Mediunidade em crianças

--- Questão [#000]
Mensagem da Entrevistada

Resposta: Antes de responder às questões que me foram propostas, quero
agradecer a oportunidade proporcionada a mim pelo CVDEE , e fazer um breve
esclarecimento. Comecei a pesquisar sobre o assunto, quando dois de meus quatro
filhos apresentaram mediunidade ostensiva nos primeiros anos de vida. Foi um
período de incertezas, mas graças aos conhecimentos que tínhamos da Doutrina
Espírita pudemos, meu marido e eu  conduzir a questão de forma adequada. Hoje
eles são jovens ajustados já seguindo, cada um à sua maneira, em busca de seu
lugar ao sol.
Partindo da necessidade que tivemos de saber sobre o assunto, vi que muitos
pais poderiam estar na mesma condição que nos encontrávamos naquela época.
Resolvi, então, iniciar uma pesquisa e agora o resultado da mesma está sendo
publicado pela editora MARTIN CLARET- São Paulo -
http://www.martinclaret.com.br/  cujo título é Mediunidade em Crianças. Os
interessados poderão solicitar o livro na editora também pelo telefone:
0800558144 0u 0XX-11-36728144.
Os casos abordados no livro são verídicos e,  apenas, troquei os nomes e
circunstâncias, a fim de que não houvesse reconhecimentos que provocassem
constrangimento às pessoas que muito me ajudaram.
Caso surjam novas perguntas, as pessoas poderão me contatar  que terei um
imenso prazer em trocarmos idéias novamente. Se porventura tiverem notícias de
casos comprovados de Mediunidade em crianças e quiserem compartilhar comigo
suas experiências , meu endereço é ahsl@bol.com.br ou através do próprio CVDEE.
Que Jesus nos abençoe!

--- Questão [#001]
Qual deve ser o procedimento adequado, diante de uma criança que vê
constantemente determinada entidade e que sente-se mal toda vez que recebe o
passe?

Resposta: Uma criança é um adulto em potencial. Como nascemos trazendo as
qualificações que nos possibilitem efetuar o intercâmbio Mediúnico, em algumas
crianças a Mediunidade se apresenta precocemente.
Normalmente nesses casos, a energização pelo passe, a água fluida e a oração
são poderosos instrumentos de que se vale a espiritualidade na solução do
problema. Nossos mentores espirituais, com certeza, nortearão o tratamento de
forma que, seguindo corretamente as instruções da espiritualidade superior,
possamos ter sucesso e segurança.
Os pais devem mostrar-se aptos a efetuar mudanças na conduta diária em seu
recinto doméstico. Tudo que for para elevação do padrão vibracional deve ser
cultivado, ao mesmo tempo em que se esforcem para afastar toda conduta que
levar ao contrário. Bons livros, bons filmes, comportamento mental pautado nos
ensinamentos do Evangelho, aliados ao respeito e carinho mútuo, são fatores de
envolvimento dos filhos num halo protetor, beneficiando assim, todos os
espíritos que convivem naquele núcleo. O hábito da prece e mesmo a instituição
de uma pequena reunião para estudo doutrinário do Evangelho à luz das
revelações espíritas são de fundamental importância. Com certeza , nos Centros
espíritas, existem equipes formadas para ensinar aos neófitos como se institui
essas pequenas reuniões, lembrando que o objetivo  não é o desenvolvimento
mediúnico, e sim a evolução espiritual daquele grupo familiar, e  que  o
intercâmbio entre espíritos encarnados e desencarnados deve ser efetuado dentro
de locais apropriados nas Casas Espíritas.
Se o pequenino demonstrar medo é bom que os pais o acompanhem nas sessões
necessárias ao tratamento espiritual,   até que ele se acostume e encare com
naturalidade tal fato. O ambiente da cabine de passes, ou locais destinados
para tal,  apesar de serem locais simples, destituídos de muita decoração, 
pode ser intimidante para uma criança que já deve estar assustada com os fatos
que porventura estiverem lhe acontecendo. Normalmente logo  elas se acostumam,
desde que os pais estejam  tranqüilos e passem para elas essa tranqüilidade.
Se a criança já for alfabetizada , um bom livro condizente com sua idade ajuda
muito, principalmente porque contém ensinamentos morais próprios à sua elevação
espiritual . Em nossas livrarias espíritas, espalhadas nos muitos Centros por
nosso Brasil afora, já existe um bom número de títulos voltados à gurizada. Se
a criança ainda não der conta de ler, pode-se contar histórias  baseadas nos
livros infantis para que ela se familiarize aos poucos com a doutrina.
Devagar  os sintomas vão sendo diminuídos e mesmo  afastados até que a
normalidade se estabeleça, à espera da hora apropriada para o correto
desenvolvimento e  exercício da mediunidade.

