Em Louvor da Caridade, por Fabiano de Cristo
Auxiliarás por Amor
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Auxiliarás por amor nas tarefas do benefício.
Não te deixarás seduzir pelo verbo fascinante dos que manejam o ouro da palavra
para incrementar a violência em nome da liberdade e dos que te induzam a crer
seja a vida um fardo de desenganos.
Adotarás a disciplina por norma de ação em teu ambiente de trabalho renovador, e
educar-te-ás na orientação do bem, elevando o nível da existência e sublimando
as circunstâncias.
De muitos ouvirás que não adianta sofrer em proveito dos outros e nem semear
para sustento da ingratidão; entretanto, recordarás os benfeitores anônimos que
te
amaciaram o caminho, apagando-se tantas vezes para que pudesses brilhar.
Rememorarás a infância, no refúgio doméstico, e perceberás que te ergueste,
acima de tudo, da bondade com que te agasalharam o coração. Não conseguiste a
ternura materna com recursos amoedados, não remuneraste teu pai pelo teto em que
te guardou a meninice, não compraste a afeição dos que te equilibraram os passos
primeiros e nem pagaste o carinho daqueles que te alçaram o pensamento à luz da
oração, ensinando-te a pronunciar o nome de Deus!...
Reflete nas raízes de amor com que o Todo-Misericordioso nos plasmou os
alicerces da vida, e colabora onde estejas para que o bem se erija por
sustentáculo de todos.
Enxergarás, nos que te rodeiam, irmãos autênticos, diante da Providência Divina.
Ajudarás os menos bons para que se tornem bons, e auxiliarás os bons a fim de
que se façam melhores.
Se a perturbação te dificulta o caminho, serve, sem alarde, e a trilha de
libertação se te abrirá, propiciando-te acesso à frente.
Se ofensas te apedrejam, escuda-te no dever bem cumprido e serve sempre, na
certeza de que a bondade com a força do tempo é a meia natural de todos os
reajustes.
Muitos, mandam, exigem, dispõem ou discutem... Serás aquele que serve, o
samaritano da benção, o entendimento dos incompreendidos, a luz dos que se
debatem nas sombras, a coragem dos tristes e o apoio dos que se afligem na
retaguarda!... E, ainda quando te vejas absolutamente a sós, no ministério do
bem, serás fiel à obrigação de servir, lembrando-te de que, certo dia, um anjo
na forma de um homem escalou um monte árido em supremo abandono, carregando a
cruz do próprio sacrifício, mas porque servia e servia, perdoando e perdoando,
fez nas trevas da morte o sol das nações, em perenidade de luz e amor para o
mundo inteiro.
Por: Emmanuel, Do livro: Alma e Coração. Médium: Francisco Cândido Xavier
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