários,
me ajudando a corrigir um texto aqui, outro ali.
Algo mais que gostaria de acrescentar?
Incentivo que todos os que pesquisam os temas de nossa sociedade à Luz do
Espiritismo, registrem este conhecimento, suas experiências, as percepções
particulares, dividam com os outros suas observações. Seus guias espirituais os
ajudarão a elaborar um texto de utilidade ao movimento e à Humanidade, como me
ajudaram intensamente.
Para incentivar o leitor no conhecimento da obra, para ampliar o entendimento
sobre o assunto, o que diria?
Recordem que os Espíritos de ordinário nos conduzem, conforme asseverou o
Espírito da Verdade em O Livro dos Espíritos. Se esta possibilidade é uma Lei de
Deus, quanto mais conhecermos sobre estas interações, tanto melhor para nós.
Suas palavras finais.
A obsessão tem causado mais males do que todas as guerras juntas, somadas a
todas as epidemias já enfrentadas pela Humanidade. É a verdadeira Pandemia
Desconhecida. Estudemos, descortinemos o mecanismo obsessivo, o quanto pudermos,
uma vez que este esforço criará um escudo pessoal para a defesa desses assédios.
Autor: Rogério Ramos Bastos Miguez
Todo esse material provém dos sites: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo e da Revista Eletrônica O Consolador.
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