--- Questão [#002]
Como proceder com uma menina de 3 anos que se mutila, morde os dedos, bate com
a cabeça, se joga no fogo, se arranha. A mãe é jovem e o pai tem problema de
bebida alcoólica?

Resposta: Essa criança já foi investigada pela medicina? Já se descartou a
possibilidade de um agravante mental? Essa é a primeira atitude a tomar. Logo a
seguir conduzi -la a um Centro Espírita,  com uma boa equipe de médiuns que
deverão observar o caso,  e orientar para que o tratamento seja ministrado de
forma eficaz. Além disso, o casal precisa ser esclarecido à luz da doutrina dos
Espíritos, de forma a cooperar no tratamento.

--- Questão [#003]
Sou espírita e tenho uma sobrinha de 6 anos, que desde os primeiros meses de
vida dá sinais de mediunidade, chegando até a dar passividade. Hoje, graças ao
tratamento constante na Casa Espírita o intercâmbio com o mundo espiritual tem
diminuído, mas sei que um dia terá que trabalhar mediunicamente. O que eu posso
fazer para conscientizar os pais da necessidade de ajudar e orientar a criança,
uma vez que eles não aceitam plenamente o espiritismo a não ser quando a filha
está em crise?

Resposta: A grande maioria dos pais realmente não aceita que seus filhos possam
estar tendo algum problema de origem mediúnica, em virtude do tabu que ainda
envolve a mediunidade. A conduta correta é a conscientização dos pais, sem
dúvida alguma, evitando assim que a criança venha a sofrer sem necessidade.
Acontece que muitos pais, depois que os sintomas desaparecem, por comodismo
deixam de freqüentar os Centros Espíritas até que novamente os fenômenos
aflorem. Nesse caso, devemos nos munir com uma dose extra de amor e sempre que
pudermos auxiliar no esclarecimento da família.

--- Questão [#004]
Tenho 14 anos e descobri que tenho o dom da mediunidade, gostaria de saber como
desenvolvê-lo.

Resposta: Você já freqüenta as reuniões apropriadas aos jovens nos Centros
Espíritas? Com certeza, lá  haverão dirigentes experientes que poderão lhe
orientar quanto a essa questão.

--- Questão [#005]
Como faço para saber se uma criança possui o dom da mediunidade?

Resposta: Não se pode atribuir mediunidade a qualquer distúrbio que a criança
apresente.
O estudo  da Doutrina Espírita dará subsídios para identificação dos fenômenos
após uma observação bastante cuidadosa.

--- Questão [#006]
Como auxiliar uma criança de menos de dois anos que, quando adoece, aponta para
o teto do quarto com expressão de grande temor no rosto?

Resposta: Pode ser que essa criança esteja realmente vendo alguma entidade
espiritual. O tratamento aconselhável é feito através de passes magnéticos,
água fluida e conscientização da família para os fatos relacionados com a
doutrina Espírita.

--- Questão [#007]
Tenho 3 filhos. O segundo, quando estava com 7 anos começou a ter problemas:
acordava assustado e com tremores, parecendo que estava tendo crises
epilépticas ou convulsões. Levei a vários médicos e não foi localizado problema
algum. Levei a centros espíritas que me disseram estar ele passando de uma
etapa a outra e tendo problemas por causa de dívidas de vidas anteriores. Hoje,
com 14 anos não apresenta mais problemas de tremores mas acorda muitas vezes
durante a noite com sintomas de sonambulismo, ficando muito tempo depois que
acorda sem entender o que está acontecendo. Será realmente problemas em vidas
anteriores? Não seria sinais de alguma mediunidade?

