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Meu irmão, se o teu trabalho,
É o trato amigo da terra,
Vive a grandeza sublime
Que a tua missão encerra.

Nunca invejes a cidade
Tanta vez desiludida...
O ar puro do campo
É a santa essência da vida.

Busca os livros, mas conserva
A tua realidade,
Sabendo que a natureza
É o livro da Eternidade.

O mundo se perde agora
Em treva e desolação,
Nos males vindos do excesso
Dos vícios de educação.

Há no céu quem não te esquece.
Cultiva o teu campo em flor
O mundo não viveria
Sem tua quota de amor.

Conserva e ama a paisagem
Onde o teu sonho nasceu.
A terra bondosa e farta
É outra mãe que Deus te deu.

Borda o teu campo de estradas,
Semeia o teu caminho...
Seja o teu sítio uma escola
De amor, de aço, de carinho.

Que os teus feitos de trabalho
Sejam tantos e tamanhos,
Que se reflitam na estrada
Da vida de teus rebanhos.

Se os animais colaboram
Nas fontes de produção,
São eles os companheiros
De tua realização.

Protege-os, sempre que possas.
Ouve e guarda o que te peço.
Os animais, igualmente,
Têm suas leis de progresso
Trabalha, educando os teus.
Educa e triunfarás.
Teu exemplo ensina ao mundo
O santo esforço da paz.

Hoje, as ciências terrestres
Por vezes, causam tristeza,
Mas, tu conservas o mundo
Com as luzes da natureza.

O Cristo não te abandona
Com a paz de Seu coração,
Pois transformas no caminho
As Suas bênçãos em pão.

Irmão da simplicidade,
Deus te abençoe, lavrador!...
O teu celeiro está farto
De luz, de paz e de amor.


Por: Casimiro Cunha, Do livro: Cartas do Evangelho. Médium: Francisco Cândido Xavier


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