Perante a Ciência, por André Luiz
A desafiadora tarefa da evangelização juvenil
Rodolfo Guilherme da Silva nasceu em Cambuí (MG) e reside em Pouso Alegre
(MG). Formado em música e atuando profissionalmente como diretor de marca
pessoal e retratista, participa das atividades da Fraternidade Espírita Irmão
Alexandre, na cidade onde reside, na qual atua como evangelizador de jovens,
palestrante e, como músico, nas atividades artísticas.
Como se tornou espírita?
Encontrei o Espiritismo na sede de busca por respostas. Cresci em berço
católico, mas na adolescência muitas questões para mim não faziam sentido. Assim
é que encontrei o Espiritismo e de imediato me saciei.
De onde veio o interesse pela música?
Motivação surgiu na infância, quando meu pai, apesar de não ter nenhuma ligação
com música ou com família de músicos, me colocou para tomar aulas de flauta
doce. Isso aconteceu aos 8 anos de idade. Aos 13, iniciei com o trompete. Mas a
chave mudou para mim quando fui a um festival de música em Tatuí (SP), na época
a capital da música do Brasil. Lá meu coração bateu forte e decidi que queria
aquilo para minha vida.
O que mais lhe chama a atenção no Espiritismo?
A lógica! A coerência! E a beleza. Amo estudar o Espiritismo.
Como surgiu o interesse pela evangelização juvenil?
Não foi um interesse “buscado”. Foi por “livre e espontânea pressão”,
inicialmente. Fomos (minha esposa e eu) surpreendentemente convidados. Tanto eu,
como ela, já tínhamos experiência como professores. E lidar com os adolescentes
foi um presente. Aprendemos com eles a cada aula. Hoje sou apaixonado por
compartilhar com eles os ensinamentos da doutrina e da vida.
Como é conviver com adolescentes para transmitir as noções espíritas?
Sempre é um desafio… um gostoso desafio. Mas me sinto lisonjeado de ter o
interesse deles. Isso é mágico… vê-los interessados.
E como sente a reação deles diante dos debates e estudos?
Sinto que eles gostam e se interessam. Porém, sinto que é um fator pessoal. Pois
quando eles vão para o salão principal e têm que assistir a uma palestra
publica, eles são mais dispersos e desinteressados.
Qual a dinâmica que mais funciona para prender a atenção?
Uma dinâmica que gere a interação deles. Tentamos, toda semana, levar uma
dinâmica diferente. Uma que sempre vira “festa” é formar pequenos grupos e fazer
um quiz com contagem de pontuação.
O fato de ser músico lhe facilita o trabalho junto aos jovens? De que forma usa
esse recurso?
Confesso que utilizo muito pouco este recurso, devido a estar num período da
vida com muitas exigências no trabalho. De qualquer forma, toda segunda, fazemos
30 minutos de música com as crianças e jovens antes da evangelização. Alguns
jovens manifestam interesse pela música e, sim, isso facilita a interação. Mas
em breve buscarei utilizar melhor este recurso.
Algo marcante a relatar?
Fico lisonjeado de ver alguns jovens que estiveram conosco passando a ser
expositores. Isso nos enche de alegria. Mas é necessário renovação, no sentido
de termos mais jovens no movimento espírita.
Suas palavras finais.
Vale lembrar que o reino de nosso Pai não é deste mundo e que, muitas vezes, só
focamos neste mundo. Quando falamos de evangelização infantojuvenil, estamos
investindo na “mala” que levaremos após o desencarne. Ao mesmo tempo que a
evangelização é a construção de recursos para fortalecimento perante as aflições
da nossa existência. Ou seja, pais: invistam nesta base que fortalecerá os seus
filhos para o verdadeiro sentido da vida!
Autor: Rodolfo Guilherme da Silva
Todo esse material provém dos sites: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo e da Revista Eletrônica O Consolador.
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