Resposta: O capítulo VIII do Livro dos Espíritos enfoca bem esta questão,
quando trata da Emancipação da alma. Em meu livro- Mediunidade em Crianças,
abordo o problema, visto que uma das crianças por mim investigada apresentava
sintomatologia semelhante.
O sonambulismo é uma alteração num determinado estágio do sono. Durante essa
fase a pessoa se encontra em um estado intermediário entre o sono e a vigília.
Apesar de não se mostrar consciente de tudo que se passa ao seu redor, a pessoa
pode realizar pequenas tarefas, como se alimentar, vestir-se, sentar-se, olhar
para algum lugar, conversar. Sendo questionada verbalmente as respostas são
desconexas e murmuradas.
Usualmente ocorre nas primeiras horas de sono podendo durar de alguns segundos
a poucos minutos. Durante o episódio o paciente mostra-se apático estabelecendo
pouco contato com o meio, parecendo não reconhecer as pessoas e familiares. 
Raramente realiza um procedimento mais elaborado como trocar de roupas ou
urinar no local adequado.
Para um sonâmbulo, despertar durante a crise pode ser um momento difícil.
Principalmente no adulto, existe a possibilidade de ter uma reação violenta se
abordado, julgando estar sofrendo alguma ameaça. Na manhã seguinte,
normalmente, não há lembrança do episódio.
Mas o que se sabe também é que esse é um transtorno tipicamente da infância,
sendo apresentado esporadicamente em até um terço das crianças entre três a dez
anos de idade. Nesta mesma faixa etária os episódios costumam ser regulares. Ao
longo da puberdade vão diminuindo e apenas um pequeno grupo continua tendo
episódios de sonambulismo durante a idade adulta.

--- Questão [#008]
Conheço uma casa espírita, onde os trabalhos de passes para crianças é efetuado
também por crianças, com a assistência de adultos. Tal atitude, segundo os
dirigentes da casa, não tem qualquer contra indicação, sendo, pelo contrário,
um estímulo à espiritualização de tais crianças. Além disso, justificam-se
dizendo que a presença de crianças passistas deixa o ambiente mais confortável
para recepcionar as crianças que vêem tomar o passe. Qual sua opinião sobre
isso e, existe alguma literatura sobre o assunto. Muito obrigado pela atenção.

Resposta: Esse procedimento por parte de uma Casa Espírita é controverso, e 
desaconselhável. O  Livros dos Médiuns item 222, aborda a questão, quando faz
referência  aos perigos e inconvenientes da Mediunidade praticada por crianças.

Na minha opinião a prática pode ser substituída por uma boa equipe de passistas
adultos, que por força da maturidade e estudo  saberão conduzir com segurança
qualquer caso que se apresentar. Uma criança, por mais acostumada com os
fenômenos espíritas que esteja, não terá condições de tratar  e sair-se bem
diante da sutileza mascarada  com que se revestem alguns obsessores.
O estímulo à espiritualização das crianças deve ser dado de acordo com a idade
de cada uma, ao conduzirem-nas a uma sala de conhecimentos
evangélicos-doutrinários, existentes nos diversos ciclos de mocidade nas Casas
Espíritas.

--- Questão [#009]
O meu neto quando tinha 2 anos sempre brincava com alguém ou também brigava,
tipo ficava puxando o carrinho que estava brincando como se alguém quisesse
tirar dele. As vezes ficava da sala para a varanda dando tchau e rindo, quando
perguntávamos quem era ele não dizia nada ou então dizia que era para o "moço".
Passou um tempo e nunca mais ele fez nada. Isso é normal numa criança ou já é
uma mediunidade?

Resposta: A psicologia moderna diria que ele estava brincando com um amiguinho
imaginário. Esse procedimento é comum nas crianças que se sentem solitárias e
carentes. Minha experiência com a Doutrina me mostrou que  algumas crianças
realmente tem contato com entidades. Esse fenômeno tende a desaparecer por
volta dos sete ou oito anos de idade.

--- Questão [#010]
Como deveríamos agir quando em um lar onde os pais assustados com a mediunidade
de seus filhos, preferissem que tal dom fosse suprimido para que a criança
"parasse de ver coisas"? E no futuro, caso essa criança quisesse "recuperar"
esse dom, como ela deveria proceder?

Resposta: A manifestação dos fenômenos mediúnicos não esta sujeita à vontade
dos pais. Esse é um atributo exclusivo da criança. Ela quem nasceu dotada desse
dom. O que se pode e deve fazer é recomendar um tratamento espiritual, para que
os fenômenos sejam afastados e possam seguir o curso normal, reaparecendo, 
quando  o indivíduo estiver em fase mais amadurecida .

--- Questão [#011]
A partir de qual idade podemos constatar atividades mediúnicas em crianças, e
neste caso, qual o procedimento a ser tomado pelos pais?

Resposta: Essa constatação independe de idade.  Em minhas pesquisas sobre o
assunto deparei-me com um caso de um bebê de três meses que estava tendo
incorporação. Cada criança tem suas características próprias e sua mediunidade
aflora de acordo com suas condições. A pratica da mediunidade entretanto, deve
ser incentivada quando o jovem estiver amadurecido o suficiente para um
exercício seguro e dentro dos padrões de comportamento condizentes com a
seriedade e responsabilidade de que se reveste o trabalho mediúnico.

