O Regresso de Simão Pedro, por Maria Dolores
Diminuta Semente
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Em visita em indústria alimentícia, deparei-me com o grão de mostarda.
Pequenino grão, diminuta semente, no entanto comparada por Jesus para falar
sobre a força da fé.
Ao ter o diminuto grão na palma da mão, lembrei-me dos ensinos do Mestre da
Humanidade e emocionei-me com as lições profundas e sábias daquele que é a Luz
do Mundo! Somente sua imensa sabedoria poderia mesmo fazer referida comparação.
Ele afirmou que se tivermos fé do tamanho do grão de mostarda somos capazes de
remover os obstáculos da vida nas montanhas do orgulho, da vaidade, do ciúme e
de tantas imperfeições que todos trazemos. Mas também o mesmo pequenino grão se
existente daquele tamanho no coração como inspiração para a iniciativa e a
perseverança, comparado para dizer da força da fé, é capaz de superar as lutas,
as enfermidades e manter serenidade e confiança no amparo que nunca falta para
estarmos com a cabeça erguida e prosseguindo nossos projetos de aperfeiçoamento.
O mesmo grão, utilizado por Jesus para falar da força moral de levantar-se
diante da adversidade, vale igualmente para os projetos de realização e
iniciativa pessoal ou coletiva. A fé é aquele elemento vital para as realizações
em todas as áreas, não apenas moral. Sim, porque quem tem fé movimenta forças à
sua volta e faz acontecer os projetos que alimenta antes no ideal e na mente.
Afinal, seria interessante perguntar: o que é fé?
Fé é confiança nas próprias forças, é sabedoria para escolher o melhor caminho,
é igualmente a certeza de atingir determinado objetivo. Acompanhemos o
comentário de Allan Kardec: “É certo que, no bom sentido, a confiança nas
próprias forças torna-nos capazes de realizar coisas materiais que não podemos
fazer quando duvidamos de nós mesmos. (…) As montanhas que a fé transporta são
as dificuldades, as resistências, a má vontade, em uma palavra, que encontramos
entre os homens, mesmo quando se trata das melhores coisas. Os preconceitos da
rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo, as paixões
orgulhosas, são outras tantas montanhas que atravancam o caminho dos que
trabalham para o progresso da humanidade. A fé robusta confere a perseverança, a
energia e os recursos necessários para a vitória sobre os obstáculos, tanto nas
pequenas quanto nas grandes coisas.
A fé vacilante produz a incerteza, a hesitação, de que se aproveitam os
adversários que devemos combater; ela nem sequer procura os meios de vencer,
porque não crê na possibilidade de vitória. Noutra acepção, considera-se fé a
confiança que se deposita na realização de determinada coisa, a certeza de
atingir um objetivo. Nesse caso, ela confere uma espécie de lucidez, que faz
antever pelo pensamento os fins que se têm em vista e os meios de atingi-los, de
maneira que aquele que a possui avança, por assim dizer, infalivelmente. Num e
outro caso, ela pode fazer que se realizem grandes coisas. A fé verdadeira é
sempre calma.
Confere a paciência que sabe esperar, porque estando apoiada na inteligência e
na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao fim. A fé insegura sente a
sua própria fraqueza, e quando estimulada pelo interesse torna-se furiosa e
acredita poder suprir a força com a violência. A calma na luta é sempre um sinal
de força e de confiança, enquanto a violência, pelo contrário, é prova de
fraqueza e de falta de confiança em si mesmo.(…)”.
E Jesus compara a força da fé, capaz de remover gigantescos obstáculos, com o
diminuto grão de mostarda. Quanta sabedoria! Pensemos mais nesta notável
comparação e movimentemos nossas forças para realizarmos o melhor a nosso
alcance. Somos capazes!
Por: Orson Carrara, Texto enviado pelo autor
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