A desafiadora tarefa da evangelização juvenil

Rodolfo Guilherme da Silva nasceu em Cambuí (MG) e reside em Pouso Alegre (MG). Formado em música e atuando profissionalmente como diretor de marca pessoal e retratista, participa das atividades da Fraternidade Espírita Irmão Alexandre, na cidade onde reside, na qual atua como evangelizador de jovens, palestrante e, como músico, nas atividades artísticas.

Como se tornou espírita?

Encontrei o Espiritismo na sede de busca por respostas. Cresci em berço católico, mas na adolescência muitas questões para mim não faziam sentido. Assim é que encontrei o Espiritismo e de imediato me saciei.

De onde veio o interesse pela música?

Motivação surgiu na infância, quando meu pai, apesar de não ter nenhuma ligação com música ou com família de músicos, me colocou para tomar aulas de flauta doce. Isso aconteceu aos 8 anos de idade. Aos 13, iniciei com o trompete. Mas a chave mudou para mim quando fui a um festival de música em Tatuí (SP), na época a capital da música do Brasil. Lá meu coração bateu forte e decidi que queria aquilo para minha vida.

O que mais lhe chama a atenção no Espiritismo?

A lógica! A coerência! E a beleza. Amo estudar o Espiritismo.

Como surgiu o interesse pela evangelização juvenil?

Não foi um interesse “buscado”. Foi por “livre e espontânea pressão”, inicialmente. Fomos (minha esposa e eu) surpreendentemente convidados. Tanto eu, como ela, já tínhamos experiência como professores. E lidar com os adolescentes foi um presente. Aprendemos com eles a cada aula. Hoje sou apaixonado por compartilhar com eles os ensinamentos da doutrina e da vida.

Como é conviver com adolescentes para transmitir as noções espíritas?

Sempre é um desafio… um gostoso desafio. Mas me sinto lisonjeado de ter o interesse deles. Isso é mágico… vê-los interessados.

E como sente a reação deles diante dos debates e estudos?

Sinto que eles gostam e se interessam. Porém, sinto que é um fator pessoal. Pois quando eles vão para o salão principal e têm que assistir a uma palestra publica, eles são mais dispersos e desinteressados.

Qual a dinâmica que mais funciona para prender a atenção?

Uma dinâmica que gere a interação deles. Tentamos, toda semana, levar uma dinâmica diferente. Uma que sempre vira “festa” é formar pequenos grupos e fazer um quiz com contagem de pontuação.

O fato de ser músico lhe facilita o trabalho junto aos jovens? De que forma usa esse recurso?

Confesso que utilizo muito pouco este recurso, devido a estar num período da vida com muitas exigências no trabalho. De qualquer forma, toda segunda, fazemos 30 minutos de música com as crianças e jovens antes da evangelização. Alguns jovens manifestam interesse pela música e, sim, isso facilita a interação. Mas em breve buscarei utilizar melhor este recurso.

Algo marcante a relatar?

Fico lisonjeado de ver alguns jovens que estiveram conosco passando a ser expositores. Isso nos enche de alegria. Mas é necessário renovação, no sentido de termos mais jovens no movimento espírita.

Suas palavras finais.

Vale lembrar que o reino de nosso Pai não é deste mundo e que, muitas vezes, só focamos neste mundo. Quando falamos de evangelização infantojuvenil, estamos investindo na “mala” que levaremos após o desencarne. Ao mesmo tempo que a evangelização é a construção de recursos para fortalecimento perante as aflições da nossa existência. Ou seja, pais: invistam nesta base que fortalecerá os seus filhos para o verdadeiro sentido da vida!

Autor: Rodolfo Guilherme da Silva

Todo esse material provém dos sites: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo e da Revista Eletrônica O Consolador.

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