--- Questão [#012]
Qual o intuito da mediunidade infantil se neste momento da vida a criança se
assusta e não pode fazer nada para ajudar alguém?

Resposta: A mediunidade sempre vai ser, para o espírito, uma alavanca a
motiva-lo em direção ao seu aprimoramento.  Sua prática nos traz enormes
benefícios, pois prova a imortalidade do espírito.
Algumas crianças, por força dos seus atributos físico-espirituais,  apresentam
mediunidade em fase mais adiantada. Determinar qual a razão por que essa ou
outra criança apresenta os referidos sintomas  não é possível, uma vez que,
para cada um de nós, Deus tem um propósito definido.
 Quem sabe o propósito dessa eclosão mediúnica não ser justamente um alerta
para os pais? Alguns casos  podem parecer motivo de sofrimento, quando  na
realidade são chamamentos para que pais atentem para a responsabilidade que têm
perante seus próprios filhos.  
E o que dizer de entidades que se valem das crianças para perturbar um lar, e
quando esclarecidas não se recuperam e se mostram dispostas, a partir dali, a
também usarem os dons mediúnicos para o bem?

--- Questão [#013]
Meu nome é Márcia e tenho uma dúvida que gostaria que fosse esclarecida. Tenho
três filhas com idade de 16 anos, 11 anos e 7 anos.
Acontece um fato curioso: a minha filha de 11 anos dependendo da pessoa com
quem está se transforma. Por exemplo, se está com crianças bagunceiras ela
acaba ficando igual, agitada e sempre acontece alguma  coisa de ruim, pois ela
acaba se aborrecendo e fica num canto como se fosse um bicho acuado e só com
muito carinho que conseguimos que ela volte ao normal. Outro dia aconteceu um
fato curioso: estávamos em uma festa  e ela se divertia com outras crianças
quando de repente a mesma caiu e veio chorando para o meu lado e de uma amiga
que é sensitiva. Ao se aproximar, essa minha colega ficou toda arrepiada e
começou a bocejar chegando ás lágrimas. Nisso a minha filha voltou a sorrir e
voltou a brincar como antes. A pergunta que faço é a seguinte: teria a minha
filha  algum tipo de mediunidade? Como  posso ajuda-la nos seus momentos de
crise?

Resposta: Esta criança demonstra ter uma sensibilidade maior que as outras, e
capta do ambiente e das pessoas ao ser redor, as energias que se apresentam,
tanto positivas quanto negativas. Pode ser algum tipo de mediunidade aflorando
ou algum procedimento anímico. Para se fazer realmente esta constatação é
preciso um exame minucioso dos fatos e leva-la a uma casa Espírita.
Nas horas de crise é aconselhável muita paciência e uma dose extra de amor por
ela, para que com segurança vocês possam ajuda-la.
Uma consulta a uma psicóloga infantil auxiliará no processo. Existem bons
profissionais nessa área médica, que abraça os princípios espíritas e poderá
ser de grande ajuda.

--- Questão [#014]
Acredito que a minha pergunta não se encontra dentro do tema do entrevistado,
no entanto gostaria de saber o que se deve pensar de comunicações em reuniões
mediúnicas, em que determinados médiuns recebem espíritos que se dizem
crianças, às vezes pedindo ajuda, às vezes já acostumadas a dar manifestação
passando a dizer palavras bonitas e até a dar opinião sobre determinados
trabalhos da casa espírita.

Resposta: Essa questão está ligada aos costumes do meio em que a entidade está
se manifestando e à condição do espírito. Normalmente, este procedimento é
comum nas religiões afro-brasileiras. O que não quer dizer que isto  também 
não possa acontecer dentro de Casas Espíritas.

--- Questão [#015]
Meu filho tem dificuldade de concentração e é muito disperso, por isso tem
muitos problemas no colégio. Um dia ele me disse que parece que tem alguém que
o impede de fazer as coisas e que ele tem a impressão as vezes de estar
conversando com o filho dele. Ele tem 8 anos. Eu gostaria de saber como
ajudá-lo, pois se sente diferente e o fato de não gostar de ir ao Centro
Espírita nem mesmo na Evangelização Infantil me preocupa. Como devo agir?

Resposta: Não estranhe o fato de seu filho não gostar de ir à Casa Espírita.
Normalmente nessa idade algumas  crianças precisam de muita persuasão. Tenho
quatro filhos e os dois mais velhos diziam que  só iam sob "livre e espontânea
pressão". Hoje encaram o assunto com bom humor e são jovens engajados na Casa
Espírita que freqüentam. As garotas por verem o comportamento dos mais velhos
também se integram na medida do possível.
A responsabilidade de levar os filhos à casa Espírita é dos pais. Eles que
devem dar o exemplo e serem coerentes com a postura que se espera.
Quanto ao fato do seu garoto estar vendo e conversando com uma entidade não
duvide. Pode ser, realmente, alguém que tenha sido filho dele em encarnações
anteriores, e que agora se apresenta  para ele.

--- Questão [#016]
Como proceder, quando a mediunidade em uma criança de 14 anos esta aflorada?

Resposta: Quando nos deparamos com casos de aparecimento de fenômenos
mediúnicos em crianças,  precisamos buscar uma orientação  segura. Descartada a
cura pela  Ciência  é hora da ajuda da Doutrina Espírita. Entretanto tais fatos
podem se dar simultaneamente. Deve-se buscar a ajuda na ciência aliada a um
tratamento eficaz na casa Espírita.

--- Questão [#017]
A Sra. poderia me indicar nas obras da Codificação, nas complementares e nos
clássicos da Doutrina onde ler sobre este assunto? Ou Kardec e os demais não
dedicaram seu tempo e pesquisa sobre o assunto? É um assunto ainda ignorado e
novo para os Espíritas?

Resposta: Kardec  no Livro dos Médiuns, Capítulo XVIII aborda a questão da
Mediunidade em crianças. O tema é pouco explorado, mas não é novo. Essa foi a
razão de minhas pesquisas sobre o assunto. Meu livro aborda as diversas facetas
com que a Mediunidade se apresenta nas crianças.

--- Questão [#018]
Quando se percebe em uma criança uma mediunidade latente, como deve-se
proceder, já que não se é aconselhável o desenvolvimento mediúnico em crianças?

Resposta: Antes de qualquer atitude, os pais devem se conscientizar da
responsabilidade perante essa criança, e conduzir o caso com naturalidade e
racionalidade. Muitos por desconhecerem o fenômeno mediúnico tratam de forma
inadequada a questão, o que acarreta prejuízo para a criança no futuro. Como
conseqüência, quando adulto, a criança poderá ter uma visão distorcida dos
fenômenos que envolvem a mediunidade. É muito comum  pais que castigam
fisicamente seus filhos nessa fase.
A naturalidade deve ser a tônica a envolver a questão. O desenvolvimento
mediúnico é desaconselhável, visto que a criança não possui defesas que a
ajudem quando se depararem com algum desafeto do passado. Como já disse
anteriormente, um tratamento efetuado dentro de uma casa Espírita dará
subsídios para que sejam afastados esses sintomas, que voltarão a aflorar em
momento oportuno, quando as condições de maturidade física da criança
permitirem que ela faça bom uso de suas forças mediúnicas.

--- Questão [#019]
Sabe-se que mediunidade em criança atrapalha o desenvolvimento da mesma; mas
tendo ela uma tarefa pré-determinada no plano espiritual, deve-se bloquear este
desenvolvimento?

Resposta: Eu não diria bloquear. Conforme a idade da criança pode ser que ela
apresente condições de  maturidade que permitam o uso de suas faculdades de
forma que não a prejudique em nada.
Sabemos por experiência, que a mediunidade pode aparecer em qualquer idade, mas
existem médiuns, que por sua aptidão natural,  apresentam condições ao
exercício da mediunidade ainda crianças ou adolescentes, fazendo-o de forma
consciente e responsável. Citamos aqui o caso das garotas que auxiliaram Kardec
na fase da Codificação, ou mesmo das irmãs Fox nos Estados Unidos, o nosso
bondoso Chico Xavier e  outros que se espalham pelo Brasil e pelo mundo.

--- Questão [#020]
A mediunidade em crianças é mais comum do que em adultos?

Resposta: Apesar de pouco se tocar no assunto, a Mediunidade em Crianças é mais
comum que se pensa. O adulto, por já ser senhor de si, atenta melhor para o
surgimento da mesma e procura uma forma de se ajustar a ela. Seja nos diversos
Centros Espíritas ou não.
Quando os fatos mediúnicos estiverem surgindo na vida de nossas crianças,
saibamos com certeza, que seu anjo protetor estará atento para o fato. Essa
assertiva, não nos exclui, entretanto, enquanto pais ou educadores, da nossa
responsabilidade de buscarmos a melhor forma de diminuirmos esses efeitos.
Deveremos estar sempre dentro das orientações da codificação Kardequiana, e
certos do amparo de nossos amigos espirituais a nos conduzirem com clareza ao
caminho norteado por Jesus.

Autor: Agnes Henriques

Todo esse material provém dos sites: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo e da Revista Eletrônica O Consolador.

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